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03/01/2007
-
09h25
LAURA MATTOS
da Folha de S.Paulo
O ano de 2007 começou com uma péssima notícia para a televisão brasileira: o SBT, que prometia voltar a investir em jornalismo "de qualidade", colocou no ar em pleno dia 1º de janeiro o trash "Jornal da Massa", apresentado por Ratinho.
O programa pseudojornalístico é recheado por "reportagens" sensacionalistas, bizarrices, gritaria e comentários infelizes do "âncora". A ordem é evitar o apelido e chamá-lo no ar apenas de Carlos Massa. É uma estratégia para tentar dar credibilidade ao programa e atrair anunciantes --o que Ratinho jamais conseguiu.
No Ibope, o "Jornal da Massa" conseguiu recuperar para o SBT a vice-liderança, que há dois meses estava nas mãos do "Pica-pau", da Record. Ratinho obteve média de 6,5 pontos, contra 5,4 do desenho animado (dados prévios da Grande SP).
O "Jornal da Massa" teve "casal morto no motel", "bezerra que nasceu com a palavra paz nos pêlos" etc. Ratinho condenou aos berros a dona de uma casa onde uma explosão matou duas crianças. Para ele, lá eram fabricados fogos de artifício, e ela "é pobre, mas não inocente, é irresponsável".
Após imagens de incêndio em um asilo, criticou quem deixa os pais nesses locais. Falou da "tristeza" do Natal nos asilos, e sobrou até para o "bom velhinho". "Não gosto de Papai Noel".
Ratinho se confundiu várias vezes no ar e deixou claro que o "Jornal da Massa" é mais um programa do SBT feito às pressas, fruto das decisões repentinas de Silvio Santos.
Luiz Gonzaga Mineiro, diretor de jornalismo contratado em 2005 para reimplantar o jornalismo "sério" no SBT, é o responsável pelo "Jornal da Massa". Ontem, à Folha ele admitiu que não se trata de um telejornal, mas de "programa com nome de jornal". Sobre o projeto de "jornalismo de qualidade", afirmou que Ratinho "não contamina em nada o "SBT Brasil" e "Jornal do SBT'".
Disse que o "Jornal da Massa" "não usa nada do jornalismo, nem equipamentos, nem profissionais". Desde 2005, Silvio Santos investiu na contratação das grifes de Ana Paula Padrão e Carlos Nascimento, mas não obteve a audiência esperada.
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Ano começa mal na TV, com o "novo" Ratinho
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da Folha de S.Paulo
O ano de 2007 começou com uma péssima notícia para a televisão brasileira: o SBT, que prometia voltar a investir em jornalismo "de qualidade", colocou no ar em pleno dia 1º de janeiro o trash "Jornal da Massa", apresentado por Ratinho.
O programa pseudojornalístico é recheado por "reportagens" sensacionalistas, bizarrices, gritaria e comentários infelizes do "âncora". A ordem é evitar o apelido e chamá-lo no ar apenas de Carlos Massa. É uma estratégia para tentar dar credibilidade ao programa e atrair anunciantes --o que Ratinho jamais conseguiu.
No Ibope, o "Jornal da Massa" conseguiu recuperar para o SBT a vice-liderança, que há dois meses estava nas mãos do "Pica-pau", da Record. Ratinho obteve média de 6,5 pontos, contra 5,4 do desenho animado (dados prévios da Grande SP).
O "Jornal da Massa" teve "casal morto no motel", "bezerra que nasceu com a palavra paz nos pêlos" etc. Ratinho condenou aos berros a dona de uma casa onde uma explosão matou duas crianças. Para ele, lá eram fabricados fogos de artifício, e ela "é pobre, mas não inocente, é irresponsável".
Após imagens de incêndio em um asilo, criticou quem deixa os pais nesses locais. Falou da "tristeza" do Natal nos asilos, e sobrou até para o "bom velhinho". "Não gosto de Papai Noel".
Ratinho se confundiu várias vezes no ar e deixou claro que o "Jornal da Massa" é mais um programa do SBT feito às pressas, fruto das decisões repentinas de Silvio Santos.
Luiz Gonzaga Mineiro, diretor de jornalismo contratado em 2005 para reimplantar o jornalismo "sério" no SBT, é o responsável pelo "Jornal da Massa". Ontem, à Folha ele admitiu que não se trata de um telejornal, mas de "programa com nome de jornal". Sobre o projeto de "jornalismo de qualidade", afirmou que Ratinho "não contamina em nada o "SBT Brasil" e "Jornal do SBT'".
Disse que o "Jornal da Massa" "não usa nada do jornalismo, nem equipamentos, nem profissionais". Desde 2005, Silvio Santos investiu na contratação das grifes de Ana Paula Padrão e Carlos Nascimento, mas não obteve a audiência esperada.
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