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10/11/2006
-
09h11
RICARDO CALIL
do Guia da Folha
Entre os filmes recentes de Martin Scorsese, "Os Infiltrados" é o menos ambicioso. E também o mais bem-sucedido. Nos últimos anos, ele realizou uma série de produções relevantes, mas prejudicadas por uma certa mania de grandeza, como "Kundun" (97) e "O Aviador" (04).
Com "Os Infiltrados", o cineasta norte-americano retorna ao pequeno e violento mundo dos mafiosos e dos escroques --que gerou obras-primas como "Taxi Driver" (76) e "Os Bons Companheiros" (90). Para reencontrar esse universo e voltar à sua melhor forma, o cineasta precisou recorrer a Hong Kong. "Os Infiltrados" é um remake de "Conflitos Internos" (02), de Andrew Lau Wai-keung e Alan Mak Siu-fai, filme policial de enorme sucesso no país de origem.
Do filme original, Scorsese tira as histórias paralelas de dois homens infiltrados entre seus inimigos: Collin Sullivan (Matt Damon) entra para a polícia de Boston para se tornar informante do líder da máfia irlandesa Frank Costello (Jack Nicholson), enquanto o policial Billy Costigan (Leonardo DiCaprio) vira membro do grupo mafioso para contrabandear segredos a seu chefe Queenan (Martin Sheen).
Logo os dois lados descobrem que há um traidor em suas hostes. Collin recebe a missão de descobrir quem é o policial entre os mafiosos; e Billy, quem é o informante entre os tiras --uma brincadeira de gato e rato que inspira brilhantes atuações do elenco masculino, com destaque para Nicholson.
Scorsese não se limita a transpor a história para Boston. Ele encontra no original um tema essencial à sua obra: o dilema entre lealdade e traição de um homem a seu grupo. De quebra, o cineasta transforma um exercício de gênero em um ensaio sobre o círculo vicioso da violência, um jogo de espelhos que reflete também a atual realidade americana.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o diretor Martin Scorsese
Scorsese retorna ao universo da máfia com "Os Infiltrados"
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do Guia da Folha
Entre os filmes recentes de Martin Scorsese, "Os Infiltrados" é o menos ambicioso. E também o mais bem-sucedido. Nos últimos anos, ele realizou uma série de produções relevantes, mas prejudicadas por uma certa mania de grandeza, como "Kundun" (97) e "O Aviador" (04).
Com "Os Infiltrados", o cineasta norte-americano retorna ao pequeno e violento mundo dos mafiosos e dos escroques --que gerou obras-primas como "Taxi Driver" (76) e "Os Bons Companheiros" (90). Para reencontrar esse universo e voltar à sua melhor forma, o cineasta precisou recorrer a Hong Kong. "Os Infiltrados" é um remake de "Conflitos Internos" (02), de Andrew Lau Wai-keung e Alan Mak Siu-fai, filme policial de enorme sucesso no país de origem.
Do filme original, Scorsese tira as histórias paralelas de dois homens infiltrados entre seus inimigos: Collin Sullivan (Matt Damon) entra para a polícia de Boston para se tornar informante do líder da máfia irlandesa Frank Costello (Jack Nicholson), enquanto o policial Billy Costigan (Leonardo DiCaprio) vira membro do grupo mafioso para contrabandear segredos a seu chefe Queenan (Martin Sheen).
Logo os dois lados descobrem que há um traidor em suas hostes. Collin recebe a missão de descobrir quem é o policial entre os mafiosos; e Billy, quem é o informante entre os tiras --uma brincadeira de gato e rato que inspira brilhantes atuações do elenco masculino, com destaque para Nicholson.
Scorsese não se limita a transpor a história para Boston. Ele encontra no original um tema essencial à sua obra: o dilema entre lealdade e traição de um homem a seu grupo. De quebra, o cineasta transforma um exercício de gênero em um ensaio sobre o círculo vicioso da violência, um jogo de espelhos que reflete também a atual realidade americana.
Especial
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