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21/08/2006
-
20h19
DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online
A apresentação do grupo Yellowcard em São Paulo tirou o sossego de dezenas de pais. Cultuada por adolescentes entre 12 e 18 anos --boa parte deles da tribo dos "emos"--, a banda fez um show de quase duas horas neste sábado (19), na casa de shows Via Funchal (zona sul).
Ao fim da apresentação, parcela dos jovens e de seus acompanhantes já se mostrava cansada para pular ao som do pop rock da banda californiana, que seguiu à risca a cartilha de grupos estrangeiros no Brasil. Segundo a Via Funchal, 6 mil ingressos foram vendidos.
O Yellowcard tocou das 22h40 às 00h40. Houve ainda um retorno para o "bis" de três canções. Um dos maiores hits da banda, "Lights And Sounds", ficou para o final, quando parte do espectadores assistia ao show sentado nos tablados.
O vocalista Sean Mackin foi o que mais interagiu com o público. Ele mostrou diversas vezes saber onde estava, gritando "Brasil" e "São Paulo" entre uma música e outra. Também não faltou o "ôprigado", agradecimento gringo repetido dezenas de vezes.
Mackin ainda tentou empolgar os presentes com seu violino, de onde nem sempre saía som, já que a bateria e as guitarras o abafavam. Quando isso acontecia, ele se contentava em balançar o instrumento no ar. Por fim, o momento de maior frenesi para a galera da pista ocorreu quando o vocalista executou um salto mortal no palco.
Além de Sean Mackin (violino e voz), subiram ao palco Ryan Key (guitarra e voz), Longinev Parsons III (bateria) e Ryan Mendez (guitarra).
Público
A família Maier (composta pelas irmãs Ingrid, 18, Monique, 16 e pelos pais Sandra, 30 e Walter, 40) veio de São Caetano, desembolsando R$ 200 para curtir o show junta. "Não é por obrigação, é um prazer. Nós adoramos rock", explica Sandra. Segundo ela, o clã já foi ao Rock In Rio e à trágica apresentação do grupo RBD em fevereiro deste ano.
A animação durante o show do Yellowcard não foi das maiores. Saíram antes do fim e as filhas, discretas, acompanharam boa parte da apresentação ao lado dos pais.
A estudante Patrícia Nogueira, 13, ganhou uma boa notícia após o término da apresentação. "Vim com ela para ver como é. Esse é o segundo e último show que vou junta. Na próxima, ela vem sozinha", disse sua mãe, Lúcia Nogueira, 32.
O estudante Paulo Edmundo, 16, fã desde 1998, também viajou para ver o grupo. A viagem de São Carlos até São Paulo durou três horas. Antes da apresentação, ele ponderava sobre os rótulos do Yellowcard. "Eles se dizem pop punk, mas são emo, sim." E você, também é emo? "Jamais."
Apesar de ser uma banda de rock que canta crises e sentimentos adolescentes, o Yellowcard recusa o rótulo do emocore --hardcore com letras emotivas, como é o caso de "Only One", em que Ryan Key fala sobre o término de seu namoro.
Fãs mais atentos às declarações de seus ídolos começam a se alinhar. Na saída do show, por exemplo, alguns grupinhos gritavam ofensas aos emos.
Segundo a Via Funchal, seis ocorrências médicas foram registradas durante o show --algumas delas por excesso de ingestão de bebida alcóolica. A reportagem apurou que menores de idade não precisaram comprar as bebidas fora da casa, já que fermentados e destilados eram vendidos nos bares da Via Funchal para menores de 18 anos.
De acordo com a administração do estabelecimento, a casa faz "o máximo" para evitar que menores comprem álcool, utilizando carimbos para identificar quem não possui 18 anos ou mais.
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da Folha Online
A apresentação do grupo Yellowcard em São Paulo tirou o sossego de dezenas de pais. Cultuada por adolescentes entre 12 e 18 anos --boa parte deles da tribo dos "emos"--, a banda fez um show de quase duas horas neste sábado (19), na casa de shows Via Funchal (zona sul).
Ao fim da apresentação, parcela dos jovens e de seus acompanhantes já se mostrava cansada para pular ao som do pop rock da banda californiana, que seguiu à risca a cartilha de grupos estrangeiros no Brasil. Segundo a Via Funchal, 6 mil ingressos foram vendidos.
O Yellowcard tocou das 22h40 às 00h40. Houve ainda um retorno para o "bis" de três canções. Um dos maiores hits da banda, "Lights And Sounds", ficou para o final, quando parte do espectadores assistia ao show sentado nos tablados.
Monique Oliveira |
O vocalista Sean Mackin toca seu violino durante o show do Yellowcard em São Paulo |
Mackin ainda tentou empolgar os presentes com seu violino, de onde nem sempre saía som, já que a bateria e as guitarras o abafavam. Quando isso acontecia, ele se contentava em balançar o instrumento no ar. Por fim, o momento de maior frenesi para a galera da pista ocorreu quando o vocalista executou um salto mortal no palco.
Além de Sean Mackin (violino e voz), subiram ao palco Ryan Key (guitarra e voz), Longinev Parsons III (bateria) e Ryan Mendez (guitarra).
Público
A família Maier (composta pelas irmãs Ingrid, 18, Monique, 16 e pelos pais Sandra, 30 e Walter, 40) veio de São Caetano, desembolsando R$ 200 para curtir o show junta. "Não é por obrigação, é um prazer. Nós adoramos rock", explica Sandra. Segundo ela, o clã já foi ao Rock In Rio e à trágica apresentação do grupo RBD em fevereiro deste ano.
A animação durante o show do Yellowcard não foi das maiores. Saíram antes do fim e as filhas, discretas, acompanharam boa parte da apresentação ao lado dos pais.
A estudante Patrícia Nogueira, 13, ganhou uma boa notícia após o término da apresentação. "Vim com ela para ver como é. Esse é o segundo e último show que vou junta. Na próxima, ela vem sozinha", disse sua mãe, Lúcia Nogueira, 32.
O estudante Paulo Edmundo, 16, fã desde 1998, também viajou para ver o grupo. A viagem de São Carlos até São Paulo durou três horas. Antes da apresentação, ele ponderava sobre os rótulos do Yellowcard. "Eles se dizem pop punk, mas são emo, sim." E você, também é emo? "Jamais."
Apesar de ser uma banda de rock que canta crises e sentimentos adolescentes, o Yellowcard recusa o rótulo do emocore --hardcore com letras emotivas, como é o caso de "Only One", em que Ryan Key fala sobre o término de seu namoro.
Fãs mais atentos às declarações de seus ídolos começam a se alinhar. Na saída do show, por exemplo, alguns grupinhos gritavam ofensas aos emos.
Segundo a Via Funchal, seis ocorrências médicas foram registradas durante o show --algumas delas por excesso de ingestão de bebida alcóolica. A reportagem apurou que menores de idade não precisaram comprar as bebidas fora da casa, já que fermentados e destilados eram vendidos nos bares da Via Funchal para menores de 18 anos.
De acordo com a administração do estabelecimento, a casa faz "o máximo" para evitar que menores comprem álcool, utilizando carimbos para identificar quem não possui 18 anos ou mais.
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