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19/07/2006 - 16h53

Velório de Cortez reúne 120 mil em 10 horas, estima guarda metropolitana

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DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online

O velório do ator Raul Cortez, que morreu na noite de terça-feira aos 73 anos, registrou a presença de até 120 mil pessoas no Teatro Municipal de São Paulo (centro de São Paulo) nesta quarta-feira, estimou a Guarda Civil Metropolitana. O público passou pelo local ao longo das dez horas de homenagens (6h30 às 16h40).

No final do velório, havia ainda cerca de 10 mil pessoas no local. O público aplaudiu a saída do caixão, que foi colocado em cima de um carro do Corpo de Bombeiros e seguiu para o crematório na Vila Alpina (zona leste de São Paulo), em cortejo.

Moacyr Lopes Junior /Folha Imagem
Velório de Cortez reúne 120 mil durante 10 horas no Teatro Municipal de São Paulo
Velório de Cortez reúne 120 mil durante 10 horas no Teatro Municipal de São Paulo
As cinzas do corpo devem ser lançadas no terreno do sítio da família, em Porto Feliz (112 km da capital paulista). "Ele nos pediu isso antes da primeira operação. Ele tinha muito carinho pelo sítio", afirmou a irmã do ator, Lúcia Cortez

A família de Cortez atendeu a todas as solicitações do ator. Entre os pedidos estavam, além do lacramento do caixão, a cremação e o uso de um terno do amigo estilista Ricardo Almeida.

Nesta manhã, personalidades do mundo artístico, parentes e amigos próximos da família movimentaram o Teatro Municipal. Passaram por lá Marília Gabriela, Sérgio Mambert, Alexandre Frota, Maria Fernanda Cândido, Beth Faria, Denise Fraga, Juca de Oliveira, Silvio de Abreu, Paulo Autran, Benedito Rui Barbosa, Dan Stullbach, o prefeito Gilberto Kassab (PFL), o senador Eduardo Suplicy (PT) e o candidato ao governo de São Paulo José Serra (PSDB), entre outros.

O acesso do público ao local onde estava o caixão de Cortez foi liberado por volta do meio-dia, logo após a realização de uma missa.

Cortez morreu às 20h15 de terça-feira (18), no hospital Sírio-Libanês, em razão de "complicações relacionadas a um câncer na região abdominal", segundo informou o hospital em nota. Ele estava internado desde o último dia 30 de junho.

Trabalhos

Seu último trabalho foi na minissérie "JK" (Globo) neste ano, mas a lembrança mais presente é do personagem Jeremias Berdinazzi, imigrante italiano ranzinza da novela "O Rei do Gado" (1996-1997). A última novela feita por ele foi "Senhora do Destino", em 2004.

Folha Imagem
Natural de São Paulo, o ator Raul Cortez atuava na TV, no teatro e no cinema
Natural de São Paulo, o ator Raul Cortez atuava na TV, no teatro e no cinema
Cortez ficou famoso na TV em novelas na Globo, a partir dos anos 80, como "Água Viva" (1980), "Baila Comigo" (1981), "Partido Alto", "Brega & Chique" (1987), "Mandala" (1987-1988), "Rainha da Sucata" (1990), "O Rei do Gado" (1996-1997), "Terra Nostra" (1999-2000) e "Esperança" (2002-2003).

Em sua carreira teatral, Cortez recebeu cinco prêmios Molière. O ator deixa duas filhas: Lígia (com a atriz Célia Helena, que faleceu em 97), que lhe deu as netas Vitória e Clara; e Maria (com a promoter Tânia Caldas). Nos anos 70, ele provocou polêmica declarando a uma revista que todas as pessoas eram bissexuais. Também dizia que permaneceu virgem até os 23 anos.

O ator começou sua carreira no teatro e no cinema, nos anos 50. Fez o filme "O Pão Que o Diabo Amassou" (1957), dirigido pela cineasta Maria Basaglia. Outras atuações de destaque foram nos filmes "Lavoura Arcaica" (2001), de de Luiz Fernando Carvalho, e "A Grande Arte" (1991), de Walter Salles. Em 2004, brilhou ao lado de Fernanda Montenegro no filme "O Outro Lado da Rua", de Marcos Bernstein.

Cortez também tinha uma atuação política. Em 2002, declarou voto ao presidenciável tucano José Serra e fez até uma aparição em seu programa eleitoral. O ator chegou a ser condecorado com a medalha Ordem de Rio Branco pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Segundo a assessoria da Globo, Cortez nasceu no dia 28 de agosto de 1932, na região de Santo Amaro, em São Paulo.

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