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25/05/2006
-
12h37
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
Ainda sem um acordo com a Eletropaulo, que cortou seu fornecimento de energia terça-feira, o Masp (Museu de Arte de São Paulo) reabriu nesta quarta para o público e, segundo a diretoria, 960 pessoas visitaram o museu. Para reabrir, o Masp teve que alugar dois geradores de eletricidade. Tanto a exposição "Degas - O Universo de um Artista" quanto as salas com o acervo da instituição estavam abertas.
A Folha apurou, com uma empresa que aluga geradores, que o Masp precisaria de um equipamento com capacidade de 450 kva, ligado 24h, por conta da climatização das salas. O custo diário do aluguel de dois geradores desse porte é de cerca de R$ 900.
Mas não só os visitantes foram surpreendidos com o corte da luz. Manoel Pires da Costa, presidente da Bienal de São Paulo, diretor do Masp Centro e um dos cinco diretores do museu, também disse estar espantado: "Foi tudo uma surpresa, não sabia do que estava acontecendo, da possibilidade do corte da luz".
Dívida
O fornecimento de energia elétrica foi suspenso às 7h de terça-feira. Segundo a Eletropaulo, dentre os motivos para o corte estão os "sete anos de recorrente inadimplência por parte do museu" --a dívida do Masp seria de R$ 3 milhões.
O Masp, por sua vez, explica que "as últimas 11 contas mensais referentes ao consumo de energia foram devidamente pagas e quitadas", e que a dívida anterior a isso está sendo negociada. "A dívida tem sido objeto de reuniões referentes a utilização de créditos tributários de terceiros, os quais, entretanto, não foram aceitos pela concessionária", disse o Masp em nota enviada à imprensa.
Procurado pela Folha para falar sobre o caso, o presidente do museu, Julio Neves, afirmou por meio de sua assessoria que só irá se manifestar depois que tudo estiver solucionado.
Neves, no entanto, falou ao "Mais São Paulo", programa de Gilberto Dimenstein na rádio CBN. Segundo ele, a conta será paga e já estava em processo de negociação. Porém, como garantia a Eletropaulo sugere que quadros do acervo do Masp sejam passados à empresa, a questão é mais delicada que um simples pagamento. A Eletropaulo nega tal informação.
O Masp foi inaugurado em 2 de outubro de 1947 por Assis Chateaubriand, fundador e proprietário dos Diários e Emissoras Associados e pelo professor Pietro Maria Bardi, jornalista e crítico de arte na Itália, recém chegado ao Brasil.
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da Folha de S.Paulo
Ainda sem um acordo com a Eletropaulo, que cortou seu fornecimento de energia terça-feira, o Masp (Museu de Arte de São Paulo) reabriu nesta quarta para o público e, segundo a diretoria, 960 pessoas visitaram o museu. Para reabrir, o Masp teve que alugar dois geradores de eletricidade. Tanto a exposição "Degas - O Universo de um Artista" quanto as salas com o acervo da instituição estavam abertas.
A Folha apurou, com uma empresa que aluga geradores, que o Masp precisaria de um equipamento com capacidade de 450 kva, ligado 24h, por conta da climatização das salas. O custo diário do aluguel de dois geradores desse porte é de cerca de R$ 900.
Mas não só os visitantes foram surpreendidos com o corte da luz. Manoel Pires da Costa, presidente da Bienal de São Paulo, diretor do Masp Centro e um dos cinco diretores do museu, também disse estar espantado: "Foi tudo uma surpresa, não sabia do que estava acontecendo, da possibilidade do corte da luz".
Eduardo Knapp/Folha Imagem |
O Masp foi inaugurado em 2 de outubro de 1947 por Assis Chateaubriand |
O fornecimento de energia elétrica foi suspenso às 7h de terça-feira. Segundo a Eletropaulo, dentre os motivos para o corte estão os "sete anos de recorrente inadimplência por parte do museu" --a dívida do Masp seria de R$ 3 milhões.
O Masp, por sua vez, explica que "as últimas 11 contas mensais referentes ao consumo de energia foram devidamente pagas e quitadas", e que a dívida anterior a isso está sendo negociada. "A dívida tem sido objeto de reuniões referentes a utilização de créditos tributários de terceiros, os quais, entretanto, não foram aceitos pela concessionária", disse o Masp em nota enviada à imprensa.
Procurado pela Folha para falar sobre o caso, o presidente do museu, Julio Neves, afirmou por meio de sua assessoria que só irá se manifestar depois que tudo estiver solucionado.
Neves, no entanto, falou ao "Mais São Paulo", programa de Gilberto Dimenstein na rádio CBN. Segundo ele, a conta será paga e já estava em processo de negociação. Porém, como garantia a Eletropaulo sugere que quadros do acervo do Masp sejam passados à empresa, a questão é mais delicada que um simples pagamento. A Eletropaulo nega tal informação.
O Masp foi inaugurado em 2 de outubro de 1947 por Assis Chateaubriand, fundador e proprietário dos Diários e Emissoras Associados e pelo professor Pietro Maria Bardi, jornalista e crítico de arte na Itália, recém chegado ao Brasil.
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