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14/01/2007
-
08h45
LUCAS NEVES
da Folha de S.Paulo
O ator e cantor José Carlos Britto, o Zéu Britto, 29, já encarnou vilão, louco e até vendedor de caixão nas andanças por cinema e TV. Mas, para se sentir realizado na dramaturgia, falta um tipo que Lázaro Ramos e Wagner Moura, seus colegas da "safra" baiana revelada no início desta década, já interpretaram. "O meu sonho é ser galã. Não importa ser monstro sagrado [da dramaturgia]. Quero ser lindo", brinca.
Olhos arregalados, nariz protuberante e bom humor de sobra, Britto faz parte da "turma" descoberta pelos diretores globais João Falcão e Guel Arraes (criadores da série "Sexo Frágil", na qual o ator fez algumas participações).
Enquanto o convite para ser o queridinho da vez do mulherio não vem, Britto investe em outras frentes: no próximo dia 26, surge em "A Grande Família - O Filme" como o porteiro do baile em que Nenê e Lineu dançam juntos pela primeira vez.
E, a partir das 20h30 de hoje, apresenta, no Canal Brasil, o "Retalhão", colagem de depoimentos de intelectuais, curtas-metragens e videoclipes enviados pelo público. Com intervenções gravadas da Central do Brasil ao mercado de São Cristóvão, Britto faz o elo entre os quadros.
A função de "âncora" não é novidade para ele, que já apresentou uma faixa de curtas no Canal Brasil e participa da cobertura do Carnaval baiano na TV Globo há quatro anos. Se depender de Britto, aliás, o "Retalhão" fará uma escala em sua terra natal. "Gostaria de mostrar terreiros de candomblé."
Apesar do interesse, os cânticos em louvor aos orixás não inspiram suas músicas. Camaleônico, ele oscila entre um Lupicínio Rodrigues hardcore (com a dor-de-cotovelo revanchista de "Eu queria ter uma vela acesa/ Pra queimar Soraya/ Pra ver torrar seu coro"), o romantismo sadomasô (em "Vou queimar teu peito com isqueiro") e o besteirol ("Mirabel só aceita amanteigado/ Mirabel acha cream cracker ultrapassado"). "É visceral, indomável", diz Britto sobre sua relação com a música. "Quando sou convidado a trabalhar só como ator, ainda fico nervoso. Para mim, é uma loucura", compara.
São ou não, o fato é que ele será visto em breve em filmes como a comédia "A Guerra dos Rocha", de Jorge Fernando, e "Saneamento Básico", o novo de Jorge Furtado (outro "padrinho" da confraria baiana), além de cair na estrada com o show do CD "Saliva-me".
Especial
Leia tudo o que já foi publicado sobre Zéu Britto
"Quero ser lindo", sonha o ator e cantor Zéu Britto
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da Folha de S.Paulo
O ator e cantor José Carlos Britto, o Zéu Britto, 29, já encarnou vilão, louco e até vendedor de caixão nas andanças por cinema e TV. Mas, para se sentir realizado na dramaturgia, falta um tipo que Lázaro Ramos e Wagner Moura, seus colegas da "safra" baiana revelada no início desta década, já interpretaram. "O meu sonho é ser galã. Não importa ser monstro sagrado [da dramaturgia]. Quero ser lindo", brinca.
Olhos arregalados, nariz protuberante e bom humor de sobra, Britto faz parte da "turma" descoberta pelos diretores globais João Falcão e Guel Arraes (criadores da série "Sexo Frágil", na qual o ator fez algumas participações).
Enquanto o convite para ser o queridinho da vez do mulherio não vem, Britto investe em outras frentes: no próximo dia 26, surge em "A Grande Família - O Filme" como o porteiro do baile em que Nenê e Lineu dançam juntos pela primeira vez.
E, a partir das 20h30 de hoje, apresenta, no Canal Brasil, o "Retalhão", colagem de depoimentos de intelectuais, curtas-metragens e videoclipes enviados pelo público. Com intervenções gravadas da Central do Brasil ao mercado de São Cristóvão, Britto faz o elo entre os quadros.
A função de "âncora" não é novidade para ele, que já apresentou uma faixa de curtas no Canal Brasil e participa da cobertura do Carnaval baiano na TV Globo há quatro anos. Se depender de Britto, aliás, o "Retalhão" fará uma escala em sua terra natal. "Gostaria de mostrar terreiros de candomblé."
Apesar do interesse, os cânticos em louvor aos orixás não inspiram suas músicas. Camaleônico, ele oscila entre um Lupicínio Rodrigues hardcore (com a dor-de-cotovelo revanchista de "Eu queria ter uma vela acesa/ Pra queimar Soraya/ Pra ver torrar seu coro"), o romantismo sadomasô (em "Vou queimar teu peito com isqueiro") e o besteirol ("Mirabel só aceita amanteigado/ Mirabel acha cream cracker ultrapassado"). "É visceral, indomável", diz Britto sobre sua relação com a música. "Quando sou convidado a trabalhar só como ator, ainda fico nervoso. Para mim, é uma loucura", compara.
São ou não, o fato é que ele será visto em breve em filmes como a comédia "A Guerra dos Rocha", de Jorge Fernando, e "Saneamento Básico", o novo de Jorge Furtado (outro "padrinho" da confraria baiana), além de cair na estrada com o show do CD "Saliva-me".
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