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30/03/2006
-
09h12
MARY PERSIA
da Folha Online
Após um ano em que a tecnologia digital foi praticamente colocada de escanteio, 2006 abre sua temporada de animações com "A Era do Gelo 2", dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha --cujo "A Era do Gelo" (2002), em que atuou como co-diretor, recebeu indicação ao Oscar.
O longa-metragem estréia nesta sexta-feira (31) em 507 salas brasilerias com a missão de corresponder às expectativas de quem viu o início da saga da turma formada pelo mamute Manny, o bicho-preguiça Sid e o tigre Diego --além, claro, do esquilo dente-de-sabre Scrat, que, solitário, continua em busca de sua noz numa fixação à moda de Gollum ("O Senhor dos Anéis"). Com muito mais charme, naturalmente.
Agora, o grupo tem de lidar com o fim da era do gelo, marcado pelo derretimento da paisagem glacial e a conseqüente ameaça de afogamento dos animais que habitam o vale. Em meio à busca por uma forma de sobrevivência, com uma óbvia referência à Arca de Noé, eles encontram três "irmãos" --os gambás Crash e Eddie e o mamute fêmea Ellie, que acredita ser um gambá.
Como uma celebração à amizade e à família (ainda que "torta", com diferentes espécies num mesmo núcleo), "A Era do Gelo 2" enaltece o sentimento de união diante das adversidades, o que foi uma boa saída dentro das possibilidades de um roteiro (de Jon Vitti, de "Os Simpsons" e "Saturday Night Live") que situa seus personagens num contexto nada promissor para a continuidade dessas espécies.
A equipe da Blue Sky (encampada pela Fox em 1998), claro, apostou na criatividade para contornar esse "detalhe". Uma criatividade que também se deu a liberdade de pôr nos tamanduás de milênios atrás uma pelagem inspirada no tamanduá-bandeira, além de ter colocado piranhas num lago da era glacial --afinal, alguém tinha de perseguir o sofrido Scrat.
Graças ao esquilo, quase um terço da produção não tem falas, e elas não fazem a menor falta quando o personagem está em cena. Destaque justamente para a cena das piranhas, com menção à arte de Bruce Lee.
Digital
Diferentemente do ano passado, quando as técnicas de animação tradicionais (ainda que com alguma pincelada tecnológica) foram consagradas com "Wallace e Gromit: A Batalha dos Vegetais" (vencedor do Oscar da categoria), "A Noiva-Cadáver" e "O Castelo Animado", neste ano a tecnologia digital retoma a dianteira. É um movimento que cresce de forma avassaladora desde "Toy Story" (1995).
Para este ano, o público pode esperar ainda "Selvagem", "Os Sem-Floresta", "Carros" e "Happy Feet: O Pingüim", entre outras produções que em sua maioria levam carimbos Disney/Pixar, Blue Sky/Fox ou DreamWorks/Paramount. Neste ano, os filmes da categoria devem somar dez lançamentos.
Por aí se pode notar o empenho da indústria cinematográfica nesse filão, ainda mais considerando-se que os investimentos de tempo e dinheiro costumam ser maiores para uma animação. "A Era do Gelo 2", cujo custo é estimado em torno de US$ 80 milhões, tomou três anos da equipe de Saldanha --a tecnologia responsável pela aparência, densidade e movimento dos pêlos de alguns dos personagens começou a ser trabalhada pela produtora um ano antes do início da produção.
No original, o filme conta com as vozes de Queen Latifah (Ellie), Seann William Scott (Crash) e Jay Leno (Fast Tony), entre outros nomes menos conhecidos do público brasileiro. Por aqui, encarregaram-se da dublagem Diogo Vilela (Manny), Tadeu Mello (Sid), Márcio Garcia (Diego) e Cláudia Jimenez (Ellie).
Cada vez menos à margem da batalha entre as duas gigantes da animação, a Blue Sky mostra que está no caminho certo. Nesta semana, "A Era do Gelo 2" estréia também nos Estados Unidos, em quase 4.000 salas --o que lhe dá o quinto lugar em total de salas de cinema em todos os tempos no país (à frente de qualquer um dos longas da série "Harry Potter", por exemplo). É potencialmente um dos blockbusters do ano.
Confira o site oficial (em português).
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"A Era do Gelo 2" abre temporada de blockbusters
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da Folha Online
Após um ano em que a tecnologia digital foi praticamente colocada de escanteio, 2006 abre sua temporada de animações com "A Era do Gelo 2", dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha --cujo "A Era do Gelo" (2002), em que atuou como co-diretor, recebeu indicação ao Oscar.
Divulgação |
Filme estréia nesta sexta |
Agora, o grupo tem de lidar com o fim da era do gelo, marcado pelo derretimento da paisagem glacial e a conseqüente ameaça de afogamento dos animais que habitam o vale. Em meio à busca por uma forma de sobrevivência, com uma óbvia referência à Arca de Noé, eles encontram três "irmãos" --os gambás Crash e Eddie e o mamute fêmea Ellie, que acredita ser um gambá.
Divulgação |
Esquilo dente-de-sabre Scrat está de volta à cena |
A equipe da Blue Sky (encampada pela Fox em 1998), claro, apostou na criatividade para contornar esse "detalhe". Uma criatividade que também se deu a liberdade de pôr nos tamanduás de milênios atrás uma pelagem inspirada no tamanduá-bandeira, além de ter colocado piranhas num lago da era glacial --afinal, alguém tinha de perseguir o sofrido Scrat.
Graças ao esquilo, quase um terço da produção não tem falas, e elas não fazem a menor falta quando o personagem está em cena. Destaque justamente para a cena das piranhas, com menção à arte de Bruce Lee.
Digital
Diferentemente do ano passado, quando as técnicas de animação tradicionais (ainda que com alguma pincelada tecnológica) foram consagradas com "Wallace e Gromit: A Batalha dos Vegetais" (vencedor do Oscar da categoria), "A Noiva-Cadáver" e "O Castelo Animado", neste ano a tecnologia digital retoma a dianteira. É um movimento que cresce de forma avassaladora desde "Toy Story" (1995).
Divulgação |
Ellie é um mamute fêmea que acredita ser gambá |
Por aí se pode notar o empenho da indústria cinematográfica nesse filão, ainda mais considerando-se que os investimentos de tempo e dinheiro costumam ser maiores para uma animação. "A Era do Gelo 2", cujo custo é estimado em torno de US$ 80 milhões, tomou três anos da equipe de Saldanha --a tecnologia responsável pela aparência, densidade e movimento dos pêlos de alguns dos personagens começou a ser trabalhada pela produtora um ano antes do início da produção.
No original, o filme conta com as vozes de Queen Latifah (Ellie), Seann William Scott (Crash) e Jay Leno (Fast Tony), entre outros nomes menos conhecidos do público brasileiro. Por aqui, encarregaram-se da dublagem Diogo Vilela (Manny), Tadeu Mello (Sid), Márcio Garcia (Diego) e Cláudia Jimenez (Ellie).
Cada vez menos à margem da batalha entre as duas gigantes da animação, a Blue Sky mostra que está no caminho certo. Nesta semana, "A Era do Gelo 2" estréia também nos Estados Unidos, em quase 4.000 salas --o que lhe dá o quinto lugar em total de salas de cinema em todos os tempos no país (à frente de qualquer um dos longas da série "Harry Potter", por exemplo). É potencialmente um dos blockbusters do ano.
Confira o site oficial (em português).
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