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10/04/2006 - 13h19

Crítica: Na fazenda, Campari Rock agrada e atrai 4 mil

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THIAGO NEY
da Folha de S. Paulo

A mudança para o campo deu certo. A segunda edição do festival Campari Rock reuniu cerca de 4.000 pessoas no último sábado, em Atibaia (Grande SP). As bandas Supergrass (Inglaterra), Mission of Burma (EUA) e Nação Zumbi foram os destaques.

O evento (cuja primeira edição foi na capital) ocorreu num hotel fazenda, em uma ampla área gramada, e o clima, guardadas as proporções, lembrava o dos festivais ingleses de verão, como Reading e Glastonbury, que acontecem não em Londres, mas em pequenas cidades ao redor.

O Campari Rock levou muito gente de São Paulo, mas a maior parte do público era de interioranos, como a estudante Priscila Carvalho, 20, que saiu de Bragança Paulista para ver seu primeiro show de grupos internacionais.

A estrutura do evento agradou. Coisa importante que quase nunca é respeitada em festivais de música no Brasil, o sistema de som estava realmente alto, bem definido. Dois problemas foram notados: quem queria comer era obrigado a enfrentar uma fila enorme, desanimadora; e, após o encerramento, às 4h de domingo, as vans que fariam o translado para a rodoviária de Atibaia desapareceram, e algumas pessoas tiveram de ter paciência para esperar a vinda de ônibus contratados na última hora. Mas, no geral, quem foi conseguiu se divertir.

O festival teve início às 15h, com a banda cearense Montage, seguidos por Digitaria, Walverdes e Ludovic. O público começou a chegar em bom número por volta das 18h, na apresentação dos gaúchos Cachorro Grande. O primeiro grande nome do dia foram os norte-americanos Mission of Burma.

Banda que teve sua primeira existência entre 1979 e 1983 e que ressurgiu em 2002, eles são citados por gente como REM e Franz Ferdinand como influência, mas ainda são desconhecidos até nos EUA. Suas canções não têm refrãos, o andamento é complexo, definitivamente não é rock "fácil", mas a energia e a tensão de suas músicas são hipnóticas.

O caráter denso prosseguiu com a entrada dos pernambucanos Nação Zumbi. Com seus tambores e percussões, seria fácil cair numa batucada desenfreada. Mas esses elementos se fundem com guitarra e efeitos eletrônicos, tomando forma como uma massa sonora psicodélica, com um pé no dub e outro no rock.

Após o Ira!, que misturou alguns hits com canções menos conhecidas, chegou a vez do Supergrass, a principal atração do festival. Surgidos durante o britpop, no meio dos anos 90, o que fazem é um rock alegre com algumas baladas bem construídas, como "Moving". Anima o espírito --como alguém definiu, uma "banda Prozac".

Já passava das 2h quando a dupla eletrônica Fixmer & McCarthy subiu ao
palco. Douglas McCarthy é vocalista do clássico grupo Nitzer Ebb, e sua
potente voz, somadas às batidas pesadas de Terence Fixmer, trouxeram de volta o clima da música industrial dos anos 80.

Especial
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