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08/06/2006 - 13h55

Filme e protestos lembram assassinato de brasileiro em Portugal

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da Lusa

Associações européias de transexuais fizeram uma manifestação nesta quinta-feira em frente à Assembléia da República (Parlamento), em Lisboa, pedindo que Portugal assuma suas responsabilidades no "crime de ódio" cometido em fevereiro, no Porto, que levou à morte o transexual brasileiro Gisberto Salce Júnior.

Gisberto, que era conhecido como Gisberta em Portugal, morreu em fevereiro, quando foi agredido e jogado em um poço por 14 jovens com idades entre 13 e 16 anos. Desses 14 adolescentes, 12 eram internos das instituições Oficinas de São José e Centro Juvenil de Campanha e estavam sob tutela do Estado. "A última coisa que queremos é sacrificar as crianças. O Estado é que deve se responsabilizar porque é o tutor delas", disse à agência Lusa Jó Bernardo, presidente da ªT - Associação para o Estudo e Defesa do Direito à Identidade de Gênero.

Também será exibido nesta quinta nas cidades do Porto e Coimbra o documentário "Gisberta - Liberdade", que mostra o caso e a maneira como foi tratado. Além disso, a organização afirma que manifestações pacíficas serão realizadas em frente às embaixadas e consulados lusos em vários países da Europa.

Críticas

Segundo Jó Bernardo, as associações pretendem "lançar um debate sobre o modo como as crianças estão sendo educadas nas instituições, sem que ninguém assuma responsabilidades por elas". Por isso, em um manifesto internacional apresentado hoje em frente ao Parlamento, reivindicam também uma "reestruturação profunda" da proteção de menores em Portugal, baseada em um "sistema de armazém de crianças superlotados que não garantem educação ou sequer proteção".

O documento critica ainda a reação dos setores político e judicial à morte de Gisberta, afirmando que "tudo está sendo feito para esquecer este horrível crime, sem conseqüências, ações judiciais ou mudanças nas leis". O manifesto é assinado por organizações de Portugal, Itália, Áustria, Alemanha, Espanha e França.

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