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09/11/2006
-
10h37
da France Presse, na Cidade do Vaticano
O Vaticano pediu nesta quarta-feira que seja cancelada a parada gay de Jerusalém, prevista para sexta-feira, por ferir "os sentimentos de milhões de crentes judeus, muçulmanos e cristãos", informou a Santa Sé em comunicado. Momentos depois, a polícia israelense anunciou que provavelmente o evento será adiado, alegando motivos de segurança.
"Com profunda amargura soubemos que na sexta-feira, 10 de novembro, foi programada em Jerusalém a chamada manifestação do orgulho homossexual", diz o comunicado. A Santa Sé "desaprova intensamente a celebração desta manifestação, que constitui uma ofensa aos sentimentos de milhões de crentes judeus, muçulmanos e cristãos" e "nutre a esperança de que a questão seja submetida a um novo exame", isto é, que seja cancelada.
Na nota, o Vaticano explicou que o pedido de cancelamento foi apresentado à nunciatura apostólica de Israel e ao Ministério das Relações Exteriores deste país.
Momentos após a divulgação da nota da Santa Sé, a polícia israelense informou que a parada provavelmente será adiada por causa do estado de alerta elevado que se seguiu às ameaças de facções palestinas de retomar os ataques suicidas.
"Anunciamos que, sem dúvida, será necessário adiar este evento, que vai precisar da mobilização de milhares de oficiais para garantir a segurança", disse Ilan Franco, chefe de polícia de Jerusalém, à televisão israelense. Segundo a fonte, a parada poderá ser adiada por uma semana.
O promotor-geral de Israel, Menahem Mazuz, autorizou no domingo passado a realização da parada do orgulho gay em Jerusalém, apesar da forte oposição em vários setores da sociedade israelense. Mazuz informou ter tomado esta decisão "para que se respeite o princípio da liberdade de expressão".
Milhares de judeus ortodoxos marcharam nos últimos dias em manifestações com freqüência violentas contra o que consideram ser um "desfile do vício".
Autoridades religiosas cristãs e muçulmanas também se disseram claramente contrárias ao evento, enquanto o Supremo Tribunal israelense recebeu vários pedidos para proibi-lo.
Na terça-feira, o prefeito ultra-ortodoxo de Jerusalém, Uri Lupolianski, foi agredido por ultra-ortodoxos que se opõem à celebração da parada.
Em 2000, o Vaticano protestou com veemência contra a celebração da parada em Roma, considerada a capital mundial do cristianismo, sem conseguir suspender o desfile. Nesta quarta-feira, o Vaticano lembrou que em manifestações deste tipo organizadas em outros lugares do mundo, "os valores religiosos têm sido sistematicamente ofendidos".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a parada gay em Jerusalém
Vaticano pede cancelamento da parada gay de Jerusalém
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O Vaticano pediu nesta quarta-feira que seja cancelada a parada gay de Jerusalém, prevista para sexta-feira, por ferir "os sentimentos de milhões de crentes judeus, muçulmanos e cristãos", informou a Santa Sé em comunicado. Momentos depois, a polícia israelense anunciou que provavelmente o evento será adiado, alegando motivos de segurança.
"Com profunda amargura soubemos que na sexta-feira, 10 de novembro, foi programada em Jerusalém a chamada manifestação do orgulho homossexual", diz o comunicado. A Santa Sé "desaprova intensamente a celebração desta manifestação, que constitui uma ofensa aos sentimentos de milhões de crentes judeus, muçulmanos e cristãos" e "nutre a esperança de que a questão seja submetida a um novo exame", isto é, que seja cancelada.
Na nota, o Vaticano explicou que o pedido de cancelamento foi apresentado à nunciatura apostólica de Israel e ao Ministério das Relações Exteriores deste país.
Momentos após a divulgação da nota da Santa Sé, a polícia israelense informou que a parada provavelmente será adiada por causa do estado de alerta elevado que se seguiu às ameaças de facções palestinas de retomar os ataques suicidas.
"Anunciamos que, sem dúvida, será necessário adiar este evento, que vai precisar da mobilização de milhares de oficiais para garantir a segurança", disse Ilan Franco, chefe de polícia de Jerusalém, à televisão israelense. Segundo a fonte, a parada poderá ser adiada por uma semana.
O promotor-geral de Israel, Menahem Mazuz, autorizou no domingo passado a realização da parada do orgulho gay em Jerusalém, apesar da forte oposição em vários setores da sociedade israelense. Mazuz informou ter tomado esta decisão "para que se respeite o princípio da liberdade de expressão".
Milhares de judeus ortodoxos marcharam nos últimos dias em manifestações com freqüência violentas contra o que consideram ser um "desfile do vício".
Autoridades religiosas cristãs e muçulmanas também se disseram claramente contrárias ao evento, enquanto o Supremo Tribunal israelense recebeu vários pedidos para proibi-lo.
Na terça-feira, o prefeito ultra-ortodoxo de Jerusalém, Uri Lupolianski, foi agredido por ultra-ortodoxos que se opõem à celebração da parada.
Em 2000, o Vaticano protestou com veemência contra a celebração da parada em Roma, considerada a capital mundial do cristianismo, sem conseguir suspender o desfile. Nesta quarta-feira, o Vaticano lembrou que em manifestações deste tipo organizadas em outros lugares do mundo, "os valores religiosos têm sido sistematicamente ofendidos".
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