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02/11/2006 - 22h10

Cinema brasileiro vence Mostra de SP pelo 2º ano consecutivo

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da Folha Online

O filme brasileiro "O Cheiro do Ralo", de Heitor Dhalia, levou o Troféu Bandeira Paulista da 30ª Mostra Internacional de Cinema São Paulo. O júri escolheu o filme entre 14 produções mais bem votadas pelo público. Esta é a 2ª vez, na história da Mostra, que um filme brasileiro ganha o Troféu Bandeira Paulista.

"Eu me mudei para São Paulo há 13 anos para trabalhar mas também para ver filmes na Mostra, porque, no Recife, a oferta não é tão grande. É uma honra receber este prêmio", agradeceu o diretor pernambucano Dhalia em seu discurso.

No ano passado, um outro filme brasileiro foi agraciado, o longa "Cinema, Aspirinas e Urubus", de Marcelo Gomes. A produção representa o Brasil na corrida por uma vaga no Oscar deste ano.

Divulgação
"Vamos impregnar o Brasil com nosso cheiro", comemora Selton Mello, de "Cheiro do Ralo"
"Vamos impregnar o Brasil com nosso cheiro", comemora Selton Mello, de "Cheiro do Ralo"
O Prêmio da Crítica para melhor filme nacional também ficou com "O Cheiro do Ralo". O melhor filme internacional, segundo a crítica, foi "Hamaca Paraguaya", longa de estréia da diretora Paz Encina e primeira ficção em 35 mm que o Paraguai apresenta ao mundo.

O Prêmio Petrobras Cultural de Difusão, que estreou neste ano, elegeu pelo voto do público "O Ano Que Meus Pais Saíram de Férias", de Cao Hamburguer, e "Antonia", de Tata Amaral, na categoria de longas de ficção. "Fabricando Tom Zé", de Décio Matos Jr, levou o Prêmio de Difusão na categoria de longa documentário.

Os dois filmes de ficção empatados nesta nova categoria vão dividir R$ 400 mil reais e o documentário leva R$ 200 mil. O prêmio é o maior já concedido em um festival de cinema no país e foi criado pela Petrobras, principal patrocinadora do evento, em comemoração aos 30 anos da Mostra.

O anúncio foi dado na noite desta quinta-feira durante solenidade de encerramento da Mostra, no auditório Ibirapuera. Apesar do encerramento, foi anunciada ontem a tradicional repescagem, com uma semana de programação extra. A repescagem terá 91 sessões.

Pelas regras da Mostra, o júri oficial (Florinda Bolkan, Wolfgang Becker, Jorge Sánchez, Bahman Ghobadi, Lauro Escorel, Contardo Calligaris e Jose Maria Prado) tiveram autonomia para conceder prêmios nas categorias que quisessem, além da de melhor filme. Concorriam ao título os 14 longas de novos diretores (até o segundo filme) mais bem avaliados pelo público.

Confira a lista completa de premiados da 30ª Mostra de Cinema de São Paulo:

Prêmio do Júri - Melhor Filme:
"O Cheiro do Ralo", de Heitor Dhalia (Brasil)

Palavra do júri: "Pela capacidade de criar uma linguagem cinematográfica consistente"

Prêmio Especial do Júri:
"O Violino", de Francisco Vargas (México)
com menção especial para o ator Don Angel Tavira

Prêmio do Júri - Melhor Ator:
Adel Imam, por "O Edifício Tacoubian" (Egito)

Prêmio do Júri - Melhor Atriz:
Maria Lundqvist, por "Minha Vida Sem Minhas Mães" (Finlândia)

Prêmio do Júri - Menção Honrosa:
"O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias", de Cao Hamburguer (Brasil)

Palavra do júri: "Por sua realização visual e pela capacidade não apenas de criar uma atmosfera de época, mas também de traduzir o sentimento coletivo daquele período"

Prêmio Petrobras Cultural de Difusão - Melhor Longa Brasileiro de Ficção (voto do público) - R$ 400 mil para distribuição:
"Antonia", de Tata Amaral (R$ 200 mil)
"O Ano Em Que Meus País Saíram de Férias", de Cao Hamburguer (R$ 200 mil)

Prêmio Petrobras Cultural de Difusão - Melhor Documentário Brasileiro (voto do público) - R$ 200 mil para distribuição:
"Fabricando Tom Zé", de Décio Matos Jr.

Prêmio do Público - Melhor Curta Brasileiro:
"Primeira Vez", de Fabrício Bittar

Prêmio do Público - Melhor Média Brasileiro:
"Deus e o Diabo Em Cima da Muralha", de Tocha Alves e Daniel Lieff

Prêmio do Público - Melhor Longa Estrangeiro de Ficção:
"Rosso Come Il Cielo", de Cristiano Bortone (Itália)

Prêmio do Público - Melhor Documentário Estrangeiro:
"Uma Verdade Inconveniente", de Davis Guggenheim (EUA)

Prêmio do Público - Melhor Curta Estrangeiro:
"Eu Quero Ser Piloto", de Diego Quemada-Diez (Quênia/México/Espanha)

Prêmio do Público - Melhor Média Estrangeiro:
"Jana Sanskriti - Um Teatro Em Campanha", de Jeanne Dosse (França)

Prêmio da Crítica - Categoria Internacional:
"Hamaca Paraguaya", de Paz Encina (Paraguai/França/Argentina/Holanda)

Palavra do júri: "Pela ousadia na maneira de abordar a passagem do tempo, as relações humanas e as reflexões sobre a vida e a morte de maneira única e simples"

Prêmio da Crítica - Categoria Nacional:
"O Cheiro do Ralo", de Heitor Dhalia

Palavra do júri: "Pela junção de um fino humor negro com reflexões psicológicas e sociais, entre outras"

Prêmio da Juventude: (votos de estudantes secundaristas dentro da seção Festival da Juventude)
"Minha Vida Sem Minhas Mães", de Klaus Harö (Finlândia)

Prêmio Humanidade:
Vittorio de Seta, cineasta italiano de "Banditi A Orgosolo" (1961) e "Cartas do Saara" (2006), convidado de honra da 30ª Mostra

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