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05/12/2006
-
11h13
da France Presse, em Milão
Aos 83 anos, o cineasta italiano Franco Zeffirelli volta à ópera com a montagem da célebre "Aida", de Giuseppe Verdi, sob a direção musical de Riccardo Chailly. Meio século depois de ter estreado no templo italiano da música lírica, onde trabalhou com personalidades do calibre de Maria Callas, Zeffirelli apresenta uma nova versão de uma das óperas mais populares e espetaculares do célebre compositor italiano.
"Estou muito emocionado por voltar ao Scala. Muitas coisas mudaram, mas sinto a mesma atmosfera dos primórdios", disse. O cineasta e cenógrafo italiano, ausente da cena lírica durante 14 anos, inaugurará nesta quinta-feira a temporada do Scala.
Zeffirelli começou sua carreira há 53 anos confeccionando os trajes de "A italiana em Argel", de Gioachinno Rossini, após o que montou "Cinderela", do mesmo compositor. O cineasta italiano apresentará sua nova "Aida", a quinta de sua carreira. "Será a Aida de todas as Aidas", disse. A primeira, que estreou em 1963, ainda é considerada uma referência para a ópera mundial.
"Temia me repetir e que me faltassem idéias. Mas Aida me seduziu novamente", disse o cineasta e autor, entre outros, do filme "Jesus de Nazaré" (1977). A nova "Aida" será apresentada em Japão e Israel em 2009 e em Xangai em 2010.
A estréia no Scala coincide com o lançamento, na Itália, de sua "Autobiografia", um livro de 500 páginas no qual conta sua vida ao lado de grandes regentes de orquestra e, particularmente, de Luchino Visconti e Maria Callas. "O escrevi como se fosse uma conversa com amigos, traçando as grandes etapas da minha carreira", contou.
Nascido em 12 de fevereiro de 1923 em Florença, Zeffirelli é fruto de um caso extraconjugal entre sua mãe, costureira de sucesso casada com um advogado, e um cliente vendedor de tecidos. Como não poderia dar ao filho o sobrenome do marido ou do amante, escolheu um nome que ouviu em uma ópera de Mozart que falava dos "zeffiretti gentili" (ventos suaves). Um erro de transcrição no cartório o transformou em Zeffirelli.
Em suas memórias, o cineasta assume sua homossexualidade e que foi apaixonado pelo grande cineasta e intelectual Luchino Visconti, com quem colaborou durante muitos anos. "Sou homossexual, mas não gay, uma palavra que odeio, que é ofensiva e obscena", escreveu.
"Com Visconti vivi um amor atormentado, esgarçado, mas nunca apagado. Para mim, Luchino era o modelo de tudo o importante', acrescentou Zeffirelli, que lembrou ainda seu amor por Maria Callas, 'a única mulher por quem me apaixonei."
Um dos poucos artistas que apóiam politicamente o polêmico Silvio Berlusconi, Zeffirelli foi senador do partido fundado pelo magnata das comunicações, Forza Italia, de 1996 a 2001.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Franco Zeffirelli
Scala abre temporada de ópera com "Aida" e Franco Zeffirelli
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Aos 83 anos, o cineasta italiano Franco Zeffirelli volta à ópera com a montagem da célebre "Aida", de Giuseppe Verdi, sob a direção musical de Riccardo Chailly. Meio século depois de ter estreado no templo italiano da música lírica, onde trabalhou com personalidades do calibre de Maria Callas, Zeffirelli apresenta uma nova versão de uma das óperas mais populares e espetaculares do célebre compositor italiano.
"Estou muito emocionado por voltar ao Scala. Muitas coisas mudaram, mas sinto a mesma atmosfera dos primórdios", disse. O cineasta e cenógrafo italiano, ausente da cena lírica durante 14 anos, inaugurará nesta quinta-feira a temporada do Scala.
Zeffirelli começou sua carreira há 53 anos confeccionando os trajes de "A italiana em Argel", de Gioachinno Rossini, após o que montou "Cinderela", do mesmo compositor. O cineasta italiano apresentará sua nova "Aida", a quinta de sua carreira. "Será a Aida de todas as Aidas", disse. A primeira, que estreou em 1963, ainda é considerada uma referência para a ópera mundial.
"Temia me repetir e que me faltassem idéias. Mas Aida me seduziu novamente", disse o cineasta e autor, entre outros, do filme "Jesus de Nazaré" (1977). A nova "Aida" será apresentada em Japão e Israel em 2009 e em Xangai em 2010.
A estréia no Scala coincide com o lançamento, na Itália, de sua "Autobiografia", um livro de 500 páginas no qual conta sua vida ao lado de grandes regentes de orquestra e, particularmente, de Luchino Visconti e Maria Callas. "O escrevi como se fosse uma conversa com amigos, traçando as grandes etapas da minha carreira", contou.
Nascido em 12 de fevereiro de 1923 em Florença, Zeffirelli é fruto de um caso extraconjugal entre sua mãe, costureira de sucesso casada com um advogado, e um cliente vendedor de tecidos. Como não poderia dar ao filho o sobrenome do marido ou do amante, escolheu um nome que ouviu em uma ópera de Mozart que falava dos "zeffiretti gentili" (ventos suaves). Um erro de transcrição no cartório o transformou em Zeffirelli.
Em suas memórias, o cineasta assume sua homossexualidade e que foi apaixonado pelo grande cineasta e intelectual Luchino Visconti, com quem colaborou durante muitos anos. "Sou homossexual, mas não gay, uma palavra que odeio, que é ofensiva e obscena", escreveu.
"Com Visconti vivi um amor atormentado, esgarçado, mas nunca apagado. Para mim, Luchino era o modelo de tudo o importante', acrescentou Zeffirelli, que lembrou ainda seu amor por Maria Callas, 'a única mulher por quem me apaixonei."
Um dos poucos artistas que apóiam politicamente o polêmico Silvio Berlusconi, Zeffirelli foi senador do partido fundado pelo magnata das comunicações, Forza Italia, de 1996 a 2001.
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