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09/10/2006 - 09h22

Jornalismo literário e ficção marcam estréia da revista "Piauí"

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SYLVIA COLOMBO
da Folha de S.Paulo

Uma nova revista chega às bancas nesta semana. Com um nome que nem seus criadores sabem explicar direito, "Piauí" tem espírito híbrido. Será uma mistura de reportagens ao estilo "new journalism" (ou jornalismo literário) com crônicas, perfis e diários --de temas preferencialmente nacionais--; além de textos ficcionais.

A publicação pertence à Videofilmes, empresa dos irmãos Walter e João Moreira Salles, em associação com a editora Abril, que será responsável por sua impressão e distribuição, mas não vai interferir no conteúdo editorial. A tiragem inicial será de 70 mil exemplares.

O primeiro número traz colaborações de nomes consagrados da imprensa nacional, como Ivan Lessa, que descreve seu retorno ao Brasil após mais de 28 anos, e Danuza Leão, que faz um perfil do estilista Guilherme Guimarães, além do ilustrador Angeli, que desenha a imagem da capa -um intrigante pingüim de geladeira com boininha de Che Guevara.

"A idéia é misturar esses nomes com os de gente jovem. A seção "Esquina" vai privilegiar gente com menos de 30 anos", diz João Moreira Salles. Os textos desse segmento trazem pequenas histórias curiosas, como a do ex-presidiário do Carandiru ao receber a notícia da morte do coronel Ubiratan ou a do crescimento do número de adeptos do badminton no Piauí. Nenhum desses textos é assinado. "Achamos que a revista tem de ter uma voz própria. Matéria assinada virou um fetiche, e queremos um pouco menos de ego", diz o diretor da publicação, o jornalista Mario Sérgio Conti.

Salles acrescenta que a revista não tem exatamente uma linha editorial, e que quer apenas contar boas histórias com humor. Aliás, a quantidade de "nãos" do projeto é grande. Não há colunas, não há editoriais, não há restrições temáticas nem preocupação com as últimas notícias.

"Piauí" também não terá um posicionamento político específico. "O ideal é que os textos sejam interessantes, bem escritos e divertidos. Aí cabem desde o stalinista até o sujeito da propriedade. Ninguém será excluído por sua posição ideológica", diz Salles.

Especial
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