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28/04/2006 - 17h49

Dalai-lama recusa fama de "milagreiro"

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DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online

"Se vocês vieram aqui com a expectativa de que o dalai-lama possua algum tipo de poder, bem, isso é uma bobagem". Foram estas as palavras iniciais de Tenzin Gyatso, 70, o dalai-lama, líder máximo do budismo, no seminário ministrado nesta sexta-feira (28) em São Paulo, no Palácio das Convenções do Anhembi (zona norte).

Considerado por sua religião como a própria reencarnação de Buda da Compaixão, Gyatso falou sobre a relação de sua crença com a ciência e a educação para mais de 2.500 pagantes. A pedido de Gyatso, as luzes da platéia ficaram acesas, para que ele pudesse "olhar nos olhos de cada um" enquanto falava.

Fernando Donasci/FI
Dalai-lama falou para 2.500 pessoas no Anhembi, em SP
Dalai-lama falou para 2.500 pessoas no Anhembi, em SP
Mas nem todos que pagaram viram o monge presencialmente. Algumas pessoas desembolsaram R$ 70 para assistir ao evento via telão ou telas de plasma colocados em três auditórios menores do Anhembi --quem pagou R$ 120 viu dalai-lama de perto.

O evento teve também a presença de pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e de José Gregori, ex-ministro da Justiça e presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos de São Paulo.

Na palestra, o mestre tibetano fez questão de se destituir de alguns valores. "Não sou dotado de poderes miraculosos e sou muito cético quanto a isso."

Ele comentou também a "aproximação da ciência com a religião". "A ciência de hoje não é a mesma de anos atrás, ela está cada vez mais próxima da espiritualidade", afirmou.

Gyatso também falou de política, mostrando-se bastante otimista quanto à conjuntura internacional. "Ainda que tenhamos começado o século 21 de forma conturbada, acredito que este será o século do diálogo", disse.

Por fim, o mentor do povo tibetano criticou o hedonismo, dizendo ser "impossível pensarmos apenas no prazer a curto prazo".

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