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05/06/2006
-
19h37
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio de Janeiro
O medo da violência carioca fez com que o guitarrista Rodrigo Netto, 29, da banda Detonautas optasse tragicamente por pegar a avenida Marechal Rondon, no bairro do Rocha (zona norte do Rio). O local foi a cena da tentativa de assalto sofrida por Netto que terminou com seu assassinato.
Segundo o irmão de criação do músico, Mauro Perez, 26, Netto decidiu trocar a Linha Amarela --que liga a zona norte à zona oeste-- pela avenida Marechal Rondon com medo dos episódios de violência na via expressa registrados recentemente. "Eles iam voltar pela Linha Amarela. Na última hora, por medo, eles desistiram e foram pela Marechal Rondon. Ele estava na hora errada, no lugar errado", disse Perez.
O músico, que estava acompanhado da avó Eliana de Andrade da Silva Netto, e do irmão Rafael tinha ido ao aniversário de uma tia avó em Cascadura.
Nettinho, como era conhecido Rodrigo, foi morto com um tiro na axila. Já Rafael foi atingido no ombro, mas não corre risco de morte. A avó saiu ilesa. Perez disse acreditar que o irmão pode ter acelerado o carro para preservar a vida da avó, já que era "um cara da paz" e não reagiria ao crime.
Violência no Rio
Artistas e amigos de Netto presentes ao enterro, neste domingo, queixaram-se da violência no Rio de Janeiro.
Segundo o cantor Silvinho Blau Blau, o clima de medo em virtude de inúmeros crimes na cidade mudaram o comportamento dos moradores da cidade, que deixaram de sair à noite. "Nos anos 80 a gente ficava a madrugada inteira na rua, no Baixo Leblon, fazendo arte, mas isso acabou. Os bares estão fechando, o comércio está cerrando as portas. A gente tem que viver", disse.
O guitarrista do Cidade Negra, Da Gama, criticou a atuação de governantes no combate à violência e disse que a população também não exige como deveria a atuação das autoridades.
"É difícil sair hoje em dia de casa. Sair na rua é muito medo, coração a mil. O Rio está muito violento. Os governantes não olham para isso. O povo não sai à rua, reivindica segurança, Exército para que coisas como essas que aconteceram com o Rodrigo, não aconteçam mais."
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da Folha Online, no Rio de Janeiro
O medo da violência carioca fez com que o guitarrista Rodrigo Netto, 29, da banda Detonautas optasse tragicamente por pegar a avenida Marechal Rondon, no bairro do Rocha (zona norte do Rio). O local foi a cena da tentativa de assalto sofrida por Netto que terminou com seu assassinato.
Segundo o irmão de criação do músico, Mauro Perez, 26, Netto decidiu trocar a Linha Amarela --que liga a zona norte à zona oeste-- pela avenida Marechal Rondon com medo dos episódios de violência na via expressa registrados recentemente. "Eles iam voltar pela Linha Amarela. Na última hora, por medo, eles desistiram e foram pela Marechal Rondon. Ele estava na hora errada, no lugar errado", disse Perez.
Ana Carolina Fernandes/FI |
Tico Santa Cruz e Aline Rosa, namorada de Netto, choram no enterro que reuniu centenas |
Nettinho, como era conhecido Rodrigo, foi morto com um tiro na axila. Já Rafael foi atingido no ombro, mas não corre risco de morte. A avó saiu ilesa. Perez disse acreditar que o irmão pode ter acelerado o carro para preservar a vida da avó, já que era "um cara da paz" e não reagiria ao crime.
Violência no Rio
Artistas e amigos de Netto presentes ao enterro, neste domingo, queixaram-se da violência no Rio de Janeiro.
Segundo o cantor Silvinho Blau Blau, o clima de medo em virtude de inúmeros crimes na cidade mudaram o comportamento dos moradores da cidade, que deixaram de sair à noite. "Nos anos 80 a gente ficava a madrugada inteira na rua, no Baixo Leblon, fazendo arte, mas isso acabou. Os bares estão fechando, o comércio está cerrando as portas. A gente tem que viver", disse.
O guitarrista do Cidade Negra, Da Gama, criticou a atuação de governantes no combate à violência e disse que a população também não exige como deveria a atuação das autoridades.
"É difícil sair hoje em dia de casa. Sair na rua é muito medo, coração a mil. O Rio está muito violento. Os governantes não olham para isso. O povo não sai à rua, reivindica segurança, Exército para que coisas como essas que aconteceram com o Rodrigo, não aconteçam mais."
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