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19/07/2006
-
09h46
DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online
A escritora Maria Adelaide Amaral compareceu nesta manhã ao Teatro Municipal, onde acontece o velório do ator Raul Cortez, que morreu ontem, aos 73 anos. Autora da minissérie "JK" --última participação de Cortez na TV, no papel de Antônio Carlos Andrada--, Maria Adelaide afirmou que "era um prazer escrever para ele".
"'JK' foi também uma homenagem a ele, mas nós ainda tínhamos projetos futuros", declarou a escritora, que acompanhou a batalha do ator contra o câncer. "A vontade de viver [dele] era muito grande.
Para a escritora, Cortez ficará na memória de seus fãs pela pessoa que ele era. "Você não precisa de personagens para ser lembrado quando é um grande homem. E ele foi um", sentenciou Maria Adelaide.
Para a atriz Iara Jamra, também presente no velório, o ator sempre foi "um homem muito disposto". "Ele me marcou por sua integridade", afirmou Iara.
Também compareceu ao Teatro Municipal a apresentadora e atriz Marília Gabriela, que afirmou que Cortez "fez parte de uma geração brilhante de intelectuais que pensaram o futuro do país". Permanecem no local os irmãos do ator --Jô, Lúcia e Pedro Cortez-- e a filha Lígia Cortez.
Cortez morreu na terça-feira (18), às 20h15, no hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista (região central de São Paulo). Ele estava internado desde o último dia 30 de junho. O artista tinha câncer na região abdominal.
Em comunicado, o hospital citou que a morte ocorreu devido às "complicações relacionadas a um câncer na região abdominal". Ele estava sendo tratado pelo oncologista Paulo Hoff e pelo cirurgião Vincenzo Pugliese.
Em dezembro de 2004, Cortez foi operado para retirada de um tumor na região do pâncreas e intestino delgado. Na época, ele interpretava o personagem Barão de Bonsucesso em "Senhora do Destino" (2004-2005) e teve de deixar as gravações da novela da Globo. Após a cirurgia, fez tratamento quimioterápico.
Em junho de 2005, o ator surpreendeu desfilando com elegância na São Paulo Fashion Week, sendo aplaudido por dez minutos pelo público.
Novelas e política
Cortez ficou famoso na TV em novelas na Globo, a partir dos anos 80, como
"Água Viva" (1980), "Baila Comigo" (1981), "Partido Alto", "Brega & Chique" (1987), "Mandala" (1987-1988), "Rainha da Sucata" (1990), "O Rei do Gado" (1996-1997), "Terra Nostra" (1999-2000) e "Esperança" (2002-2003).
Em sua carreira teatral, Cortez recebeu cinco prêmios Molière. O ator deixa duas filhas: Lígia (com a atriz Célia Helena, que faleceu em 97), que lhe deu as netas Vitória e Clara; e Maria (com a promoter Tânia Caldas). Nos anos 70, ele provocou polêmica declarando a uma revista que todas as pessoas eram bissexuais. Também dizia que permaneceu virgem até os 23 anos.
O ator começou sua carreira no teatro e no cinema, nos anos 50. Fez o filme "O Pão Que o Diabo Amassou" (1957), dirigido pela cineasta Maria Basaglia. Outras atuações de destaque foram nos filmes "Lavoura Arcaica" (2001), de de Luiz Fernando Carvalho, e "A Grande Arte" (1991), de Walter Salles. Em 2004, brilhou ao lado de Fernanda Montenegro no filme "O Outro Lado da Rua", de Marcos Bernstein.
Cortez também tinha uma atuação política. Em 2002, declarou voto ao presidenciável tucano José Serra e fez até uma aparição em seu programa eleitoral. O ator chegou a ser condecorado com a medalha Ordem de Rio Branco pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, que com a morte de Cortez, "a cultura brasileira acaba de perder um talento inigualável".
Segundo a assessoria da Globo, Cortez nasceu no dia 28 de agosto de 1932, na região de Santo Amaro, em São Paulo.
