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30/04/2006 - 02h39

Folha premia ilustradores em 5 categorias

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da Folha de S. Paulo

Um gaúcho de Vacaria, fortemente inspirado pelas escolas platinas de ilustração (principalmente a Argentina), foi escolhido entre 1.510 inscritos como o vencedor do 3º Concurso Folha de Ilustração e Humor. Eloar Guazzelli Filho, 43, radicado em São Paulo há seis anos, se inscreveu na categoria ilustração infantil e foi escolhido pela comissão julgadora como o grande vencedor do concurso. Como prêmio, ele será convidado a colaborar com a Folha por um período de experiência de até três meses.

"Guazzelli tem um trabalho tão diferenciado, tão vivo, que foi praticamente um consenso", explica o ilustrador Orlando Pedroso, colaborador da Folha e membro da comissão julgadora --que tinha também o cartunista Laerte (também colaborador do jornal) e os jornalistas Marcos Augusto Gonçalves (editor da Ilustrada), Massimo Gentile (editor de Arte), Fábio Marra (editor-adjunto de Arte) e Luciana Sugino (editora de Arte da Revista da Folha).

Com o objetivo de revelar talentos do desenho e selecionar colaboradores para o jornal, o concurso teve seis categorias: ilustração livre, ilustração científica, ilustração infantil, charge/cartum, quadrinhos e retratos.

"A Folha, que já conta com profissionais muito talentosos na área das artes gráficas, tem a tradição de realizar concursos assim. Com isso, o jornal busca descobrir novos valores, oxigenar suas páginas, levando ao leitor um produto mais vivo e preocupado em captar novos veios de técnica e criatividade", afirma a editora-executiva da Folha, Eleonora de Lucena.

Vencedores

Foram apontados um vencedor e até mais dois destaques por categoria, com exceção da de charge/cartum, que não teve nenhum finalista indicado pela comissão.

"Não encontramos material que fosse premiável. Foram muitos trabalhos, mas não teve nenhum desenho original", explica Massimo Gentile, editor de Arte da Folha. "Essa é talvez a área mais difícil da ilustração", completa.

O ganhador de cada categoria concorreu também ao grande prêmio, vencido por Guazzelli. O paulistano Sandro Castelli, 32, que já teve trabalhos publicados em revistas como "Superinteressante", venceu em ilustração científica. Na mesma categoria, ficou em segundo lugar o curitibano Leandro Lopes, 27.

Na categoria com o maior número de concorrentes --ilustração livre, com 429 inscritos--, o vencedor foi o espanhol Pablo Amador, 26, que mora em São Paulo há cinco meses. O paulista no Julio Cesar Panisa, 26, foi o segundo colocado.

Duas das cinco categorias pre miadas tiveram três pessoas com trabalhos selecionados: uma foi quadrinhos, com o austríaco Jan Limpens, 35 (vencedor), o paranaense Rômolo Dhipólito, 22 (segundo lugar) e o paulistano Tiago Judas, 27 (terceiro). A outra foi a de ilustração infantil, vencida por Guazzelli. Nela, o segundo lugar ficou com Paulo Terzi Ito, 28, e o terceiro com Leopoldo Tauffen bach, 29 --ambos de São Paulo.

"A área de ilustração infantil tem se desenvolvido muito, o que não tem acontecido com a charge e o cartum, por exemplo. O resultado do concurso reflete isso", avalia o ilustrador Orlando.

Adams Teixeira de Carvalho, 26, paulista de Sorocaba, foi o vencedor da categoria retrato, com suas ilustrações de Woody Allen e Sartre. O gaúcho Odye Fernando Bernardi, 39, que também desenhou Sartre, além de músicos como Chet Baker, ficou em segundo lugar.

Qualidade

Para chegar aos 12 finalistas, de onde saíram os cinco vencedores de cada categoria e o ganhador do grande prêmio, Orlando Pedroso e Massimo Gentile fizeram uma pré-seleção entre os inscritos.

"Tivemos que descartar trabalhos que não tinham uma característica mais profissional e também aqueles que tinham apenas uma proposta de trabalho, um único desenho", explica Gentile.

O ilustrador Orlando afirma que muitos dos trabalhos eram repetitivos e não inovavam em termos de idéias e de traço. Orlando vê, no entanto, aspectos positivos na enorme quantidade de trabalhos enviados. "A maioria tinha uma tentativa de fazer algo autoral, e isso é muito bom."

O editor da Ilustrada, Marcos Augusto Gonçalves, destacou a diversidade de linguagens utiliza das nas obras. "Vi alguns trabalhos excelentes; muitos deles poderiam ser utilizados por publicações de qualidade. Na área infantil, em especial, tivemos ilustrações muito boas. Achei interessante o fato de termos exemplos diversificados de linguagem, com gente que se entrega aos recursos da computação e autores que trabalham à mão", explica.

Esta é a terceira vez que a Folha incentiva o trabalho de novos ta lentos. Em 1985, o jornal revelou o chargista Spacca e o quadrinista Fernando Gonsales. Em 1999, foi premiado o chargista Jean, que se tornou colaborador regular do jornal na página 2.

O resultado está no endereço www.folha.com.br/061161. Além dos trabalhos dos 12 finalistas, todos os pré-selecionados terão suas obras divulgadas no site.

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