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11/07/2006
-
17h04
da Folha Online
Um show de vilãs para espantar a chatice das mocinhas e um elenco jovem promissor. Essa foi a impressão do primeiro capítulo de "Páginas da Vida", que estreou nesta segunda-feira no horário nobre (21h) da Globo.
A personagem Marta, interpretada por Lília Cabral, deve repetir o sucesso de Bia Falcão (Fernanda Montenegro), da novela antecessora ("Belíssima"). Preconceituosa, naturalmente nojenta, insuportável, barraqueira. Assim é Marta, que deve ser cada vez mais odiada nas próximas semanas após rejeitar a neta com síndrome de Down.
Já a fogosa e ardilosa Sandra, vivida por Danielle Winits, também não é flor que se cheire. No primeiro capítulo, de minissaia, já mostrou tudo, graças a um vento e a uma câmera instalada de baixo para cima. Sandra é do tipo que mente e engana para evitar que o namorado de adolescência, Jorge (Thiago Lacerda), engate uma outra relação. É Danielle Winits em seu papel de "lolita que cresceu", com aquela loirice pervertida e sensual, um prato cheio para qualquer autor de novela interessado em levantar o ibope.
O personagem de Thiago Lacerda já apareceu de cueca no primeiro capítulo, antes de cenas tomando banho. O cabelo desgrenhado e castanho usado pelo ator deve ser um sucesso nos salões. Apesar dos parcos recursos de interpretação, o galã que despontou em "Terra Nostra" tem no sorriso o seu trunfo na tela.
A novela também deverá ter boas revelações de estrelas de primeira grandeza. A atriz Christine Fernandes (que foi protagonista de "Essas Mulheres", da Record, em 2005) é uma delas. Com uma presença vigorosa na tela, ela interpreta Simone, que conhece Jorge antes de viajar aos EUA e se interessa pelo bonitão. Ela liga para o celular de Jorge. Mas a peste Sandra atende, sem que ele saiba, e diz ser a mulher dele, acabando com as esperanças de Simone.
Ana Botafogo também não faz feio. Ela faz Elisa, uma professora rígida de balé. A rainha do Municipal do Rio conhece bem esse universo, o que dá credibilidade a sua atuação como atriz. Em Amsterdã, a atriz Fernanda Vasconcellos, que interpreta a estudante de história da arte Nanda, e Leandra Leal, como a Sabrina, amiga de Nanda, também são um destaque positivo de "Páginas da Vida", apesar do pouco espaço das suas personagens. Já Thiago Rodrigues, que faz o namorado de Nanda (Léo), cumpre tabela, mas precisa ainda de mais aprimoramento técnico como ator.
No grupo dos atores veteranos, Regina Duarte, mais uma Helena da história de Manoel Carlos, e Natália do Vale, que rouba o marido de Helena, José Mayer, o Gregório, o marido que trai, sofrem com os vícios acumulados com tanta experiência. O telespectador tem a sensação de que as duas vivem personagens de novelas passadas devido à repetição de tiques e trejeitos.
A heroína Helena será um pouco da Raquel Acioli de "Vale Tudo" (1988-1989): vai apanhar da vida, traída por deus e o mundo, mas sem perder a abdicação pelos outros, afinal, Helena é uma médica obstetra que vai adotar uma criança rejeitada por ter síndrome de Down.
Já Ana Paula Arósio, que vive a aventureira Olívia, é uma das atrizes mais belas de sua geração, mas só funciona em personagem de época. Ela articula demais as falas, dando um aspecto artificial a sua atuação. Sem riscos, Edson Celulari, que faz o militar Silvio, apaixonado por Olívia, volta no papel de "tiozinho galã", como era seu personagem em "América".
E Glória Menezes e Tarcísio Meira nos papéis de Amália e Tide? A reportagem da Folha Online prefere não comentar suas atuações em respeito ao tempo de carreira do "casal 20". Eles são prata da Globo. O formato "a ficção imita a realidade" já se esgotou para os dois. É um "déjà vu" sem fim.
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Um show de vilãs para espantar a chatice das mocinhas e um elenco jovem promissor. Essa foi a impressão do primeiro capítulo de "Páginas da Vida", que estreou nesta segunda-feira no horário nobre (21h) da Globo.
A personagem Marta, interpretada por Lília Cabral, deve repetir o sucesso de Bia Falcão (Fernanda Montenegro), da novela antecessora ("Belíssima"). Preconceituosa, naturalmente nojenta, insuportável, barraqueira. Assim é Marta, que deve ser cada vez mais odiada nas próximas semanas após rejeitar a neta com síndrome de Down.
Divulgação |
Lília Cabral vive a insuportável Marta; atriz encarna tipo que se encontra na vida real |
O personagem de Thiago Lacerda já apareceu de cueca no primeiro capítulo, antes de cenas tomando banho. O cabelo desgrenhado e castanho usado pelo ator deve ser um sucesso nos salões. Apesar dos parcos recursos de interpretação, o galã que despontou em "Terra Nostra" tem no sorriso o seu trunfo na tela.
A novela também deverá ter boas revelações de estrelas de primeira grandeza. A atriz Christine Fernandes (que foi protagonista de "Essas Mulheres", da Record, em 2005) é uma delas. Com uma presença vigorosa na tela, ela interpreta Simone, que conhece Jorge antes de viajar aos EUA e se interessa pelo bonitão. Ela liga para o celular de Jorge. Mas a peste Sandra atende, sem que ele saiba, e diz ser a mulher dele, acabando com as esperanças de Simone.
Divulgação |
Christine Fernandes vive a personagem Simone; atriz é uma ótima revelação da novela |
No grupo dos atores veteranos, Regina Duarte, mais uma Helena da história de Manoel Carlos, e Natália do Vale, que rouba o marido de Helena, José Mayer, o Gregório, o marido que trai, sofrem com os vícios acumulados com tanta experiência. O telespectador tem a sensação de que as duas vivem personagens de novelas passadas devido à repetição de tiques e trejeitos.
A heroína Helena será um pouco da Raquel Acioli de "Vale Tudo" (1988-1989): vai apanhar da vida, traída por deus e o mundo, mas sem perder a abdicação pelos outros, afinal, Helena é uma médica obstetra que vai adotar uma criança rejeitada por ter síndrome de Down.
Já Ana Paula Arósio, que vive a aventureira Olívia, é uma das atrizes mais belas de sua geração, mas só funciona em personagem de época. Ela articula demais as falas, dando um aspecto artificial a sua atuação. Sem riscos, Edson Celulari, que faz o militar Silvio, apaixonado por Olívia, volta no papel de "tiozinho galã", como era seu personagem em "América".
E Glória Menezes e Tarcísio Meira nos papéis de Amália e Tide? A reportagem da Folha Online prefere não comentar suas atuações em respeito ao tempo de carreira do "casal 20". Eles são prata da Globo. O formato "a ficção imita a realidade" já se esgotou para os dois. É um "déjà vu" sem fim.
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