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"Era um prazer escrever para Raul Cortez", diz Maria Adelaide Amaral
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da Folha Online
A escritora Maria Adelaide Amaral compareceu nesta manhã ao Teatro Municipal, onde acontece o velório do ator Raul Cortez, que morreu ontem, aos 73 anos. Autora da minissérie "JK" --última participação de Cortez na TV, no papel de Antônio Carlos Andrada--, Maria Adelaide afirmou que "era um prazer escrever para ele".
"'JK' foi também uma homenagem a ele, mas nós ainda tínhamos projetos futuros", declarou a escritora, que acompanhou a batalha do ator contra o câncer. "A vontade de viver [dele] era muito grande.
Folha Imagem |
Natural de São Paulo, o ator Raul Cortez atuava na TV, no teatro e no cinema |
Para a atriz Iara Jamra, também presente no velório, o ator sempre foi "um homem muito disposto". "Ele me marcou por sua integridade", afirmou Iara.
Também compareceu ao Teatro Municipal a apresentadora e atriz Marília Gabriela, que afirmou que Cortez "fez parte de uma geração brilhante de intelectuais que pensaram o futuro do país". Permanecem no local os irmãos do ator --Jô, Lúcia e Pedro Cortez-- e a filha Lígia Cortez.
Cortez morreu na terça-feira (18), às 20h15, no hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista (região central de São Paulo). Ele estava internado desde o último dia 30 de junho. O artista tinha câncer na região abdominal.
Em comunicado, o hospital citou que a morte ocorreu devido às "complicações relacionadas a um câncer na região abdominal". Ele estava sendo tratado pelo oncologista Paulo Hoff e pelo cirurgião Vincenzo Pugliese.
Em dezembro de 2004, Cortez foi operado para retirada de um tumor na região do pâncreas e intestino delgado. Na época, ele interpretava o personagem Barão de Bonsucesso em "Senhora do Destino" (2004-2005) e teve de deixar as gravações da novela da Globo. Após a cirurgia, fez tratamento quimioterápico.
Em junho de 2005, o ator surpreendeu desfilando com elegância na São Paulo Fashion Week, sendo aplaudido por dez minutos pelo público.
Novelas e política
Divulgação |
Ator como o ranzinza Berdinazzi em "O Rei do Gado"; veja mais imagens |
"Água Viva" (1980), "Baila Comigo" (1981), "Partido Alto", "Brega & Chique" (1987), "Mandala" (1987-1988), "Rainha da Sucata" (1990), "O Rei do Gado" (1996-1997), "Terra Nostra" (1999-2000) e "Esperança" (2002-2003).
Em sua carreira teatral, Cortez recebeu cinco prêmios Molière. O ator deixa duas filhas: Lígia (com a atriz Célia Helena, que faleceu em 97), que lhe deu as netas Vitória e Clara; e Maria (com a promoter Tânia Caldas). Nos anos 70, ele provocou polêmica declarando a uma revista que todas as pessoas eram bissexuais. Também dizia que permaneceu virgem até os 23 anos.
O ator começou sua carreira no teatro e no cinema, nos anos 50. Fez o filme "O Pão Que o Diabo Amassou" (1957), dirigido pela cineasta Maria Basaglia. Outras atuações de destaque foram nos filmes "Lavoura Arcaica" (2001), de de Luiz Fernando Carvalho, e "A Grande Arte" (1991), de Walter Salles. Em 2004, brilhou ao lado de Fernanda Montenegro no filme "O Outro Lado da Rua", de Marcos Bernstein.
Cortez também tinha uma atuação política. Em 2002, declarou voto ao presidenciável tucano José Serra e fez até uma aparição em seu programa eleitoral. O ator chegou a ser condecorado com a medalha Ordem de Rio Branco pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, que com a morte de Cortez, "a cultura brasileira acaba de perder um talento inigualável".
Segundo a assessoria da Globo, Cortez nasceu no dia 28 de agosto de 1932, na região de Santo Amaro, em São Paulo.
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