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07/06/2006 - 14h14

Rodrigo Santoro vira paulista para filmar "Não Por Acaso"

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JULIANA ALENCAR
do Agora

Set de filmagens de "Não Por Acaso", longa-metragem do estreante Philippe Barcinski. Pouco antes das 20h, Rodrigo Santoro filma a última cena do dia. Foram mais de 14 horas de trabalho --"uma paradinha só para o almoço", relembra--, e o ator continua ali, como se ainda fosse a primeira. Entre um take e outro, fica inerte à correria dos contra-regras, num exercício quase insano de concentração. Mesmo em uma seqüência em que fazia (ou tentava fazer) uma omelete.

"Tem ator que entre o 'corta' e o 'ação' relaxa. Eu não. Preciso me manter compenetrado", conta, como se se desculpasse por uma suposta imperfeição ou inexperiência.

Divulgação
O ator Rodrigo Santoro em cena do longa-metragem "Não Por Acaso", de Philipe Barcinski
O ator Rodrigo Santoro em cena do longa-metragem "Não Por Acaso", de Philipe Barcinski
Modéstia dele. Aos 30 anos, Santoro já acumula nove trabalhos na TV e sete filmes no currículo. Mais outros três, incluindo aí o longa que filmava naquele dia, estão em fase de produção. Parece pouco, mas é um feito para quem sempre fugiu do tipo galãzinho --"não tenho pudores. Corri o risco de fazer um travesti", conta ele, referindo-se ao papel em "Carandiru"-- e nunca pensou na carreira a longo prazo.

"Eu juro que não imaginava [há dez anos que estaria onde estou]. Eu fui muito prático nesses anos: trabalhei dando o meu melhor. O que veio foi conseqüência", disse, depois de ter se despedido dos jornalistas que acompanhavam as filmagens do longa, carregando nas costas um taco de bilhar. Em "Não Por Acaso", Santoro vive Pedro, um jogador de sinuca amador que, ironicamente, possui a mesma obsessão pela perfeição que seu intérprete --e que o levou a treinar o esporte quase dois meses antes de filmar o longa. O ator ainda passou uma semana em uma carpintaria --o personagem dele também faz mesas de sinuca-- e dias circulando pelo Bixiga (região central de SP) como um morador.

"Fiquei dias sem que ninguém me reconhecesse. Ia em boteco, comia PF [prato feito]. Não acho que é um método, mas é uma maneira de eu mergulhar num universo que muitas vezes é muito distante do meu", conta ele, que admite que não tinha a menor intimidade com bilhar.

Como também não sabia tocar piano quando filmou "Os Desafinados", de Walter Lima Jr, no ano passado. Hoje tem um instrumento desse em seu apartamento no Rio. O taco de bilhar que pegou do set já dá indício de que ele levará, de novo, trabalho para casa.

"Só não sei como eu vou colocar uma mesa dessas no apartamento", conta, rindo, já planejando as férias que vai tirar em julho.

"Emendei um trabalho no outro", explica. E cita a microssérie "Hoje é Dia de Maria", na qual precisou emagrecer 10 kg para o papel de Chico Chicote. Quilos já devidamente recuperados? "Como não...", diz o ator, mostrando a barriga. E brinca: "Faz parte do Pedro".

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