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01/12/2006 - 21h09

Em boa fase, Paulo Ricardo lança CD com baladas e funk

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da Folha Online

Desde o fim do RPM, o cantor Paulo Ricardo, 44, não engatava um período tão profícuo em sua carreira. Ele emplacou um sucesso na trilha da "novela das oito" ("Páginas da Vida"), lança neste mês um novo CD de baladas ("Prisma"), será dirigido por Ney Matogrosso em temporada de shows em 2007, terá uma música sua ("Noites Vazias") no novo filme do cineasta Carlos Reichenbach ("Falsa Loura") e recebeu a notícia de que a trilha da abertura do "Big Brother Brasil" (Globo) foi escolhida a melhor do mundo pela Endemol, dona do formato do reality show, cuja sétima edição começa em janeiro.

Divulgação
Paulo Ricardo será dirigido por Ney Matogrosso em shows em 2007
Paulo Ricardo será dirigido por Ney Matogrosso em shows em 2007
Para manter a onda de boas vibrações, símbolos do I-Ching, que ele traz tatuado no corpo, são impressos na capa de seu novo disco (8º da carreira solo e 14º incluindo os trabalhos com o RPM), indicando mensagens de fortuna e união. Mas as referências orientais param por aí. Paulo Ricardo está com os ouvidos voltados para a música britânica, de Beatles às bandas recentes, como Keane. Dos novos grupos, ele elege o Coldplay como a melhor, embora não esqueça de citar que o grupo irlandês U2 "continua vivo".

O novo CD (13 faixas, sendo 11 inéditas) traz baladas pops que falam de desencontros amorosos, mas também passeia por outros gêneros, como o funk na faixa "Eu vou voltar pro freio".

"Na minha carreira, usei e abusei da palavra eclético. Agora, quis voltar ao básico, privilegiar intérpretes, arranjos acústicos, canções atemporais, sem excesso de distorções eletrônicas."

Ouça trecho de "Ninfa", 11ª faixa do CD "Prisma"

"Diz", a primeira faixa do disco ("Tem um suingue de bossa nova, mas com roupagem pop", diz), é a música escolhida pela gravadora EMI para execução nas rádios. "Para mim, é difícil apontar uma música de trabalho. Deixo com a gravadora", afirma Paulo Ricardo, indicando ainda como preferidas as faixas "Menina Linda", "A Chegada", "Ninfa" e "Imã do amor".

A temporada de shows para promover o novo CD só deve começar depois de maio de 2007. Ele tem conversado com Ney Matogrosso sobre a concepção da turnê, que deve privilegiar mais as músicas novas do cantor, em vez de seus antigos sucessos.Também no próximo ano ele lança o clipe da música "Diz", que foi composto há dez anos ("Gosto de clipe com animação, mas ainda não decidi").

Produzido por Cláudio Rabello, "Prisma" traz parcerias de Paulo Ricardo com nomes como Kiko Zambianchi, Guilherme Arantes e Leo Henkin, da banda Papas da Língua. Sobre a MPB, o cantor diz que adorou últimos trabalhos de Chico Buarque ("um repertório elaborado, letras geniais"), Caetano Veloso ("antenado com o frescor da garotada, as novas gírias") e Maria Bethânia ("a grande abelha-rainha da MPB").

Ciente do papel do marketing na música, Paulo Ricardo diz que nunca se incomodou com questões ligadas à imagem, como a definição da capa do disco, do figurino, da performance no palco. "Isso não é futilidade nem irrelevância. É um signo. Sempre fui superinfluenciado pelo visual dos Rolling Stones, do Led Zeppelin. Nunca me identifiquei com o visual pseudo descuidado dos grunges, calculado para projetar uma imagem de rua, um marketing ao contrário."

Neste ano, Paulo Ricardo também chegou a cogitar, durante duas semanas, concorrer a uma vaga de deputado federal, a convite do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL). Mas acabou desistindo, alegando que teria de interromper seus shows e aparições na TV. Amigo do ex-senador pefelista Gilberto Miranda, Paulo Ricardo conta que seu envolvimento com discussões políticas vem do tempo em que participava das discussões do Fórum Paulista Permanente de Música sobre questões como direitos autorais.

"Não quis abrir mão de minha carreira. Mas cheguei a me empolgar com a política durante duas semanas. Depois vi que era cedo. Vou deixar para daqui a 20 anos."

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