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29/12/2006 - 09h34

Charlotte Rampling brilha no filme "Em Direção ao Sul"

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BEATRIZ PERES
do Guia da Folha

Enquanto espera pela chegada de uma hóspede ao aeroporto, haitiano é abordado por uma mulher que quer lhe dar sua bela filha adolescente, na esperança de que ele possa protegê-la da crueldade de outros homens. Ele recusa gentilmente a proposta, mas a ouve com atenção --pois sabe dos caminhos que levaram a mulher àquela situação.

A cena, ainda no início de "Em Direção ao Sul" (que estréia hoje), é o choque de realidade que introduz o novo filme do francês Laurent Cantet (do ótimo "A Agenda", 2001) e contrasta com o paraíso encontrado por um grupo de mulheres na casa dos 50 anos que passa férias no Haiti na década de 70.

Albert (Lys Ambroise), além de buscar hóspedes no aeroporto, é responsável pelos garçons num hotel à beira-mar e se ressente de servir aos brancos --sua família lutou contra a invasão americana, e ele acredita que os dólares dos turistas são tão destruidores quanto as armas usadas na guerra.

Parte dos dólares está nas mãos de Ellen (Charlotte Rampling), professora de literatura que há alguns anos passa os verões no hotel em companhia de jovens haitianos a quem costuma dar presentes e dinheiro. A chegada de uma americana (Karen Young), interessada por Legba (Ménothy Cesar), o garoto preferido de Ellen, leva tensão ao cenário tropical, enquanto elas permanecem alheias à situação do país e ao que acontece na vida de Legba longe do hotel.

No roteiro adaptado de três contos do escritor haitiano Dany Laferrière, o magnetismo da inglesa Charlotte Rampling ("Swimming Pool", 2003) ocupa todas as cenas e conduz a busca das mulheres por carinho, companhia e sexo --ainda que pagos.

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