Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/10/2006 - 01h39

RBD canta música inédita e emociona fãs paulistas com duas horas de show

Publicidade

DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online

Durante duas horas, milhares de crianças e adolescentes cantaram, choraram e principalmente gritaram no show da banda mexicana RBD em São Paulo. O grupo executou 23 músicas próprias (algumas com playback, apontaram os ouvidos mais atentos), pediu um minuto de silêncio em homenagem aos fãs mortos em uma apresentação no começo do ano e surpreendeu os aficionados cantando pela primeira vez ao vivo uma música do próximo CD.

Diógenes Muniz/FI
Cantoras do RBD Dulce Maria e Maite se apresentam durante show em São Paulo
Cantoras do RBD Dulce Maria e Maite se apresentam durante show em São Paulo
A apresentação deste sábado (7) começou e acabou com a canção "Rebelde",
entoada inclusive por pais emocionados --as músicas foram das 20h15 às
22h15. No quesito empolgação do público, a faixa vitoriosa foi a estreante ao vivo "Ser o Parecer", cujo videoclipe também foi gravado em São Paulo. Como nas outras cidades, os integrantes do grupo formaram casais após a canção 'Sálvame' e trocaram beijos (quase selinhos). Crianças e adolescentes entraram em êxtase.

Açucarada do começo ao fim, a apresentação veio permeada por discursos politicamente corretos. Nenhum dos seis integrantes perdeu a chance de mandar sua "mensagem de paz". Nos telões, frases de pensadores apareceram com tradução irregular do espanhol para o português. A Santo Agostinho foi atribuído um suspeito "Ama e Faça O Que Quieras". Já o índio pacifista Chefe Joseph teria dito, segundo o telão da turnê "Tour Generación": "Não se requer muitas palavras para dizer la verdade."

Christian se mostrou o mais empolgado do grupo, ou o oposto de Maite. O
cabeça da turma é Alfonso. Após uma hora de show, foi ele quem pediu a todos que fizessem silêncio em respeito aos que morreram em uma apresentação mal organizada do grupo mexicano em fevereiro deste ano.

Enquanto o telão exibia imagens de nuvens, o cantor dizia: "Vamos fazer silêncio para três pessoas que não estão aqui fisicamente, mas que sempre estarão em nosso corações." E suas fãs replicavam, aos berros: "Lindo! Te amo" (a última frase com o "a" bastante aberto, como pede o portunhol).

Estratégia

Antes da apresentação, um organizador elogiava pelo microfone a calma dos
presentes no estádio do Morumbi. "Parabéns, São Paulo, a educação de vocês é um exemplo". Após o show de abertura de Diego González (o Rocco na novela "Rebelde"), o responsável por acalmar os ânimos mudou de estratégia. "Se vocês não liberarem os corredores o show não vai começar." A resposta veio em vaias.
Diógenes Muniz/FI
Fãs do RBD durante show do grupo mexicano no estádio do Morumbi, em São Paulo
Fãs do RBD durante show do grupo mexicano no estádio do Morumbi, em São Paulo


A infra-estrutura do evento contou com 15 postos médicos paraatendimento ao público, quatro empresas de segurança privada e apoio da Polícia Civil e Militar (inclusive do batalhão de Choque). Preparada para o pior, a organização armou um esquema de guerra para controlar as informações sobre o número de ocorrências.

Uma das profissionais responsáveis pelo atendimento de saúde no Morumbi,
identificada apenas como Juliana, revelou à Folha Online: "A produção do show pediu para que não contássemos para a imprensa quantos foram atendidos. Eles vão falar um número deles depois." Ao ser questionada sobre a suposta omissão, a Mondo Entretenimento confirmou, por meio de sua assessoria, que só divulgaria as ocorrências no domingo. Segundo funcionários que não quiseram se identificar, os atendimentos chegaram à casa das centenas, mas sem registros graves.

Leia mais
  • Sem poder levar filhos, vendedor de doces registra show em câmera digital
  • Ingressos caros fazem fãs irem ao Morumbi só para ver ônibus do RBD

    Especial
  • Veja o que já foi publicado sobre o RBD
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página