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24/05/2006
-
10h07
LUIZ FERNANDO VIANNA
da Folha de S.Paulo, no Rio
Na década de 90, a Orquestra Jazz Sinfônica fez uma primeira incursão à obra de Paulinho da Viola. Para fazer a segunda, neste ano, propôs ampliar o repertório para sambas da Portela. O cantor e compositor preferiu ampliar ainda mais.
"Falei que julgava importante incluir sambas de outras escolas do Rio, como Mangueira e Império Serrano. Na verdade, vou cantar mais músicas de outros compositores do que minhas", conta ele.
O show-concerto acontece hoje, às 21h, no Memorial da América Latina. Começa sem Paulinho, com os 86 músicos da orquestra tocando um choro do compositor ("Choro Negro"), "Aquarela de Sambas", de Cyro Pereira (maestro honorário da orquestra) e "Fantasia sobre Temas de Paulinho da Viola", de Marcelo Ghelfi, pianista da Jazz Sinfônica.
"Paulinho é aquele camarada que, mal ouve a música, você diz: 'isso parece Paulinho'. Dá para reconhecer o estilo", exalta o maestro João Maurício Galindo, diretor artístico da orquestra. "Ele é um lorde, finíssimo, e sua música reflete isso. É um dos maiores compositores brasileiros", completa.
A idéia original era que Paulinho apenas cantasse acompanhado da Jazz Sinfônica. Mas ele pediu para também tocar cavaquinho. É apoiado pelo instrumento que interpretará as suas "Coração Leviano", "Argumento", "Timoneiro", "Foi um Rio que Passou em Minha Vida" e "Onde a Dor Não Tem Razão" --a única com arranjo dos anos 90, de Nelson Ayres, já que os outros são recentes. E também interpretará uma série de grandes sambas escolhidos por ele. Dos portelenses vêm "Passado de Glória" (Monarco), "Vai Vadiar" (Monarco/Ratinho), "O Ideal é Competir" (Candeia/Casquinha) e "Quantas Lágrimas" (Manacéa).
O maior compositor do Império Serrano, Silas de Oliveira, é lembrado em "Apoteose do Samba" e "Senhora Tentação". E a Mangueira é representada em "Cântico à Natureza" (Nelson Sargento/Alfredo Português/Jamelão), também conhecido como "Primavera".
"Não tenho nenhum preconceito", diz Paulinho sobre o casamento do samba com a música sinfônica. "Depende da interpretação de cada maestro. Uns são mais ligados às coisas do samba, outros tendem mais para o lírico no uso das cordas", avalia ele.
São vários os arranjadores das músicas que serão tocadas hoje. Mas em comum, segundo João Maurício Galindo, há o princípio da Jazz Sinfônica de que as músicas popular e clássica podem ser facilmente afins. "O preconceito que havia já acabou. O que há é um tribalismo de gente que, por exemplo, ouve funk mas não aceita pagode. A música é uma coisa tão rica que o melhor é se livrar dessas bobagens. Beethoven e Mozart também usavam melodias populares", diz Galindo.
Paulinho da Viola e Orquestra Jazz Sinfônica
Quando: hoje, às 21h
Onde: Memorial da América Latina (av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, 0/xx/11 3823-4768)
Quanto: R$ 30
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Na década de 90, a Orquestra Jazz Sinfônica fez uma primeira incursão à obra de Paulinho da Viola. Para fazer a segunda, neste ano, propôs ampliar o repertório para sambas da Portela. O cantor e compositor preferiu ampliar ainda mais.
"Falei que julgava importante incluir sambas de outras escolas do Rio, como Mangueira e Império Serrano. Na verdade, vou cantar mais músicas de outros compositores do que minhas", conta ele.
O show-concerto acontece hoje, às 21h, no Memorial da América Latina. Começa sem Paulinho, com os 86 músicos da orquestra tocando um choro do compositor ("Choro Negro"), "Aquarela de Sambas", de Cyro Pereira (maestro honorário da orquestra) e "Fantasia sobre Temas de Paulinho da Viola", de Marcelo Ghelfi, pianista da Jazz Sinfônica.
"Paulinho é aquele camarada que, mal ouve a música, você diz: 'isso parece Paulinho'. Dá para reconhecer o estilo", exalta o maestro João Maurício Galindo, diretor artístico da orquestra. "Ele é um lorde, finíssimo, e sua música reflete isso. É um dos maiores compositores brasileiros", completa.
A idéia original era que Paulinho apenas cantasse acompanhado da Jazz Sinfônica. Mas ele pediu para também tocar cavaquinho. É apoiado pelo instrumento que interpretará as suas "Coração Leviano", "Argumento", "Timoneiro", "Foi um Rio que Passou em Minha Vida" e "Onde a Dor Não Tem Razão" --a única com arranjo dos anos 90, de Nelson Ayres, já que os outros são recentes. E também interpretará uma série de grandes sambas escolhidos por ele. Dos portelenses vêm "Passado de Glória" (Monarco), "Vai Vadiar" (Monarco/Ratinho), "O Ideal é Competir" (Candeia/Casquinha) e "Quantas Lágrimas" (Manacéa).
O maior compositor do Império Serrano, Silas de Oliveira, é lembrado em "Apoteose do Samba" e "Senhora Tentação". E a Mangueira é representada em "Cântico à Natureza" (Nelson Sargento/Alfredo Português/Jamelão), também conhecido como "Primavera".
"Não tenho nenhum preconceito", diz Paulinho sobre o casamento do samba com a música sinfônica. "Depende da interpretação de cada maestro. Uns são mais ligados às coisas do samba, outros tendem mais para o lírico no uso das cordas", avalia ele.
São vários os arranjadores das músicas que serão tocadas hoje. Mas em comum, segundo João Maurício Galindo, há o princípio da Jazz Sinfônica de que as músicas popular e clássica podem ser facilmente afins. "O preconceito que havia já acabou. O que há é um tribalismo de gente que, por exemplo, ouve funk mas não aceita pagode. A música é uma coisa tão rica que o melhor é se livrar dessas bobagens. Beethoven e Mozart também usavam melodias populares", diz Galindo.
Paulinho da Viola e Orquestra Jazz Sinfônica
Quando: hoje, às 21h
Onde: Memorial da América Latina (av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, 0/xx/11 3823-4768)
Quanto: R$ 30
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