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15/12/2006 - 09h04

Chavões de "filmes de arte" sabotam produção de Kim Ki-duk

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RICARDO CALIL
do Guia da Folha

À primeira vista, "Time" é bastante diferente dos outros filmes do sul-coreano Kim Ki-duk lançados no Brasil --"Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera" (2003), "Casa Vazia" (2004), e "O Arco" (2005). Ele trocou a fantasia pelo realismo, os silêncios pelos diálogos, os temas metafísicos pelo assunto da moda.

A boa notícia é que a mudança o impede de lançar mão de certos clichês sobre a espiritualidade oriental. O problema é que os velhos foram substituídos por novos, dessa vez sobre o estado do mundo contemporâneo.

O cineasta conta a história de Seh-Hee (Park Ji-yun), mulher que faz uma cirurgia plástica para mudar o rosto porque acha que seu namorado (Ha Jung-woo) está cansado dela. Ela some por seis meses e volta com outra identidade.

A partir dessa trama banal, Ki-duk pretende falar de temas pomposos como a crise de identidade do homem moderno. Mas seu projeto é sabotado por chavões de filmes "de arte" (e tome passeios por parques de esculturas ao som de um pianinho triste).

O grande mistério da obra desse Antonioni sem transcendência não está em sua investigação da alma, mas no fato de que tantos de seus filmes sejam lançados no Brasil, enquanto outros cineastas fundamentais do Oriente permanecem ignorados.

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