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03/11/2006
-
09h23
RICARDO CALIL
do Guia da Folha
Transmitido ao vivo há 31 anos de um teatro de Minnesota, e apresentado pelo carismático Garrison Keillor, "A Prairie Home Companion" é o mais antigo programa de rádio dos Estados Unidos.
"A Última Noite", de Robert Altman, presta homenagem ao programa e ao que ele simboliza: um foco de resistência ao avanço da massificação cultural e da mentalidade corporativa dos EUA.
O cineasta usa um substrato real para criar uma situação fictícia. No filme, o programa está com os dias contados por causa da venda da rádio que o transmite para uma grande empresa.
Como boa parte da obra de Altman ("M.A.S.H.", "Short Cuts"), "A Última Noite" é um filme coral, uma narrativa que, em vez de se concentrar em uma ou duas vozes, ramifica-se por um conjunto de personagens. A novidade é que, dessa vez, eles circulam em um espaço geográfico e de tempo limitados. O filme se passa na última noite de transmissão do programa, entre a alegria dos shows e a tristeza com a chegada do interventor que vai acabar com o programa.
A força do longa não está em uma história linear, mas sim no entrelaçamento de situações e na construção dos personagens. Entre eles, o apresentador do programa (Keillor), a cantora Yolanda (Meryl Streep) e a sua irmã Rhonda (Lily Tomlin). O que une as peças desse mosaico é a idéia da morte, não só de um programa, como de uma forma de entretenimento mais artesanal e menos impessoal o que, no fundo, é o projeto de cinema de Altman.
Mas o diretor tenta não fazer de seu filme um lamento nostálgico ou uma peça de propaganda. Ele prefere celebrar o prazer da música e da amizade. Aos 81 anos, Altman mostra mais vitalidade que a maioria dos jovens cineastas americanos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o cineasta Robert Altman
Novo filme de Robert Altman homenageia programa de rádio
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do Guia da Folha
Transmitido ao vivo há 31 anos de um teatro de Minnesota, e apresentado pelo carismático Garrison Keillor, "A Prairie Home Companion" é o mais antigo programa de rádio dos Estados Unidos.
"A Última Noite", de Robert Altman, presta homenagem ao programa e ao que ele simboliza: um foco de resistência ao avanço da massificação cultural e da mentalidade corporativa dos EUA.
O cineasta usa um substrato real para criar uma situação fictícia. No filme, o programa está com os dias contados por causa da venda da rádio que o transmite para uma grande empresa.
Como boa parte da obra de Altman ("M.A.S.H.", "Short Cuts"), "A Última Noite" é um filme coral, uma narrativa que, em vez de se concentrar em uma ou duas vozes, ramifica-se por um conjunto de personagens. A novidade é que, dessa vez, eles circulam em um espaço geográfico e de tempo limitados. O filme se passa na última noite de transmissão do programa, entre a alegria dos shows e a tristeza com a chegada do interventor que vai acabar com o programa.
A força do longa não está em uma história linear, mas sim no entrelaçamento de situações e na construção dos personagens. Entre eles, o apresentador do programa (Keillor), a cantora Yolanda (Meryl Streep) e a sua irmã Rhonda (Lily Tomlin). O que une as peças desse mosaico é a idéia da morte, não só de um programa, como de uma forma de entretenimento mais artesanal e menos impessoal o que, no fundo, é o projeto de cinema de Altman.
Mas o diretor tenta não fazer de seu filme um lamento nostálgico ou uma peça de propaganda. Ele prefere celebrar o prazer da música e da amizade. Aos 81 anos, Altman mostra mais vitalidade que a maioria dos jovens cineastas americanos.
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