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21/08/2006
-
18h49
DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online
Uma frase grafitada em um muro do Brooklin, em Nova York, e US$ 5 mil foram o bastante para o grupo norte-americano Clap Your Hands Say Yeah se lançar ao mercado. Após 100 mil cópias vendidas, a banda volta ao estúdio para seu segundo álbum e se diz indiferente com fãs e críticos, mantendo a pose indie "cool".
Misturando gaita, guitarras e o vocal circense de Alec Ounsworth, o grupo é requisitado para uma apresentação no Brasil em outubro deste ano, no Tim Festival. O que eles esperam do público brasileiro, se vierem? "Pessoas muito bronzeadas", diz Ounsworth.
Dono de uma voz que rende comparações com o vocalista David Byrne da época do Talking Heads, Ounsworth concedeu entrevista à Folha Online por e-mail de um estúdio em Cassadaga, Nova York, onde, segundo ele, o grupo já começou a gravar.
Folha Online - Quando a banda se formou?
Ounsworth - Mais ou menos há uns dois anos. Para falar a verdade, eu realmente não sei quando. Começamos tocando algumas músicas, também trabalhei sozinho por um tempo. Quando vi, já estávamos dentro do estúdio.
Folha Online - Quanto gastaram no primeiro álbum e quando perceberam que precisaria ser independente?
Ounsworth - Cerca de US$ 5 mil. Nós não tínhamos um selo, mas tínhamos um álbum. A idéia de ser independente veio depois de ter tudo produzido.
Folha Online -O primeiro álbum do grupo trouxe um som tranqüilo. Na hora do show, vocês mantêm o mesmo ritmo?
Ounsworth - Durante as apresentações deixamos mais alto, mais pesado e algumas vezes mais rápido. Eu acho que soa só um pouco diferente. Não é tanto para estimular o público, é mais para nós. Se o público gosta, ótimo.
Folha Online - Ao mesmo tempo que a música de vocês tem uma levada alegre, carrega nas letras alguma melancolia. Afinal, o que vocês tentam passar?
Ounsworth - Não é intencional, é apenas a maneira como elas saem. Acho que é por isso que o nome "Clap Your Hands Say Yeah", que tiramos de um grafite em um muro, cai muito bem. Tudo no mundo é muito cheio de nuances para dividirmos em categorias como "triste" ou "feliz". Então, vamos dizer somente o que é. Não preciso ser influenciado por algo específico. Quanto às letras, sempre há o que dizer. Mesmo quando não há o que falar, existe algo a dizer se você sabe como.
Folha Online - Qual é o público de vocês nos EUA?
Ounsworth - Eu realmente não fico reparando em quem ouve ou deixa de ouvir, não sei responder.
Folha Online - A imprensa brasileira diz que vocês virão tocar no Tim Festival, em São Paulo, entre os dias 26 e 29. Há alguma confirmação?
Ounsworth - Na verdade, nunca sei onde vamos tocar. Não posso dar certeza.
Folha Online - O que vocês esperam do público brasileiro, se vierem?
Ounsworth - Pessoas muito bronzeadas.
Folha Online - No site "allmusic.com" vocês são apontados como uma banda de indie rock. Concordam com este rótulo?
Ounsworth - Eu não sei o que o termo "indie" significa. E realmente não me importo, para ser honesto. Se significa que o álbum foi feito de forma independente, é verdade. Talvez isso pudesse fazer de todos "indies"? Não sei. E como eu defino a banda? Uma banda.
Folha Online - Por que vocês tocam?
Ounsworth: Eu toco porque gosto. Não tenho outras razões. Nunca pensei se um dia darei alguma contribuição à música. Não sei nem se darei.
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Clap Your Hands "desencana" de fãs e prepara segundo álbum
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da Folha Online
Uma frase grafitada em um muro do Brooklin, em Nova York, e US$ 5 mil foram o bastante para o grupo norte-americano Clap Your Hands Say Yeah se lançar ao mercado. Após 100 mil cópias vendidas, a banda volta ao estúdio para seu segundo álbum e se diz indiferente com fãs e críticos, mantendo a pose indie "cool".
Misturando gaita, guitarras e o vocal circense de Alec Ounsworth, o grupo é requisitado para uma apresentação no Brasil em outubro deste ano, no Tim Festival. O que eles esperam do público brasileiro, se vierem? "Pessoas muito bronzeadas", diz Ounsworth.
Dono de uma voz que rende comparações com o vocalista David Byrne da época do Talking Heads, Ounsworth concedeu entrevista à Folha Online por e-mail de um estúdio em Cassadaga, Nova York, onde, segundo ele, o grupo já começou a gravar.
Divulgação |
Alec Ounsworth, no centro, concedeu entrevista de Nova York; conheça a banda |
Ounsworth - Mais ou menos há uns dois anos. Para falar a verdade, eu realmente não sei quando. Começamos tocando algumas músicas, também trabalhei sozinho por um tempo. Quando vi, já estávamos dentro do estúdio.
Folha Online - Quanto gastaram no primeiro álbum e quando perceberam que precisaria ser independente?
Ounsworth - Cerca de US$ 5 mil. Nós não tínhamos um selo, mas tínhamos um álbum. A idéia de ser independente veio depois de ter tudo produzido.
Folha Online -O primeiro álbum do grupo trouxe um som tranqüilo. Na hora do show, vocês mantêm o mesmo ritmo?
Ounsworth - Durante as apresentações deixamos mais alto, mais pesado e algumas vezes mais rápido. Eu acho que soa só um pouco diferente. Não é tanto para estimular o público, é mais para nós. Se o público gosta, ótimo.
Folha Online - Ao mesmo tempo que a música de vocês tem uma levada alegre, carrega nas letras alguma melancolia. Afinal, o que vocês tentam passar?
Ounsworth - Não é intencional, é apenas a maneira como elas saem. Acho que é por isso que o nome "Clap Your Hands Say Yeah", que tiramos de um grafite em um muro, cai muito bem. Tudo no mundo é muito cheio de nuances para dividirmos em categorias como "triste" ou "feliz". Então, vamos dizer somente o que é. Não preciso ser influenciado por algo específico. Quanto às letras, sempre há o que dizer. Mesmo quando não há o que falar, existe algo a dizer se você sabe como.
Folha Online - Qual é o público de vocês nos EUA?
Ounsworth - Eu realmente não fico reparando em quem ouve ou deixa de ouvir, não sei responder.
Folha Online - A imprensa brasileira diz que vocês virão tocar no Tim Festival, em São Paulo, entre os dias 26 e 29. Há alguma confirmação?
Ounsworth - Na verdade, nunca sei onde vamos tocar. Não posso dar certeza.
Folha Online - O que vocês esperam do público brasileiro, se vierem?
Ounsworth - Pessoas muito bronzeadas.
Folha Online - No site "allmusic.com" vocês são apontados como uma banda de indie rock. Concordam com este rótulo?
Ounsworth - Eu não sei o que o termo "indie" significa. E realmente não me importo, para ser honesto. Se significa que o álbum foi feito de forma independente, é verdade. Talvez isso pudesse fazer de todos "indies"? Não sei. E como eu defino a banda? Uma banda.
Folha Online - Por que vocês tocam?
Ounsworth: Eu toco porque gosto. Não tenho outras razões. Nunca pensei se um dia darei alguma contribuição à música. Não sei nem se darei.
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