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18/07/2006 - 10h45

Comportadas e heroínas definem moda do verão 2007 na SPFW

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ALCINO LEITE NETO
VIVIAN WHITEMAN
da Folha de S.Paulo

Na reta final da São Paulo Fashion Week, que termina amanhã, começam a ser definidas as novas imagens do verão 2007. Da salada de referências, emergem dois fundamentos básicos, que criam correspondências entre si e misturam-se dentro da mesma coleção ou até no mesmo look. De um lado estão as heroínas: mulheres fortes, que podem tomar a forma de guerreiras, soldados e jagunços. Na outra vertente, surgem as comportadas: discretas e dotadas de delicadeza sem afetação, assumem ares intelectuais, com toques de uma feminilidade contida.

As heroínas são mais focadas no corpo. Usam armaduras, cinturões e couraças para garantir o seu espaço. As comportadas assumem uma certa fragilidade, sem cair em apelos fáceis do romantismo frufru e da sensualidade escrachada.

Para as heroínas, as peças-chave são as estruturadas. Os coletes aparentemente pesados são destaque --como o de Juliana Imai no desfile da Raia de Goeye, grife que mostrou uma coleção correta, mas sem grandes idéias de modelagem.

Completam o guarda-roupa as referências militares --como os ponchos, casacos e quepes de Herchcovitch--, os elementos que revestem a área do colo --como os tops da Forum, emoldurando e reforçando os seios--, e as citações medievais --como os capuzes guerreiros de Pedro Lourenço e as malhas metálicas da Maria Bonita.

Para as comportadas, vestidos soltos e mais curtos, com comprimentos logo acima do joelho. Os looks mostrados ontem por Isabela Capeto caem como uma luva para esta mulher. A designer não ousou nas formas nem renovou suas referências artesanais, mas criou boas peças, como os vestidos com detalhes nas alças, os macaquinhos e os shorts.

A comportada também apareceu nos vestidos com dobras estratégicas e na figura inteligente da mulher Huis Clos, nos looks longos e frescos da Osklen, nas neoaristocratas de Gloria Coelho, nas garotas-bombom de Reinaldo Lourenço e nas imagens retrôs e divertidas da Zigfreda.

Nas passarelas, os dois fundamentos apareceram lado a lado dentro de diversas coleções, mas tiveram diálogo especial no sertão moderno de Ronaldo Fraga, inspirado em Guimarães Rosa e na dualidade sexual do personagem Diadorim.

As jagunças do designer usam camisas amplas e bermudas largas, que camuflam as formas femininas. Escondem os seios e emprestam nas estampas a força dos animais sertanejos. Quando elas assumem sua outra porção, com silhuetas superfemininas, transformam-se em garotas intelectuais.

A ambigüidade da imagem feminina neste verão ganhou sua síntese no vestido-pavão do belo desfile de Lino Villaventura: o estilista recorre às penas coloridas do macho vaidoso para dar força à sua mulher.

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