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20/09/2006 - 09h28

Festival do Rio começa amanhã com filme de Brian de Palma

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SILVANA ARANTES
da Folha de S.Paulo

Quantos filmes bons é possível reunir num único ano? Trezentos e oitenta é a soma a que chegou o Festival do Rio, para sua oitava edição, que começa amanhã. Esse número faz da mostra carioca uma realização gigante --também na extensão de dias de programação (15) e de locais de exibição (35, da Barra da Tijuca a Guadalupe).

Mas não é o volume que importa, nas declarações da diretora-geral do festival, Ilda Santiago. "A seleção tem menos em conta o número e mais em conta ter diversidade, garantir que vários públicos serão atendidos. Trazemos os filmes que mais sucesso fizeram nos festivais internacionais [Berlim, Veneza e Cannes, sobretudo] e também uma boa dose de novidades que descobrimos em nossa garimpagem", afirma.

Dado esse viés, os 380 títulos não são necessariamente novos nem necessariamente longos. Há diversos programas de curtas-metragens, incluindo um de filmes feitos para celular, chamado Pocket Filmes.

Visconti

Entre as novas chances para ver velhos filmes, o destaque é a retrospectiva do mestre italiano Luchino Visconti (1906-76).

Dos longas-metragens inéditos, aproximadamente 40% têm distribuidor no Brasil e, portanto, estréia prevista. Alguns para muito breve.

É o caso de "Dália Negra", de Brian de Palma, que será lançado nos cinemas no dia 6/10 e é o filme de abertura do Festival do Rio, amanhã, em sessão de gala, seguida de festa com traje black-tie. Ou de "Torres Gêmeas", de Oliver Stone, sobre os atentados do 11 de Setembro em Nova York, que estréia ainda antes --no próximo dia 29.

O candidato a grande sensação do festival, "Volver", de Pedro Almodóvar, também tem sua estréia no país agendada, para 10 de novembro. É o mesmo dia em que deve estrear o novíssimo Martin Scorsese, "Os Infiltrados", escalado para o encerramento do festival.

"Com o passar dos anos, o público foi entendendo melhor o festival. Se ele está muito fissurado para ver o Almodóvar, ele vai, mas sabendo que está indo só um pouquinho antes de o filme estrear no cinema. Se ele quer ver o que potencialmente não vai ser lançado, procura os filmes com legendagem eletrônica", afirma Santiago.

Para os 60% da programação que não têm estréia acertada no Brasil, Santiago espera atrair também a atenção dos distribuidores. "Pode ser que o festival propicie a aquisição de direitos [de distribuição], a partir do sucesso desses filmes. Essa também é uma função do festival: dar aos distribuidores a certeza de que existem filmes pelos quais eles talvez não se interessem, mas o público se interesse", afirma a diretora.

Mercado

O frisson das platéias de festival e as cenas de filas serpenteando as portas de cinema não deixam de ser um contraste com uma fase em que a indústria do cinema enfrenta tendência mundial de queda na freqüência das salas de cinema.

As questões do mercado cinematográfico serão discutidas numa série de seminários e palestras com presenças do calibre de Bob Pisano, chefe de operações da MPAA (Motion Picture Association of America), que reúne os grandes estúdios norte-americanos.

"Os executivos que vêm garantem para o festival um prestígio e um peso bom para o cinema brasileiro", diz Santiago. Impulsionar o prestígio do cinema brasileiro no mercado internacional é uma das principais ambições do festival, que transformou sua seção de pré-estréias brasileiras, a Première Brasil, em filé da programação.

Neste ano, competem na Première Brasil sete documentários e dez ficções inéditas em circuito comercial. A disputa de curtas tem 17 títulos.

O júri que definirá os vencedores tem até agora confirmados os nomes do cineasta Nelson Pereira dos Santos (presidente), do diretor argentino Marcelo Piñeyro ("O Que Você Faria?") e do francês Christian Jeune, da equipe de curadores do Festival de Cannes.

Entre os convidados ilustres estão o diretor mexicano Alejandro González Iñarritu ("Babel"), o francês Bruno Dumont ("Flandres"), as atrizes Charlotte Rampling e Irène Jacob.

"O festival deve ser feito de grandes celebridades e das celebridades do cinema", diz Santiago, ressaltando que circulará pelo Rio de Janeiro "uma lista de grandes documentaristas e talentos de primeiro filme, que às vezes passam despercebidos pela grande imprensa".

Confira a programação completa em: www.festivaldorio.com.br.

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