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03/11/2006 - 11h04

Santoro critica cobertura de sua atuação em "Lost"

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LUCAS NEVES
Enviado especial da Folha de S.Paulo a Los Angeles

Novato no time de sobreviventes da queda de um avião em uma longínqua ilha do Pacífico Sul, o ator Rodrigo Santoro, 31, só tem conseguido manter total distância das frivolidades da civilização na ficção.

Do Havaí, onde grava participação na terceira temporada da série-sensação "Lost", ele acompanha atentamente a cobertura que a mídia brasileira faz do passo mais recente de sua carreira internacional. "Tem gente contando cada "frame" em que apareço, cada palavra que eu pronuncio", queixou-se Santoro, em entrevista concedida em Los Angeles, no último sábado.

Divulgação
Rodrigo Santoro reclama da cobertura da imprensa brasileira sobre sua atuação
Rodrigo Santoro reclama da cobertura da imprensa brasileira sobre sua atuação
Na primeira conversa com a imprensa brasileira após a sua estréia na série, ele mostrou desprendimento em relação aos comentários de que, mais uma vez, "entra mudo e sai calado".

"Falam isso desde que fiz minha primeira participação fora [em "As Panteras: Detonando", de 2003]. Não vou ficar me explicando. Nunca me preocupei com isso [quantidade de falas]. As pessoas estão acostumadas comigo, no Brasil, no papel de protagonista. Não conseguem entender porque aqui não tenho o mesmo papel.

Mas é outra história!"

Uma história em que, na opinião de Santoro, a protagonista é a ilha. "Me vejo como uma pequena peça em um quebra-cabeça enorme. Uma pequena peça que ajuda a contar a história, independentemente do número de falas ou do tempo de tela." Se suas aparições são rápidas, é porque é essa a natureza da série, disse o ator. "Para quem não conhece "Lost", é assim que muitos personagens foram e são apresentados."

Apesar de desconhecido do público até então, Paulo, o personagem de Santoro, sempre integrou o grupo de sobreviventes do acidente aéreo. "Nós estávamos lá desde o início", afirmou o ator, usando o plural para incluir a também neófita Nikki (Kiele Sanchez), que pode vir a ser seu par romântico. "Só que vivíamos do outro lado da ilha. Não socializávamos tanto quanto deveríamos", especulou, em tom jocoso.

E haja especulação para construir um personagem a respeito do qual os roteiristas entregaram pouquíssimos detalhes. Santoro afirmou nem sequer saber se Paulo mantém algum vínculo com a dupla que, recolhida a uma espécie de estação polar, dialogou em português no último episódio da segunda temporada. Mas o produtor executivo Carlton Cuse deu uma pista. Em entrevista paralela, disse que "não seria errado pensar que isso é mais do que mera coincidência".

Personagem aberto

Escolado em obras abertas (como as novelas, cujas tramas podem mudar a qualquer momento), o ator encara pela primeira vez um "personagem aberto", com índole, história pregressa e motivações indefinidas. "Nunca tinha aceitado uma proposta de trabalho sem saber o que ia fazer. Fui descobrir o nome do personagem dias antes de começar a gravar. Aceitei porque vi uma oportunidade interessante: filmar no Havaí e estar num programa muito bem escrito e dirigido."

As particularidades de Paulo obrigaram Santoro a repensar o método de trabalho. "Quando vi que não tinha onde pesquisar, decidi trabalhar com a não-construção. Faço o personagem existir a cada cena.

Como a temporada havaiana não deve se estender indefinidamente --o ator disse já saber quando deixará a série--, cada minuto livre é pretexto para diversão. "Levo uma prancha no carro. Se dá tempo, dou uma surfada antes do trabalho ou no intervalo. Também jogo bola com o Ian [Cusick, que interpreta Desmond]. Para mim, é como estar na Disneylândia."

O repórter LUCAS NEVES viajou a convite da Sony Pictures Television International

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