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22/10/2006
-
10h17
ALCINO LEITE NETO
do Guia da Folha
"Paris, Eu Te Amo" é um longa-metragem em episódios, talvez o mais ambicioso da história do cinema no gênero. O filme reuniu 22 diretores para realizarem 18 curtas, de cerca de cinco minutos cada um, ambientados em diferentes bairros ("arrondissements") parisienses.
Contar uma história interessante em tão breve tempo não é tarefa fácil, ainda mais se o diretor tem a tarefa suplementar de fazer algo que tenha a ver com o conjunto da proposta --no caso, relacionar dramas individuais à topologia e à vida de Paris.
Por isso mesmo, há pouca coisa memorável neste filme. Vários diretores se perderam em projetos muito pretensiosos para o formato ou em narrativas que não encontraram os recursos precisos e sintéticos para se imporem ao espectador.
Mais grave ainda: a maioria dos episódios deixa a impressão de que poderia se passar em qualquer cidade, mesmo se explora a ambientação parisiense --como o filme de Walter Salles e Daniela Thomas, por exemplo, sobre uma emigrante latina que mora no 16º "arrondissement" e enfrenta uma longa travessia pela cidade até chegar ao emprego.
Alguns episódios sobrevivem graças à qualidade da direção, como o de Gus van Sant ("Marais"), o de Olivier Assayas ("Quartier des Enfants Rouges") e o de Wes Craven ("Père Lachaise"). Outros interessam por reunir atores extraordinários, como "Quartier Latin", com Gena Rowlands e Ben Gazzara, ou "Pigalle", com Fanny Ardant e Bob Hoskins.
O melhor entre os curtas, no entanto, é o último, "14º Arrondissement", do americano Alexandre Payne. Trata-se de um maravilhoso conto moral, irônico e patético, sobre uma turista americana que descobre a vacuidade de sua vida ao mesmo tempo em que se depara com a beleza generosa de Paris.
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"Paris, Eu Te Amo" é um longa-metragem em episódios, talvez o mais ambicioso da história do cinema no gênero. O filme reuniu 22 diretores para realizarem 18 curtas, de cerca de cinco minutos cada um, ambientados em diferentes bairros ("arrondissements") parisienses.
Contar uma história interessante em tão breve tempo não é tarefa fácil, ainda mais se o diretor tem a tarefa suplementar de fazer algo que tenha a ver com o conjunto da proposta --no caso, relacionar dramas individuais à topologia e à vida de Paris.
Por isso mesmo, há pouca coisa memorável neste filme. Vários diretores se perderam em projetos muito pretensiosos para o formato ou em narrativas que não encontraram os recursos precisos e sintéticos para se imporem ao espectador.
Mais grave ainda: a maioria dos episódios deixa a impressão de que poderia se passar em qualquer cidade, mesmo se explora a ambientação parisiense --como o filme de Walter Salles e Daniela Thomas, por exemplo, sobre uma emigrante latina que mora no 16º "arrondissement" e enfrenta uma longa travessia pela cidade até chegar ao emprego.
Alguns episódios sobrevivem graças à qualidade da direção, como o de Gus van Sant ("Marais"), o de Olivier Assayas ("Quartier des Enfants Rouges") e o de Wes Craven ("Père Lachaise"). Outros interessam por reunir atores extraordinários, como "Quartier Latin", com Gena Rowlands e Ben Gazzara, ou "Pigalle", com Fanny Ardant e Bob Hoskins.
O melhor entre os curtas, no entanto, é o último, "14º Arrondissement", do americano Alexandre Payne. Trata-se de um maravilhoso conto moral, irônico e patético, sobre uma turista americana que descobre a vacuidade de sua vida ao mesmo tempo em que se depara com a beleza generosa de Paris.
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