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03/05/2006 - 03h27

Leilão vende tela de Van Gogh por US$ 40 milhões

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da Efe, em Nova York

Um retrato de Vincent Van Gogh foi vendido nesta quarta-feira por US$ 40,3 milhões, enquanto um óleo de Pablo Picasso foi arrematado por US$ 34,7 milhões, em um leilão de arte moderna e impressionista da casa Christie's, em Nova York (EUA).

A tela de Van Gogh, "L'Arlésienne, Madame Ginoux" (1890), foi adquirida por um colecionador anônimo. O preço inclui a comissão da casa de leilões, e foi atingido numa disputa que começou em US$ 26 milhões.

O retrato pertencia à coleção da família Bakwin e era avaliado pelos especialistas da Christie's em US$ 40 a 50 milhões.

Ao fim do leilão, o presidente honorário da Christie's Americas, Christopher Burge, comentou que o preço foi "maravilhoso para este tipo de obra de Van Gogh".

A pintura é a mais importante de uma série de cinco óleos do pintor holandês, de fevereiro de 1890. Foi uma homenagem a seu amigo e colaborador Paul Gauguin, a quem não via mais desde que havia sido internado num asilo.

A retratada, Madame Marie Ginoux, era a proprietária de um café freqüentado pelos dois artistas. Ela aparece sentada, com a cabeça apoiada numa das mãos, com livros sobre a mesa. Entre eles está "Contos do Natal", de Charles Dickens.

O segundo maior valor no leilão foi "Le Repos" (1932), de Picasso. O lance final, de US$ 34,7 milhões, foi muito acima da previsão de US$ 20 milhões.

Disputa acirrada

A disputa acirrada partiu de US$ 9,5 milhões, com lances tanto na casa de leilões quanto por telefone. A obra foi adquirida pelo galerista americano Larry Gagosian, "presumivelmente como intermediário de um cliente", segundo Burge.

A pintura havia despertado altas expectativas. Seu vendedor é um neto do artista, Bernard Picasso, e ela nunca tinha saído do núcleo familiar. Segundo John Richardson, biógrafo de Picasso, é "uma de suas pinturas mais trágicas e poderosas", uma obra "realmente grandiosa".

O óleo retrata em cores contrastadas e com formas sinuosas a dançarina russa Olga Khokhlova, que foi casada com Picasso, em fusão com a amante do artista, Marie-Thérèse Walter. O resultado é interpretado como uma "união psicológica do bem com o mal".

Outro retrato de Picasso vendido no leilão foi o de "Germaine" (1902), pertencente à "fase azul" do artista. A peça, que estava avaliada em US$ 12 a 18 milhões, foi adquirida por US$ 18,6 milhões pela Acquavella Galleries.

Outros dois Picassos --"Tête de Femme (Dora Maar)" (1937), e "Femme se coiffant" (1956)--, foram vendidos por US$ 5,6 e 3,3 milhões, respectivamente.

Burge considerou o leilão de arte moderna e impressionista, o primeiro da temporada de primavera em Nova York, "bastante sólido", reflexo de um mercado "enlouquecido", composto por colecionadores "apaixonados" que compraram "cuidadosa e inteligentemente".

No total, o leilão arrecadou US$ 180 milhões, vendendo 43 das 50 obras oferecidas. A previsão era de US$ 144 a 197 milhões. Burge acrescentou que 51% dos compradores eram americanos, 36% europeus, 5% asiáticos e 9% de outros países e regiões.

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