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15/10/2006 - 14h16

"O Profeta", nova novela das seis da Globo, será outro remake

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BRUNO SEGADILHA
da Folha de S.Paulo

"Se você pudesse prever os fatos, suas escolhas seriam mais fáceis?". Partindo dessa premissa, a novela "O Profeta", que estréia amanhã, às 18h, na Globo, pretende contar a história de Marcos (Thiago Fragoso), um jovem paranormal que desenvolve o dom da premonição e tem de aprender a lidar com as dores e benefícios que a condição lhe traz.

A novela tem como base o sucesso homônimo de Ivani Ribeiro (1922-1995), escrito nos anos 70 para a TV Tupi, e segue a onda dos remakes da emissora que, nos últimos dois anos, produziu duas obras do tipo: "Cabocla", novela de Benedito Ruy Barbosa reeditada em 2004, e "Sinhá Moça", outro título de Barbosa, cujo último capítulo foi ao ar anteontem.

"Acho importante revisitar clássicos, e a TV brasileira tem história suficiente para isso. É um prazer enorme trabalhar na obra da Ivani Ribeiro. Acho essa busca pelo novo uma obsessão boba. Há obras supernovas que não são criativas", afirma a autora Thelma Guedes, que assina a adaptação da trama ao lado de Duca Rachid.

Rachid acredita que o fato de reescrever uma história já bem-sucedida dá mais segurança para os autores. Na sua opinião, Ivani Ribeiro criou, junto com Janete Clair, o modelo adotado nas novelas atuais. "Elas inventaram a novela moderna, que desenvolve um tema por capítulo", diz.

Da versão original, as autoras procuraram manter a espinha dorsal da história, mas com alterações significativas. A principal delas é a época de ambientação: a história escrita para a Tupi se passava na década de 70, mas agora as autoras investiram nos anos 50. "É uma época efervescente no Brasil, isso nos dá bastante assunto para explorar", afirma Rachid.

Paranormalidade

Além de se valer de um texto popularmente consagrado, "O Profeta" ainda aposta na paranormalidade para conquistar o público. O tema costuma alavancar a audiência das novelas que desenvolvem o assunto.

Com a espiritualista "Alma Gêmea", exibida no ano passado, Walcyr Carrasco, que assina a supervisão de texto da novela, conseguiu atingir média geral de 39 pontos de audiência, índice considerado alto para o horário das seis da tarde.

Para Mauro Alencar, doutor em teledramaturgia pela USP, a temática tem um grande apelo popular por ser um assunto "confortante" e trazer um "alívio para o ser humano". "As histórias que se desenvolvem em torno desse tema normalmente são bem sucedidas. As pessoas querem saber que podem reencontrar um ente querido depois da morte. Foi assim em "A Viagem", outra novela de Ivani, que mostrava o reencontro com pessoas falecidas."

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