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14/03/2006 - 14h03

Personagens de "Belíssima" conquistam colônia grega

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ANDREZZA CAPANEMA
do Agora

Stilianos Kyriotoulos, 69, tem compromisso de segunda a sábado, às 21h. Ele encontra a família para assistir a "Belíssima". Cena parecida acontece na residência dos Gabriades. Catherine, 59, e o marido, Joanaki, 70, se emocionam com as histórias de Katina (Irene Ravache) e Nikos (Tony Ramos).

O empresário, que nasceu na Grécia e mora no Brasil há 50 anos, e a dona-de-casa, no país há quatro décadas, contam que Katina e Nikos, além de serem personagens populares entre a audiência de "Belíssima", são ídolos na colônia.

Divulgação
Personagens de "Belíssima" conquistam a colônia
Personagens de "Belíssima" conquistam a colônia
"Eles nos retratam com perfeição", comenta Catherine, a Ketty. As cenas de Katina, principalmente aquelas em que usa expressões da língua-mãe, são suas preferidas no folhetim. "Dou muita risada quando ela diz 'pó pó pó pó pó' e 'Panagiá mu' (veja a tradução abaixo)."

Ketty rasga elogios à atuação dos astros e às tomadas gravadas na Grécia. Porém, deixando ferver o sangue grego, reclama de Murat (Lima Duarte). "É um absurdo uma grega casar com um turco. Grécia e Turquia são rivais históricas. Tenho amigos gregos que se recusam a ver a novela por causa disso."

Dando vida à primeira imigrante da carreira, Irene sente o reconhecimento de gregos e descendentes nas ruas. "Escuto com freqüência que pareço com uma mãe, uma avó ou uma tia, e que a casa da Katina é como a deles", conta ela.

"Antes de começar a gravar, fui à casa de senhoras gregas para conhecer seus costumes. Quando dizia que seria casada com um turco, elas levantavam a sobrancelha. Quando contava que tinha um filho de um grego criado por um turco, era 'apa pa pa pa' que não acabava mais", lembra, não contendo o riso, e completando: "Silvio [de Abreu, autor] foi feliz ao mostrar que, num momento em que o mundo anda cada vez mais impaciente com as diferenças, em São Paulo, a mais impensável das convivências é possível."

O empresário Kyriotoulos reconhece, na trajetória de Nikos, a sua. No passado, enfrentou dificuldades para conseguir emprego. Hoje, se esforça para pronunciar algumas palavras em português. "Tem coisas que não vou conseguir falar nunca, como 'zelo'", revela, às gargalhadas, tentando dizer gelo e trocando a letra g pelo z, como faz Nikos.

O sotaque ainda carregado --e a dificuldade em aprender outro idioma-- confere ao empresário o direito de analisar o dos conterrâneos fictícios. "Nikos falando não soa natural. Katina fala bem, e Vitória (Cláudia Abreu) tem o jeito que mais se aproxima do nosso." Os gregos só sentem falta da culinária típica na novela e pedem que o restaurante de Vitória seja inaugurado em breve.

Dicionário grego de "Belíssima"

Áde tora! - Francamente!
Afissé me! - Deixe-me!
Aftó mu élipe! - Só me faltava isso!
Apa pa pa pa! - De jeito nenhum! ou Nem me fale!
Astodialo! - Vá para o inferno! ou Deixa pra lá!
Dén kséro - Não sei
Efkaristó - Obrigado
Ela Christé Ké Panagiá - Meu Cristo, minha Nossa Senhora
Endáksi - Tudo certo
Gati - Gato
Kalimera - Bom dia
Kalispera - Boa tarde
Kalinihta - Boa noite
Kardúla mu - Meu coração
Kúkla mu - Minha boneca
Kuzina - Cozinha
Mi mu lés! - Não me diga!
Ó Christé mu! - Oh, meu Cristo!
Páme! - Vamos!
Panagia mu! - Minha Nossa Senhora!
Parakaló- Por favor ou Pois não
Pedí mu - Meu filho ou Minha criança
Pó pó pó pó pó! - Não é possível! ou O que é isso?
Thée mu - Meu Deus
Típota! - Que nada!
Zuzúni mu - Meu pequenino
Xerete - Tchau
Yá ónoma tu Thée! - Pelo amor de Deus!

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