25/05/2006 - 09h00

Silvio de Abreu se fecha à imprensa para terminar "Belíssima"

JAMES CIMINO
da Folha Online

O autor Silvio de Abreu, de "Belíssima", sempre disponível a falar sobre sua trama, resolveu que dará poucas entrevistas agora, reta final de sua novela --o folhetim termina em 7 de julho. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pela assessoria de imprensa da Globo.

"Ele só responderá entrevistas grandes, lá pelo final da trama", informou a assessoria, que disse, ainda, que a decisão do autor foi motivada devido ao elevado número de entrevistas que recebe por e-mail a cada dia (uma média de sete). "Isso tem tomado muito seu tempo, e a resolução da trama exige concentração", informaram.

De fato, para amarrar todas as pontas da história, Silvio de Abreu terá um grande trabalho, já que, a cada dia que passa, o enredo fica mais intrincado e enigmático.

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Valdete (Leona Cavalli) também cotada, apesar de ela ser filha de Bento (Nélson Xavier)

Abreu já revelou algumas pistas sobre, por exemplo, quem seria o filho de Bia Falcão (Fernanda Montenegro) e Murat (Lima Duarte). Segundo o autor, ele teria 32 anos. Em tempos de botox e cirurgia plástica, porém, fica difícil saber quem são os personagens que estão nessa faixa etária.

O autor forneceu dados etários da família Assumpção, o que pode ajudar a resolver o mistério: Bia tem 76 anos (nasceu em 1930), teve Stella (a suposta mãe de Júlia) aos 18 (que remonta a 1948) e o filho(a) desaparecido(a) em 1974. Já Stela teve Júlia (Glória Pires) aos 17 (ou seja, a empresária nasceu em 1965). Érica (Letícia Birkheuer) nasceu quando Júlia tinha 19 anos (em 1984). E Pedro (Henri Castelli), que morreu em 2006, se tinha os tais 32 anos, nasceu em 1974, nove anos depois de Júlia.

Como nas memórias de Júlia o pequeno Pedro não aparece, é possível que ele seja o filho de Bia, o que explica o ódio dela por Vitória (Cláudia Abreu), que levou seu filho para a Grécia.

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Pedro (Henri Castelli) é uma das probabilidades, já que não se sabe se o filho de Bia está vivo.

A assessoria da Globo passou uma lista dos possíveis personagens que estão na casa dos 32 anos: Pascoal (Reynaldo Gianecchini), Rebeca (Carolina Ferraz), André (Marcello Antony), Vlad (Maurício Moraes), Vitória (Cláudia Abreu), Narciso (Vladimir Brichta), Regina da Glória (Lívia Falcão), Fladson (Marcelo Médici), Yvete (Angelita Feijó), Edmilson (Leonardo Carvalho) e Valdete (Leona Cavalli).

Exceto que Bia tenha engravidado de outro homem para pressionar Murat a se separar de Katina (Irene Ravache), há, abaixo, uma lista de improváveis filhos da megera.

Alberto (Alexandre Borges) é um deles, pois, caso contrário, teria se casado duas vezes com sua meia-irmã Safira (Cláudia Raia) --esta, por sua vez, deve ter mais de 32 anos, pois tem uma filha, Giovana (Paola Oliveira), maior de idade. Outras são Ornela (Vera Holtz), que tem bem mais de 32, e Vitória, que também não poderia ser filha de Bia, pois teria sido casada com seu sobrinho Pedro.

Entram ainda na lista de improbabilidades Mônica (Camila Pitanga) e Dagmar (Sheron Menezes), pois ambas são negras e não poderiam ser filhas de Bia com Murat. Taís (Maria Flor) também não poderia ser, exceto que tenha sido adotada e que seja bem mais velha do que aparenta --fora isso, seus pais já apareceram na trama.

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Jamanta (Cacá Carvalho): seria ele o filho desaparecido de Bia Falcão?

Há, por fim, Valdete, filha de Bento (Nélson Xavier), que até o momento não revelou nenhuma ligação com Bia e que nunca deu indícios de que sua filha fosse adotiva. E Cemil, que também deve ter mais de 32 e, pelo que se sabe, é filho de Katina com Nikos (Tony Ramos).

Há, no entanto, um personagem que não foi citado, mas que tem grandes possibilidades de ser o filho do casal: Jamanta (Cacá Carvalho).

Na trama "Torre de Babel" (1998-99), em que o personagem surgiu, descobriu-se que ele era filho da personagem de Cleide Yáconis: Diolinda Falcão, que tem o mesmo sobrenome de Bia. Isso, além de ser uma grande ironia com a arrogante personagem de Fernanda Montenegro, seria também um dos elementos de suas obras anteriores que Abreu estaria resgatando em "Belíssima", conforme ele mesmo disse em diversas entrevistas à época do lançamento da trama.

Silvio de Abreu se esquiva dessa possibilidade com a seguinte resposta: "Novela é ficção! O personagem pode ter histórias diferentes em novelas distintas, embora seja o mesmo personagem..."

Justamente por isso, no entanto, que a explicação é plausível.

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