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15/06/2006
-
10h38
ANDREZZA CAPANEMA
FABÍOLA REIPERT
do Agora
Joana Mocarzel, 6 anos, entrará na casa dos brasileiros como Clara, personagem da novela das oito da Globo que estréia dia 10 de julho. Com síndrome de Down, ela mostrará o que protagoniza na vida real: dificuldades, preconceitos e superação.
Filha do cineasta Evaldo Mocarzel e da produtora Letícia Santos, Joana está na pré-escola. Duas vezes por semana, faz terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia. "Tirando isso [as sessões médicas], ela tem uma rotina comum", conta a mãe.
Indicada para o teste na Globo por Helena Werneck, fundadora de uma ONG voltada aos portadores de Down e consultora da trama, Joana desbancou 15 concorrentes para ganhar o papel de Clara. A menina será adotada pela médica Helena (Regina Duarte) após perder a mãe e ser rejeitada pela avó materna. Aos 5 anos, Clara terá a guarda disputada pelo pai e a mãe adotiva. "O assunto [a síndrome] é o eixo da novela", diz o autor Manoel Carlos.
"Quero mostrar que há preconceito até familiar, e combatê-lo sem tomar partido. Não sei o que faria se tivesse alguém assim na família", completa.
Esta não será a estréia de Joana nas telas. Em 2002, fez "Do Luto à Luta", documentário de seus pais sobre a síndrome. "Quero que a novela mostre a realidade. Ela nunca será um ser humano normal, porque tem uma má-formação genética, mas o problema pode ser minimizado", fala Letícia.
Aids e África
Além de síndrome de Down, alcoolismo e anorexia, outro problema que será mostrado em "Páginas da Vida" é a Aids. "Ainda não escolhemos o ator que fará o papel do doente. O perfil é o de um jovem de 30 anos. Ele terá esperança de ser curado no futuro", diz o autor Manoel Carlos.
Além de falar sobre a doença e as formas de tratamento empregadas atualmente, ele pretende fazer um alerta. "Quero mostrar que a Aids está adormecida. Enganosamente as pessoas acham que há a cura da doença por causa de remédios como o AZT, mas não é bem assim", diz. Ele conta que, mesmo tendo de lidar com as dificuldades da doença, o personagem viverá uma linda história de amor. "Ele vai se apaixonar pela enfermeira Lavínia (Letícia Sabatella), uma noviça."
"Páginas da Vida" também abordará a pobreza no continente africano. O autor Manoel Carlos colocará os assuntos em pauta quando Diogo (Marcos Paulo) estiver em cena.
Após sofrer uma desilusão amorosa e uma profissional, o infectologista vai afivelar as malas e embarcará para Burundi. Naquele país, vai se deparar com uma realidade assustadora. A mesma que o ator Marcos Paulo e o diretor Jayme Monjardim encontraram durante os sete dias de gravação, em um campo de refugiados na África.
"Ficamos cinco dias sem tomar banho. Os campos de refugiados não têm água, por isso eu ficava com vergonha de tomar banho e de beber água. E de comer, porque as crianças comiam larvas cozidas. Vimos o abandono da humanidade. Ficamos impressionados. Aquilo mudou nossas vidas", contou Monjardim.
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FABÍOLA REIPERT
do Agora
Joana Mocarzel, 6 anos, entrará na casa dos brasileiros como Clara, personagem da novela das oito da Globo que estréia dia 10 de julho. Com síndrome de Down, ela mostrará o que protagoniza na vida real: dificuldades, preconceitos e superação.
Filha do cineasta Evaldo Mocarzel e da produtora Letícia Santos, Joana está na pré-escola. Duas vezes por semana, faz terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia. "Tirando isso [as sessões médicas], ela tem uma rotina comum", conta a mãe.
Indicada para o teste na Globo por Helena Werneck, fundadora de uma ONG voltada aos portadores de Down e consultora da trama, Joana desbancou 15 concorrentes para ganhar o papel de Clara. A menina será adotada pela médica Helena (Regina Duarte) após perder a mãe e ser rejeitada pela avó materna. Aos 5 anos, Clara terá a guarda disputada pelo pai e a mãe adotiva. "O assunto [a síndrome] é o eixo da novela", diz o autor Manoel Carlos.
"Quero mostrar que há preconceito até familiar, e combatê-lo sem tomar partido. Não sei o que faria se tivesse alguém assim na família", completa.
Esta não será a estréia de Joana nas telas. Em 2002, fez "Do Luto à Luta", documentário de seus pais sobre a síndrome. "Quero que a novela mostre a realidade. Ela nunca será um ser humano normal, porque tem uma má-formação genética, mas o problema pode ser minimizado", fala Letícia.
Aids e África
Além de síndrome de Down, alcoolismo e anorexia, outro problema que será mostrado em "Páginas da Vida" é a Aids. "Ainda não escolhemos o ator que fará o papel do doente. O perfil é o de um jovem de 30 anos. Ele terá esperança de ser curado no futuro", diz o autor Manoel Carlos.
Além de falar sobre a doença e as formas de tratamento empregadas atualmente, ele pretende fazer um alerta. "Quero mostrar que a Aids está adormecida. Enganosamente as pessoas acham que há a cura da doença por causa de remédios como o AZT, mas não é bem assim", diz. Ele conta que, mesmo tendo de lidar com as dificuldades da doença, o personagem viverá uma linda história de amor. "Ele vai se apaixonar pela enfermeira Lavínia (Letícia Sabatella), uma noviça."
"Páginas da Vida" também abordará a pobreza no continente africano. O autor Manoel Carlos colocará os assuntos em pauta quando Diogo (Marcos Paulo) estiver em cena.
Após sofrer uma desilusão amorosa e uma profissional, o infectologista vai afivelar as malas e embarcará para Burundi. Naquele país, vai se deparar com uma realidade assustadora. A mesma que o ator Marcos Paulo e o diretor Jayme Monjardim encontraram durante os sete dias de gravação, em um campo de refugiados na África.
"Ficamos cinco dias sem tomar banho. Os campos de refugiados não têm água, por isso eu ficava com vergonha de tomar banho e de beber água. E de comer, porque as crianças comiam larvas cozidas. Vimos o abandono da humanidade. Ficamos impressionados. Aquilo mudou nossas vidas", contou Monjardim.
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