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30/01/2007 - 11h44

Estilista Gabbana critica Igreja e defende casamento gay

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da France Presse, em Roma

O estilista italiano Stefano Gabbana, fundador ao lado de Domenico Dolce de uma das marcas mais famosas da moda italiana, acusou a Igreja Católica de ser a responsável pelos "enormes atrasos" do país ao se opor a direitos como a legalização dos casais de fato.

"A Igreja mantém sob controle os políticos italianos, que temem perder os votos dos católicos. Em outros países, a pressão tem sido menos forte. Mas é aqui que vive o papa, a hierarquia da Igreja", disse Gabbana, 44.

"A cada dia a Igreja se pronuncia contra aqueles que questionam o conceito tradicional de família", afirmou o estilista. "A família de fato deve ser protegida também", afirmou Gabbana, que se diz católico. "Não entendo a luta da Igreja contra o amor."

Dolce e Gabbana foram um casal por quase 20 anos e se separaram recentemente, embora continuem trabalhando juntos.

As críticas na Itália contra a severa posição da Igreja se multiplicaram nos últimos dias, pois o governo de centro esquerda apresentará nesta semana um projeto de lei para o reconhecimento jurídico dos casais de fato, tanto homossexuais quanto heterossexuais.

O tema da legalização dos "casais de fato" gera controvérsias no país, dividindo inclusive a coalizão de esquerda no poder.

Setores progressistas e de esquerda, como os Verdes e os Comunistas, pressionam pela adoção da lei, enquanto os católicos da aliança querem evitar qualquer confronto com a hierarquia da Igreja, defensora do casamento tradicional.

Para obter consenso, o governo de Romano Prodi aparentemente vai apresentar um projeto muito comedido, que não se inspira nas leis francesa e espanhola e que tende a reconhecer os direitos das pessoas, mais que os dos casais.

O ministro da Justiça, Clemente Mastella, um democrata-cristão, anunciou que votará contra o projeto, gerando mal-estar dentro da coalizão.

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