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12/11/2006 - 10h19

Atriz deixa as comédias da Globo para "sofrer" na Band

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LAURA MATTOS
da Folha de S.Paulo

Graziella Moretto ria sem parar. Começou rindo em "Domésticas" (2001), filme de estréia de Fernando Meirelles. Continuou às gargalhadas no espetáculo teatral "Terça Insana", em "Os Normais" e em outras séries de humor da Globo.

Largou tudo para viver enclausurada e tuberculosa. E ainda por cima na Band. A atriz, 34, interpreta Ângela na novela "Paixões Proibidas", que reinaugura a teledramaturgia na emissora nesta terça, às 22h.

Divulgação
Atriz saiu da Globo e foi para a Bandeirantes
Atriz saiu da Globo e foi para a Bandeirantes
A novela é ambientada no Rio e em Portugal, em 1805. É co-produzida pela RTP, rede pública portuguesa que também veiculará a história. Por isso, o pequeno elenco, de 38 personagens (as novelas da Globo chegam a ter mais de cem), conta com nove atores lusos.

Moretto interpreta a mulher do barão de Barbacena (Celso Frateschi). Antes do casamento, ela teve um filho e por isso é castigada pelo marido. "As cenas são muito intensas, com alta carga dramática. Sempre achei o riso mais subversivo, acreditava que eu me comunicava melhor por ele. Mas descobri que a catarse do drama é forte, além de solidária. A gente se une na desgraça", analisa.

Além do convite para "Paixões Proibidas", a atriz havia sido sondada para outro trabalho na Globo e convidada a atuar nas novelas da Record. Foi atraída à Band "pelo fato de ser uma emissora que está fincando o pé na dramaturgia e abrindo caminho para uma proposta diferente, que não quer roubar a audiência com produtos similares [aos da Globo]".

O que pode parecer defeito torna-se qualidade sob seu olhar empolgado: "O estúdio pode ter alguns problemas, como houve com um gerador que falhou outro dia, mas todo mundo sente que a coisa está fluindo, que as pessoas estão dispostas a jogar juntas".

Até a pequena quantidade de personagens --que serve principalmente para reduzir custos-- tem uma grande vantagem, na opinião de Moretto: "Não são 112 personagens, e os diálogos serão aprofundados, nos quais uma pessoa realmente responde o que a outra diz, e não dois monólogos paralelos".

A atriz acha "hipócrita" a polêmica em torno das cenas de sexo que "Paixões Proibidas" trará. "É ingenuidade achar que uma emissora vai entrar na disputa pela audiência com uma novela às 22h sem se utilizar de um conteúdo adulto. Já é nobre que tenha colocado a novela nesse horário. Se às 19h as pessoas já estão seminuas na TV, como devem estar às 22h?"

Para ela, as cenas sensuais são ressaltadas nos jornais "de maneira pudica, como se estivéssemos vendo uma programação da mais elevada qualidade e elas fossem manchar a história da TV". "Se esse tipo de cena vai atrair audiência, chocar telespectadores ou fazer história como os banhos do 'Pantanal', só o tempo dirá."

"Paixões Proibidas" é escrita por Aimar Labaki e dirigida por Ignácio Coqueiro. Cada capítulo custa, em média, R$ 160 mil, valor elevado para os padrões da Band e inferior aos gastos da Globo e da Record.

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