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19/10/2006
-
10h24
SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo, em Washingyon
A começar pelo título, "Os Estados Unidos contra John Lennon" quer ser para a liberdade de opinião e de crítica o que "O Povo contra Larry Flynt" (1996), de Milos Forman, acabou sendo para a liberdade de expressão.
Os dois diretores deixam óbvia na tela a intenção de fazer do caso da perseguição de John Lennon pela Casa Branca de Richard Nixon um símbolo do que acontece quando um governo com pretensões imperiais se desliga da realidade e se descola do desejo da população.
Os paralelos são inevitáveis, e não serão feitos apenas pelos espectadores. Os próprios diretores deixam claro que estão falando dos EUA no começo dos anos 70, mas poderiam muito bem estar falando dos últimos seis anos de governo Bush.
A começar pela propaganda do filme, distribuída pelas ruas como panfleto e colocada em outdoors em Nova York. Num fundo preto, traz em letras brancas "War is over! (if you want it)", "A guerra acabou! (se você quiser)", slogan do casal John-Yoko contra a Guerra do Vietnã, mas que hoje se torna atual diante do fiasco da Guerra do Iraque.
É essa luta do Davi célebre contra um Golias paranóico a base do filme, e é essa a sua melhor parte --a biografia do músico ganha importância menor, e é o ponto menos bem-sucedido, pelo tom a favor que os diretores tiveram de imprimir para conseguir o acesso aos arquivos da viúva. Leaf e Scheinfeld, veteranos de documentários para a PBS, emissora pública norte-americana, e para a série "Biography", do canal de TV A&E, aceitaram a barganha.
E fizeram bem: biografias de Lennon há aos milhares. Já um filme que junta todas as informações sobre a perseguição que uma voz discordante sofreu de todo o peso da máquina do governo é único. E necessário.
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Biografia dá lugar a política em documentário sobre Lennon
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da Folha de S.Paulo, em Washingyon
A começar pelo título, "Os Estados Unidos contra John Lennon" quer ser para a liberdade de opinião e de crítica o que "O Povo contra Larry Flynt" (1996), de Milos Forman, acabou sendo para a liberdade de expressão.
Os dois diretores deixam óbvia na tela a intenção de fazer do caso da perseguição de John Lennon pela Casa Branca de Richard Nixon um símbolo do que acontece quando um governo com pretensões imperiais se desliga da realidade e se descola do desejo da população.
Os paralelos são inevitáveis, e não serão feitos apenas pelos espectadores. Os próprios diretores deixam claro que estão falando dos EUA no começo dos anos 70, mas poderiam muito bem estar falando dos últimos seis anos de governo Bush.
A começar pela propaganda do filme, distribuída pelas ruas como panfleto e colocada em outdoors em Nova York. Num fundo preto, traz em letras brancas "War is over! (if you want it)", "A guerra acabou! (se você quiser)", slogan do casal John-Yoko contra a Guerra do Vietnã, mas que hoje se torna atual diante do fiasco da Guerra do Iraque.
É essa luta do Davi célebre contra um Golias paranóico a base do filme, e é essa a sua melhor parte --a biografia do músico ganha importância menor, e é o ponto menos bem-sucedido, pelo tom a favor que os diretores tiveram de imprimir para conseguir o acesso aos arquivos da viúva. Leaf e Scheinfeld, veteranos de documentários para a PBS, emissora pública norte-americana, e para a série "Biography", do canal de TV A&E, aceitaram a barganha.
E fizeram bem: biografias de Lennon há aos milhares. Já um filme que junta todas as informações sobre a perseguição que uma voz discordante sofreu de todo o peso da máquina do governo é único. E necessário.
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