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15/12/2006 - 10h46

Tributo a Sublime faz trilha sonora pop de verão

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MARY PERSIA
da Folha Online

Após longos 11 meses e meio de trabalho, chega o fim do ano. Para quem agradece de joelhos ao inventor das férias de verão, vale prestar atenção no CD "Look at All the Love We Found - A Tribute to Sublime" --como o nome diz, uma homenagem à banda californiana de ska/punk/pop que durou apenas três discos.

O álbum foi lançado há um ano e meio lá fora e compõe, com versões de Jack Johnson, Fishbone, No Doubt, Michael Franti & Spearhead, Greyboy Allstars e outros, uma boa trilha sonora para a estação, especialmente para quem a conjuga com praia e amigos.

Divulgação
Disco é tributo ao grupo Sublime
Disco é tributo ao grupo Sublime
O disco traz no título uma frase da música "STP", do segundo disco da banda, "Robbin' the Hood" (1994). Pouco conhecido, tanto esse trabalho quanto o primeiro (1992) "40 Oz. to Freedom" passaram despercebidos. Somente com "Sublime" (1996) o grupo faria sucesso. Mas o vocalista e guitarrista Brad Nowell morreu justamente nesse ano (fato que deu mais visibilidade à banda), e não havia nada mais que o baixista Eric Wilson e o baterista Bud Gaugh pudessem fazer.

Justo, o tributo tem entre suas 16 faixas músicas dos três discos do Sublime, mais ou menos na mesma proporção. A abertura fica por conta de Jack Johnson, que sustenta sua já conhecida tríade verão/praia/violão na dobradinha "Badfish/Boss DJ". Mas não se deixe enganar. Essa é a levada mais calminha do disco.

Ouça "Badfish/Boss DJ"

Em seguida, vem um dos dois grandes sucessos do grupo, "What I Got", com Michael Franti & Spearhead com Gift of Gab. Franti, dono de extensos dreadlocks, faz parceria certeira com Gab, a metade MC do Blackalicious. A letra original é ligeiramente modificada (pena), mas não chega a comprometer o saudosismo.

Ouça "What I Got"

"Santeria", cujo clipe gastou de tanto passar nas MTVs norte-americana e brasileira, vem nervosa na versão do Avail, mesmo clima da versão freak do Fishbone para "Date Rape".

Divulgação
Banda acabou com morte de Nowell (esq.)
Banda acabou com morte de Nowell (esq.)
A balada "Get Out", com direito a um reggaezinho, é levada pelo Bargain Music. Já o No Doubt marca presença ao vivo, com "DJs" gravado em um show na Califórnia em 1997. Gwen Stefani não faz feio na levada dub.

O Greyboys Allstars empresta sua pegada cool a "Doin' Time", que ganha flauta transversa, teclado e bateria "jazzy", enquanto o Ozomatli faz a sua tradicional fusão latina de hip hop, rock e mais alguma coisa (tem até bate-lata) em "April 29th, 1992 (Miami)". O hip hop também ganha espaço em "Waiting for My Ruca", com o toque oitentista dos rappers Awol One e Abstract Rude.

Para finalizar, os veteranos do Los Lobos tornam a proto-jamaicana "Pawn Shop" num reggae tradicional.

Este não é o único disco em "homenagem" ao grupo --diversas bandas adoram fazer shows-tributo--, mas provavelmente é o mais caprichado. A edição brasileira traz um ótimo (e raro) encarte, com depoimentos das bandas e imagens do grupo que se foi há uma década. Não faltou nem foto de Lou-Dog, o amado dálmata de Nowell citado em "What I Got".

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