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14/12/2006
-
09h54
EDUARDO SIMÕES
da Folha de S.Paulo
A Ediouro Publicações negocia a compra de 50% das ações da Nova Fronteira, segundo apurou a Folha. O grupo já detém metade das ações da editora, e a negociação deve ser finalizada até o início de janeiro.
Após efetuada a compra, a Ediouro deverá manter o corpo editorial e o nome Nova Fronteira. Procurado pela reportagem, Carlos Augusto Lacerda, diretor da editora, não confirmou a venda das ações.
A Ediouro, no entanto, apresenta outra versão para as mudanças que estão por vir. Segundo Luiz Fernando Pedroso, diretor-superintendente da editora, o que está em curso não é uma operação de compra, e sim uma "reestruturação e profissionalização administrativa" da Nova Fronteira.
"O Lacerda passa a ocupar a presidência do Conselho Administrativo, eu acumulo a função de presidente da Nova Fronteira, e estamos contratando o Mauro Palermo para ser o diretor-editorial, ou seja, para a administração do dia-a-dia", disse Pedroso.
Ainda de acordo com apuração da Folha, Lacerda continuará à frente de ações na internet --o editor é responsável pela colocação do texto integral de "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa, na rede-- e permanecerá com o controle das obras de referência em língua portuguesa, como o dicionário Caldas Aulete e a gramática de Celso Cunha.
Bom negócio
Uma fonte do mercado considera que a Ediouro fez um "bom negócio", porque comprou a empresa "no azul". A Nova Fronteira teria vendido a outra metade da suas ações pelo dobro do valor pago pela Ediouro, pelos outros 50%, em meados do ano passado.
Há cerca de quatro anos, a Ediouro já havia adquirido a Relume-Dumará e a Agir. Atualmente, a editora conta com 3.500 títulos em seu catálogo. Após confirmar a compra da Nova Fronteira, a casa passa a ter mais 1.500 títulos e a contar com o prestigioso catálogo da Nova Fronteira, que publica obras de João Guimarães Rosa, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, João Ubaldo Ribeiro, João Cabral de Melo Neto, somente para citar os autores brasileiros.
Entre os estrangeiros, além de Virginia Woolf e dos premiados com o Nobel de literatura Thomas Mann, Jean-Paul Sartre e Günter Grass, a Ediouro "fisga" para seu catálogo o escritor de origem afegã Khaled Hosseini, autor do best-seller "O Caçador de Pipas".
Histórico
A fundação da Ediouro data de 1939, quando os irmãos Jorge e Antônio Gertum Carneiro, vindos de Porto Alegre para o Rio de Janeiro, criaram a Publicações Pan-Americanas, empresa que deu origem à editora. Já a Nova Fronteira foi criada em 1965, pelo jornalista e político Carlos Lacerda, avô de Carlos Augusto.
Especial
Leia tudo o que já foi publicado sobre a Ediouro
Leia tudo o que já foi publicado sobre a Nova Fronteira
Ediouro assume editora Nova Fronteira
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da Folha de S.Paulo
A Ediouro Publicações negocia a compra de 50% das ações da Nova Fronteira, segundo apurou a Folha. O grupo já detém metade das ações da editora, e a negociação deve ser finalizada até o início de janeiro.
Após efetuada a compra, a Ediouro deverá manter o corpo editorial e o nome Nova Fronteira. Procurado pela reportagem, Carlos Augusto Lacerda, diretor da editora, não confirmou a venda das ações.
A Ediouro, no entanto, apresenta outra versão para as mudanças que estão por vir. Segundo Luiz Fernando Pedroso, diretor-superintendente da editora, o que está em curso não é uma operação de compra, e sim uma "reestruturação e profissionalização administrativa" da Nova Fronteira.
"O Lacerda passa a ocupar a presidência do Conselho Administrativo, eu acumulo a função de presidente da Nova Fronteira, e estamos contratando o Mauro Palermo para ser o diretor-editorial, ou seja, para a administração do dia-a-dia", disse Pedroso.
Ainda de acordo com apuração da Folha, Lacerda continuará à frente de ações na internet --o editor é responsável pela colocação do texto integral de "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa, na rede-- e permanecerá com o controle das obras de referência em língua portuguesa, como o dicionário Caldas Aulete e a gramática de Celso Cunha.
Bom negócio
Uma fonte do mercado considera que a Ediouro fez um "bom negócio", porque comprou a empresa "no azul". A Nova Fronteira teria vendido a outra metade da suas ações pelo dobro do valor pago pela Ediouro, pelos outros 50%, em meados do ano passado.
Há cerca de quatro anos, a Ediouro já havia adquirido a Relume-Dumará e a Agir. Atualmente, a editora conta com 3.500 títulos em seu catálogo. Após confirmar a compra da Nova Fronteira, a casa passa a ter mais 1.500 títulos e a contar com o prestigioso catálogo da Nova Fronteira, que publica obras de João Guimarães Rosa, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, João Ubaldo Ribeiro, João Cabral de Melo Neto, somente para citar os autores brasileiros.
Entre os estrangeiros, além de Virginia Woolf e dos premiados com o Nobel de literatura Thomas Mann, Jean-Paul Sartre e Günter Grass, a Ediouro "fisga" para seu catálogo o escritor de origem afegã Khaled Hosseini, autor do best-seller "O Caçador de Pipas".
Histórico
A fundação da Ediouro data de 1939, quando os irmãos Jorge e Antônio Gertum Carneiro, vindos de Porto Alegre para o Rio de Janeiro, criaram a Publicações Pan-Americanas, empresa que deu origem à editora. Já a Nova Fronteira foi criada em 1965, pelo jornalista e político Carlos Lacerda, avô de Carlos Augusto.
Especial
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