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18/08/2006
-
10h45
da France Presse, em Varsóvia
Lech Walesa, ex-presidente da Polônia e prêmio Nobel da Paz em 1983, afirmou que pensa em renunciar à cidadania de honra da cidade de Gdansk para não compartilhar a distinção com o escritor alemão Günter Grass, que admitiu ter ingressado na SS, tropa de elite nazista, durante a 2ª Guerra. Grass recebeu o Nobel de Literatura em 1999.
Walesa pediu nesta sexta-feira que Grass explique mais detalhadamente por que escondeu durante tanto tempo o fato de ter pertencido ao grupo militar. O escritor divulgou esse fato do seu passado por ocasião da publicação da sua autobiografia, chamada "Beim Haeuten der Zwiebel" (literalmente, "Descascando a Cebola"), cuja primeira edição está praticamente esgotada.
"Essa situação deve ser esclarecida. Sem explicações, eu renunciarei à cidadania para não permanecer na companhia de Grass", falou Walesa à rede privada TVN24. "Seria muito difícil para mim dar a mão a um homem das SS, que contribuiu para a morte de meu pai e de outras pessoas, assim como a destruição de Gdansk. Foi aqui que começou a guerra", acrescentou.
Grass nasceu no ano de 1927 em Gdansk, que era então a cidade de Danzig, habitada majoritariamente por alemães. A Federação dos Alemães Expulsos pediu nesta sexta-feira que o escritor doe o valor arrecadado com as vendas de seu novo livro às vítimas do nazismo na Polônia.
"Como gesto de reconciliação, Grass deveria doar o dinheiro resultante da venda de seu livro às vítimas do nazismo na Polônia", afirmou a presidente da entidade Erika Steinbach, em declarações ao jornal "Bild".
A Federação dos Alemães Expulsos luta pelo reconhecimento do sofrimento de 15 milhões de alemães expulsos do Leste da Europa com a chegada do Exército Vermelho em 1945. Calcula-se que 1,4 milhão morreu durante o êxodo.
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Lech Walesa, ex-presidente da Polônia e prêmio Nobel da Paz em 1983, afirmou que pensa em renunciar à cidadania de honra da cidade de Gdansk para não compartilhar a distinção com o escritor alemão Günter Grass, que admitiu ter ingressado na SS, tropa de elite nazista, durante a 2ª Guerra. Grass recebeu o Nobel de Literatura em 1999.
Walesa pediu nesta sexta-feira que Grass explique mais detalhadamente por que escondeu durante tanto tempo o fato de ter pertencido ao grupo militar. O escritor divulgou esse fato do seu passado por ocasião da publicação da sua autobiografia, chamada "Beim Haeuten der Zwiebel" (literalmente, "Descascando a Cebola"), cuja primeira edição está praticamente esgotada.
"Essa situação deve ser esclarecida. Sem explicações, eu renunciarei à cidadania para não permanecer na companhia de Grass", falou Walesa à rede privada TVN24. "Seria muito difícil para mim dar a mão a um homem das SS, que contribuiu para a morte de meu pai e de outras pessoas, assim como a destruição de Gdansk. Foi aqui que começou a guerra", acrescentou.
Grass nasceu no ano de 1927 em Gdansk, que era então a cidade de Danzig, habitada majoritariamente por alemães. A Federação dos Alemães Expulsos pediu nesta sexta-feira que o escritor doe o valor arrecadado com as vendas de seu novo livro às vítimas do nazismo na Polônia.
"Como gesto de reconciliação, Grass deveria doar o dinheiro resultante da venda de seu livro às vítimas do nazismo na Polônia", afirmou a presidente da entidade Erika Steinbach, em declarações ao jornal "Bild".
A Federação dos Alemães Expulsos luta pelo reconhecimento do sofrimento de 15 milhões de alemães expulsos do Leste da Europa com a chegada do Exército Vermelho em 1945. Calcula-se que 1,4 milhão morreu durante o êxodo.
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