Publicidade
Publicidade
20/09/2006
-
15h41
SÉRGIO RIPARDO
Editor de Ilustrada da Folha Online
Em "Cinema, Aspirinas e Urubus", filme que vai disputar uma vaga no Oscar, o ator alemão Peter Ketnath, 32, vive o mascate germânico que percorre o sertão nordestino vendendo aspirinas em um caminhão e acompanha por rádio o drama da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Nascido em Munique, Ketnath mora em Berlim e fala bem o português --inclusive usa gírias típicas do Brasil. Ator há 13 anos, ele conheceu uma cozinheira baiana na capital alemã e se apaixonou. Em seguida, passou férias em Salvador e, em dois meses, já se comunicava bem.
Com o sucesso no filme do cineasta pernambucano Marcelo Gomes, Ketnath teve de passar uma temporada por aqui. Seu atual projeto é o filme "Deserto Feliz", do cineasta paraibano Paulo Caldas ("Baile Perfumado").
Leia a seguir trechos da entrevista do ator concedida à Folha Online.
Folha Online- Como você foi escolhido para o filme?
Peter Ketnath- O Marcelo [Gomes, diretor de "Urubus"] procurou atores em Berlim. Uma atriz brasileira que mora lá me indicou. Ele me ligou e contou um pouquinho da história do filme. Eu gostei bastante, mesmo sendo um filme sem dinheiro. Eu senti a paixão dele para fazer aquele projeto.
Folha- O que você já sabia sobre o Brasil?
Peter Ketnath- Conheci o Brasil em 2001. Me apaixonei logo. Minha esposa é de Salvador, mas a gente se encontrou em Berlim. Ela começou a me contar como era Salvador, como era o Brasil. Ela era cozinheira, vinha de um bairro popular --aquela forma de convivência já acabou na Europa. Nunca eu tinha trabalhado no Brasil. Gostei bastante da Bahia. Aprendi em dois meses o português, nos bares, na cozinha da minha cunhada.
Folha- O que você faz exatamente em Berlim?
Peter Ketnath- Produzo curtas. No futuro quero produzir longas, filmes autorais, uma coisa bem parecida com o que a galera faz em Pernambuco. Comecei fazendo teatro em Munique. Depois me mudei para Berlim, comecei a escrever e a viajar bastante.
Folha- Qual sua seqüência preferida?
Peter Ketnath- Eu gosto quando os dois [o sertanejo Ranulpho e o alemão Johann] vão para o puteiro, aquela conversinha na sombra antes de eles entrarem na casa.
Folha- Foram duras as filmagens no interior da Paraíba?
Peter Ketnath- O calor era muito forte, mas eu já tive de nadar no rio de Munique com uma temperatura de 12 graus, muito frio. Mas a gente não tem de reclamar da sorte. Aqui tem calor, mas é legal, faz parte.
Folha- Foi complicado fazer a cena em que seu personagem é picado por uma cobra?
Peter Ketnath- Não. Eles tiraram o veneno da cobra. É um bicho rápido pra caralho. É preciso manter um respeito com o bicho para que ele te respeite.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre "Cinema, Aspirinas e Urubus"
Brasil seduz ator alemão de "Urubus"
Publicidade
Editor de Ilustrada da Folha Online
Em "Cinema, Aspirinas e Urubus", filme que vai disputar uma vaga no Oscar, o ator alemão Peter Ketnath, 32, vive o mascate germânico que percorre o sertão nordestino vendendo aspirinas em um caminhão e acompanha por rádio o drama da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Nascido em Munique, Ketnath mora em Berlim e fala bem o português --inclusive usa gírias típicas do Brasil. Ator há 13 anos, ele conheceu uma cozinheira baiana na capital alemã e se apaixonou. Em seguida, passou férias em Salvador e, em dois meses, já se comunicava bem.
Luciana Cavalcanti/FI |
Peter Ketnath aprendeu português com brasileira |
Leia a seguir trechos da entrevista do ator concedida à Folha Online.
Folha Online- Como você foi escolhido para o filme?
Peter Ketnath- O Marcelo [Gomes, diretor de "Urubus"] procurou atores em Berlim. Uma atriz brasileira que mora lá me indicou. Ele me ligou e contou um pouquinho da história do filme. Eu gostei bastante, mesmo sendo um filme sem dinheiro. Eu senti a paixão dele para fazer aquele projeto.
Folha- O que você já sabia sobre o Brasil?
Peter Ketnath- Conheci o Brasil em 2001. Me apaixonei logo. Minha esposa é de Salvador, mas a gente se encontrou em Berlim. Ela começou a me contar como era Salvador, como era o Brasil. Ela era cozinheira, vinha de um bairro popular --aquela forma de convivência já acabou na Europa. Nunca eu tinha trabalhado no Brasil. Gostei bastante da Bahia. Aprendi em dois meses o português, nos bares, na cozinha da minha cunhada.
Folha- O que você faz exatamente em Berlim?
Peter Ketnath- Produzo curtas. No futuro quero produzir longas, filmes autorais, uma coisa bem parecida com o que a galera faz em Pernambuco. Comecei fazendo teatro em Munique. Depois me mudei para Berlim, comecei a escrever e a viajar bastante.
Folha- Qual sua seqüência preferida?
Peter Ketnath- Eu gosto quando os dois [o sertanejo Ranulpho e o alemão Johann] vão para o puteiro, aquela conversinha na sombra antes de eles entrarem na casa.
Folha- Foram duras as filmagens no interior da Paraíba?
Peter Ketnath- O calor era muito forte, mas eu já tive de nadar no rio de Munique com uma temperatura de 12 graus, muito frio. Mas a gente não tem de reclamar da sorte. Aqui tem calor, mas é legal, faz parte.
Folha- Foi complicado fazer a cena em que seu personagem é picado por uma cobra?
Peter Ketnath- Não. Eles tiraram o veneno da cobra. É um bicho rápido pra caralho. É preciso manter um respeito com o bicho para que ele te respeite.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice