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21/08/2006 - 10h20

Músico do Franz Ferdinand diz que fãs brasileiros são os melhores

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LETICIA DE CASTRO
da Folha de S.Paulo

Em fevereiro, ainda semidesconhecidos do grande público brasileiro, eles tocaram para uma platéia ansiosa pelo show do U2. Seis meses depois, a coisa mudou de figura. O Franz Ferdinand volta ao Brasil em setembro, desta vez como atração principal de um festival em São Paulo no dia 16, que pretende reunir 10.000 pessoas, e mais um show no Rio.

A apresentação em SP será a última da turnê mundial do segundo disco da banda e encerra um ano especial na carreira do Franz, em que o grupo marcou presença nos principais festivais de rock do mundo. Nesta semana, a banda fecha noites nos dois mais importantes festivais britânicos, Leeds e Reading.

"A gente achava que isso estava muito distante de acontecer. Nem consigo acreditar", exclamou o guitarrista Nick McCarthy, por telefone, ao Folhateen. E a popularidade não os assusta. "Não temos medo do pop; se isso é ser mainstream, nós somos". Confira a entrevista exclusiva:

FOLHA - O show de SP vai ser o último da turnê. Vocês planejam algo especial para essa apresentação?

NICK McCARTHY - Faremos uma grande festa no palco ao final do show. Temos coisas programadas, mas, essencialmente, somos nós quatro no palco. Se a platéia for boa, somos bons.

FOLHA - Vocês pretendem tocar músicas novas?

McCARTHY - Gravamos algumas músicas em São Paulo, quando tocamos aí em fevereiro, mas acho que não vamos tocar essas canções porque não tivemos tempo para ensaiar. Mas elas podem estar no próximo disco.

FOLHA - O que vocês acharam do público brasileiro?

McCARTHY - O público brasileiro é o melhor do mundo, depois de Glasgow, é claro. Foram absolutamente inacreditáveis os shows que fizemos aí. Teve um momento em que as pessoas gritavam três vezes mais alto do que nós estávamos tocando; isso não é normal. É sempre surpreendente chegar a um país e perceber que as pessoas cantam suas músicas. Como nós abrimos os shows do U2, achamos que o público nem ia ligar para nós.

FOLHA - Você acha que o Franz deixou de ser uma banda indie e virou mainstream?

McCARTHY - Não vejo dessa maneira. Nós sempre nos vimos como uma banda pop. Não temos problema em ser ou não independentes. Viemos de um background independente e acho que sempre seremos independentes em um certo ponto, mas não temos medo do pop. Se isso é mainstream, então, sim, somos mainstream.

FOLHA - Vocês têm um grande público adolescente. Houve um abaixo-assinado pedindo para a produção do festival mudar a censura do show em São Paulo de 18 para 16 anos. Você sabia disso? O que acha?

McCARTHY - Não sabia; é engraçado. Acho que, quando você tem essa idade, você é extremamente animado. Nós já fizemos alguns shows para crianças de 8 a 11 anos, em Glasgow. Foi incrível. Se eles gostam da sua música, você tem certeza de que está fazendo a coisa certa, porque eles não lêem jornais, não ligam para o que é "cool". Eles só gostam porque é divertido e isso é o mais importante. Aos 16, você já está mais consciente das coisas, mas ainda tem aquela excitação toda.

FOLHA - Além dos shows, o que vocês pretendem fazer no Brasil?

McCARTHY - Vamos tirar alguns meses de férias até o Natal. Queremos ficar no Brasil por um tempo, alugar uma casa num lugar perto de São Paulo, talvez numa praia. Eu gostaria de pegar um barco e viajar pela Amazônia também.

FOLHA - E quando vocês começam a produzir o disco novo?

McCARTHY - O disco vai ser feito no ano que vem. Vamos começar a escrever em janeiro ou fevereiro e quando as músicas estiverem prontas vamos ao estúdio gravar. Queremos fazer as coisas sem muita pressa.

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