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24/05/2006 - 09h46

Trio Wolfmother tem disco de estréia lançado no Brasil

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LÚCIO RIBEIRO
Colunista da Folha de S.Paulo

Nas voltas que o pop dá, paramos no Wolfmother, trio australiano que é a nova atenção do rock nos EUA e na Europa (e aqui, no reflexo). Mas, se ouvir bem, o grupo parece uma veterana banda do hard rock inglês dos anos 70, uma espécie de quarto pilar do "quarteto mágico" da turma de Black Sabbath, Deep Purple e Led Zeppelin.

É isso: eles são (estão) mais Led Zeppelin que o Led Zeppelin. E seu disco de estréia chega ao Brasil nos próximos dias.

"Prioridade" da Universal, a banda de Sydney saiu do último festival South by Southwest, no Texas, com o selo "vocês precisam ver esses caras". Na seqüência, a "Rolling Stone" os colocou como uma das "dez bandas para não tirar o olho".

O zunzum em cima do grupo é grande. Tendo à frente o figura Andrew Stockdale, vocalista e guitarrista branco de cabelo black power, que tem voz de um jovem Ozzy Osbourne e dedos de Jimmy Page, o Wolfmother atualiza os anos 70 para a geração MTV-iPod.

Se traçar uma linha temporal neste tipo de rock, você tem Black Sabbath-Nirvana-Queens of the Stone-White Stripes-Wolfmother. É velho e novo ao mesmo tempo. Hard rock, grunge, metal, stoner e moderno, tudo junto.

Sobre o "boom", o disco de estréia, o novo e o velho e até bossa nova, Stockdale conversou com a Folha na semana passada, por telefone, de Toronto (Canadá). Nem bem o disco saiu no exterior, o Wolfmother está no meio de uma turnê que está prevista para acabar no final de agosto, na Bélgica.

"Estou testando minha capacidade humana de adaptação às mais diversas situações. Nesta hora, no ano passado, o mais longe que eu ia era da minha casa a um pub australiano. Agora estou rodando o mundo. Parece que eu estava no meu sofá, pisquei e agora ele abriu aqui, no meio de uma turnê pela América do Norte e falando ao telefone com um jornalista do Brasil. Maluco isso", diz Stockdale, 29.

Led, Sabbath e White Stripes? O guitarrista tem um outro modo de descrever seu som. "Acho que a gente é tipo AC/ DC com blues e rock viajante [stoner], psicodélico, num modo existencial, seja lá o que for isso tudo. Mas, sim, nosso som tem velhos "flashes" de rock dos anos 70. Isso é um pouco comum no rock da região onde vivo. Acho que estamos presos a esses tempos", afirma o músico, se referindo a Jet, Vines, Datsuns (Nova Zelândia) e as Spazzys, bandas da Oceania com pé em rock antigo.

"Mas, ei, eu gosto de grupos de hoje também. Por exemplo, White Stripes, Kings of Leon, Mars Volta."

O disco de estréia da banda, que leva o nome "Wolfmother", chegou a 25º lugar no Top 40 inglês (saiu lá em dezembro), emplacou um grande 22º na "Billboard" americana e bateu em 11º no Canadá.
As vendas nos EUA podem aumentar, porque a Apple está usando a música "Love Train", do Wolfmother, no novo comercial do iPod.

Stockdale conta que essa carcaça de banda antiga que o Wolfmother carrega pode dar uma idéia muito contrária do que realmente a banda representa ao rock contemporâneo.

"Não sei se isso de Led Zeppelin tem que ser levado muito em conta. Nos nossos shows, por todos os lugares, o público é 99% formado por uma garotada para a qual a banda mais velha na cabeça é Nirvana. Na verdade, para esses garotos, Wolfmother é moderníssimo", diz o guitarrista, soltando uma boa gargalhada.

E termina a conversa falando do Brasil: "Eu adoraria ir tocar no Brasil. Tenho sonhos com o Rio. Sabe o que escuto quando quero relaxar? "Girl's from Ipanema". Ela é brasileira, não é?"

Especial
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