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30/06/2006
-
09h11
MARY PERSIA
da Folha Online
Comprada há quase dois meses pela Disney por US$ 7,4 bilhões, a Pixar e seu "cérebro fundador", John Lasseter, lançam seu longa-metragem sob a égide da companhia que por décadas liderou a indústria da animação. "Carros" é uma produção da Pixar, mas algo soa bastante Disney.
O filme une o bem-sucedido "know-how" da Pixar à "filosofia" da Disney: está lá a grande lição de moral, que se sobrepõe à busca pelas risadas do público. Algo natural em uma parceria relativamente longa, que em maio resultou na união das companhias.
O filme teve uma estréia considerada boa nos Estados Unidos (arrecadou US$ 62,8 milhões no primeiro fim de semana), apesar de ter ficado abaixo de alguns de seus antecessores Pixar.
A idéia do longa veio com a admiração do diretor John Lasseter pela famosa Rota 66. Como no filme, Lasseter viu o que aconteceu com a estrada criada na década de 20 após a construção das rodovias interestaduais, na década de 80. Pouco freqüentada, a rota quase caiu no esquecimento --uma realidade em parte superada pela exploração turística.
O roteiro, assinado pelo diretor em parceria com Joe Ranft (também co-diretor), conta a história de Relâmpago McQueen (Marcelo Garcia na versão dublada; Owen Wilson na original), um carro de corrida megalomaníaco. Prestes a participar da corrida mais importante da sua vida, ele se perde no centro-sul norte-americano (destaque para as paisagens virtuais) e vai parar na cidadezinha de Radiator Springs, que décadas atrás prosperava com o movimento da Rota 66.
Enquanto arranja uma forma de deixar o lugar, Relâmpago conhece a Porsche Sally (Bonnie Hunt/Priscila Fantin), promotora de Justiça, o Hudson Hornet 1951 Doc Hudson (Paul Newman/Daniel Filho), juiz e médico de passado misterioso, o hippie Fillmore (George Carlin/Cláudio Galvan), uma Kombi 1960, e o veterano de guerra Sargento (Paul Dooley/Luiz Carlos Persy), um Jeep Willy 1942. Mas os personagens de maior empatia são mesmo o carro-guincho Mate (Larry the Cable Guy/Mario Jorge), de jeitão caipira e raciocínio ingênuo, e o Fiat 500 1959 Luigi (Tony Shalhoub/Garcia Jr.), italiano dono da loja de pneus da cidade.
A dublagem, cada vez melhor por aqui, vem com direito a boas adaptações brasileiras de termos e piadas. Perde-se, porém, a chance de conferir o trabalho de Paul Newman, elogiado pela crítica especializada lá fora, e a ponta do piloto alemão Michael Schumacher, que dubla uma Ferrari quase ao fim do longa.
Para quem gosta de pegar estrada, vale ficar de ouvido na trilha sonora, que anda freqüentando o ranking da "Billboard". Estão lá Sheryl Crow, James Taylor, Brad Paisley, Rascal Flatts e John Mayer.
E não tenha pressa de deixar o cinema. Os créditos do filme vêm acompanhados de ótimas cenas com menções a "Vida de Inseto", "Toy Story" e "Monstros S.A.".
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Animação "Carros" une produção Pixar à "filosofia" Disney
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da Folha Online
Comprada há quase dois meses pela Disney por US$ 7,4 bilhões, a Pixar e seu "cérebro fundador", John Lasseter, lançam seu longa-metragem sob a égide da companhia que por décadas liderou a indústria da animação. "Carros" é uma produção da Pixar, mas algo soa bastante Disney.
O filme une o bem-sucedido "know-how" da Pixar à "filosofia" da Disney: está lá a grande lição de moral, que se sobrepõe à busca pelas risadas do público. Algo natural em uma parceria relativamente longa, que em maio resultou na união das companhias.
Divulgação |
Animação estréia nesta sexta-feira no Brasil |
A idéia do longa veio com a admiração do diretor John Lasseter pela famosa Rota 66. Como no filme, Lasseter viu o que aconteceu com a estrada criada na década de 20 após a construção das rodovias interestaduais, na década de 80. Pouco freqüentada, a rota quase caiu no esquecimento --uma realidade em parte superada pela exploração turística.
O roteiro, assinado pelo diretor em parceria com Joe Ranft (também co-diretor), conta a história de Relâmpago McQueen (Marcelo Garcia na versão dublada; Owen Wilson na original), um carro de corrida megalomaníaco. Prestes a participar da corrida mais importante da sua vida, ele se perde no centro-sul norte-americano (destaque para as paisagens virtuais) e vai parar na cidadezinha de Radiator Springs, que décadas atrás prosperava com o movimento da Rota 66.
Divulgação |
Relâmpago é um carro megalomaníaco |
A dublagem, cada vez melhor por aqui, vem com direito a boas adaptações brasileiras de termos e piadas. Perde-se, porém, a chance de conferir o trabalho de Paul Newman, elogiado pela crítica especializada lá fora, e a ponta do piloto alemão Michael Schumacher, que dubla uma Ferrari quase ao fim do longa.
Para quem gosta de pegar estrada, vale ficar de ouvido na trilha sonora, que anda freqüentando o ranking da "Billboard". Estão lá Sheryl Crow, James Taylor, Brad Paisley, Rascal Flatts e John Mayer.
E não tenha pressa de deixar o cinema. Os créditos do filme vêm acompanhados de ótimas cenas com menções a "Vida de Inseto", "Toy Story" e "Monstros S.A.".
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