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02/02/2007
-
10h04
PAULA BUSTAMANTE
da France Presse, em Los Angeles
Aos 22 anos, America Ferrera saboreia o doce gosto do sucesso como atriz na concorrida Hollywood, em que a jovem de origem hondurenha recebeu neste mês as maiores honrarias da indústria cinematográfica ao interpretar com muita graça a protagonista da série "Betty, a Feia" na versão criada para o mercado anglo-saxão.
Caçula de seis irmãos, America nasceu em Los Angeles (Califórnia, oeste) em família humilde hondurenha e começou a dar os primeiros passos na carreira em apresentações escolares e no teatro aos 8 anos, quando nem sequer imaginava que o "sonho americano" chegaria por uma personagem feia que vive no mundo de beleza perfeita ditado por Hollywood.
Embora nos capítulos finais dessa bem sucedida novela colombiana "Betty" acabe virando uma linda jovem, nos Estados Unidos, a protagonista, que está apenas há quatro meses na televisão, já aparece vestindo trajes de gala, bem penteada, sutilmente maquiada e com um sorriso largo de assombro com tamanho sucesso, enquanto estouram os flashes dos fotógrafos que a perseguem nas cerimônias com tapete vermelho.
"Acho maravilhoso que a comunidade latina, que faz parte do nosso público, possa ver-se representada na televisão", disse Ferrara no domingo passado, após receber o prêmio do Sindicato dos Atores (SAG) pela interpretação de Betty na série produzida pela atriz mexicana Salma Hayek.
No palco do Shrine Auditorio, em Los Angeles, America Ferrera não pôde conter as lágrimas e a sobriedade com que tem colecionado prêmios recebidos nesta temporada pois se "Ugly Betty" fosse um filme, certamente ela seria uma forte candidata ao Oscar de melhor atriz.
A Betty Suárez que fala inglês --que faz da jovem hispânica baixinha, roliça, de óculos e sem qualquer senso de moda, ser contratada pelo dono da revista "Mode"-- superou nos SAG Awards Felicity Huffman ("Desperate Housewives") e Julia Louis-Dreyfus ("The New Adventures of Old Christine").
Este foi o último prêmio de envergadura ganho por America Ferrera, depois de ter conquistado o Globo de Ouro de melhor atriz de comédia nesta série, considerada a melhor comédia de televisão.
Enquanto está na crista da onda da televisão anglo-saxã, America ressalta em todas as entrevistas o orgulho de ser latina, defende "as curvas próprias da mulher" e não deixa de agradecer sua impulsionadora, a mexicana Salma Hayek.
"Não posso acreditar no que está acontecendo comigo", diz. "Há atrizes que lutam toda a vida por um prêmio como o que eu ganhei hoje", disse no domingo, durante a festa do SAG.
A jovem, que neste mês também conquistou o público britânico, insiste em defender a sátira e a ironia que "Ugly Betty" traz nas entrelinhas. "Todas já nos sentimos um patinho feio e um programa como este ajuda a abrir as portas em um mundo onde a beleza física é puro estereótipo", afirmou.
"Adoro poder ajudar a abrir os olhos de muita gente sobre a percepção da beleza", enfatizou em entrevista ao programa E! Entertainment a jovem de 1,55 m e, como ela própria diz, "com curvas de verdade".
Segundo Ferrara, Hollywood não tem idéia do que são as curvas femininas, porque as revistas se referem às "curvilíneas Jessica Alba ou Eva Longoria". "Elas não têm curvas, são muito pequenas. Sou eu quem tem curvas", disse recentemente a jovem atriz, protagonista do bem sucedido filme independente "Las Mujeres de Verdad Tienen Curvas" (2002), da diretora colombiana Patricia Cardoso.
A caçula da família Ferrera vive dias de glória, superdimensionados porque coube a ela ser a "Betty" de Hollywood, em que os prêmios e as festas estão na ordem do dia. Mas a personagem também representou um marco nas carreiras da colombiana Ana María Orozco, da mexicana Angélica Vale, da espanhola Ruth Nuñez e da holandesa Nyncke Beekhuysen, que ao lado de suas colegas da Alemanha e da Índia são as feias mais populares da televisão.
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da France Presse, em Los Angeles
Aos 22 anos, America Ferrera saboreia o doce gosto do sucesso como atriz na concorrida Hollywood, em que a jovem de origem hondurenha recebeu neste mês as maiores honrarias da indústria cinematográfica ao interpretar com muita graça a protagonista da série "Betty, a Feia" na versão criada para o mercado anglo-saxão.
Caçula de seis irmãos, America nasceu em Los Angeles (Califórnia, oeste) em família humilde hondurenha e começou a dar os primeiros passos na carreira em apresentações escolares e no teatro aos 8 anos, quando nem sequer imaginava que o "sonho americano" chegaria por uma personagem feia que vive no mundo de beleza perfeita ditado por Hollywood.
| Divulgação |
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| 4,5 milhões de britânicos viram primeiro capítulo da novela |
"Acho maravilhoso que a comunidade latina, que faz parte do nosso público, possa ver-se representada na televisão", disse Ferrara no domingo passado, após receber o prêmio do Sindicato dos Atores (SAG) pela interpretação de Betty na série produzida pela atriz mexicana Salma Hayek.
No palco do Shrine Auditorio, em Los Angeles, America Ferrera não pôde conter as lágrimas e a sobriedade com que tem colecionado prêmios recebidos nesta temporada pois se "Ugly Betty" fosse um filme, certamente ela seria uma forte candidata ao Oscar de melhor atriz.
| Divulgação |
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| Ferrera levou o Globo de Ouro de melhor atriz em comédia |
Este foi o último prêmio de envergadura ganho por America Ferrera, depois de ter conquistado o Globo de Ouro de melhor atriz de comédia nesta série, considerada a melhor comédia de televisão.
Enquanto está na crista da onda da televisão anglo-saxã, America ressalta em todas as entrevistas o orgulho de ser latina, defende "as curvas próprias da mulher" e não deixa de agradecer sua impulsionadora, a mexicana Salma Hayek.
"Não posso acreditar no que está acontecendo comigo", diz. "Há atrizes que lutam toda a vida por um prêmio como o que eu ganhei hoje", disse no domingo, durante a festa do SAG.
A jovem, que neste mês também conquistou o público britânico, insiste em defender a sátira e a ironia que "Ugly Betty" traz nas entrelinhas. "Todas já nos sentimos um patinho feio e um programa como este ajuda a abrir as portas em um mundo onde a beleza física é puro estereótipo", afirmou.
"Adoro poder ajudar a abrir os olhos de muita gente sobre a percepção da beleza", enfatizou em entrevista ao programa E! Entertainment a jovem de 1,55 m e, como ela própria diz, "com curvas de verdade".
Segundo Ferrara, Hollywood não tem idéia do que são as curvas femininas, porque as revistas se referem às "curvilíneas Jessica Alba ou Eva Longoria". "Elas não têm curvas, são muito pequenas. Sou eu quem tem curvas", disse recentemente a jovem atriz, protagonista do bem sucedido filme independente "Las Mujeres de Verdad Tienen Curvas" (2002), da diretora colombiana Patricia Cardoso.
A caçula da família Ferrera vive dias de glória, superdimensionados porque coube a ela ser a "Betty" de Hollywood, em que os prêmios e as festas estão na ordem do dia. Mas a personagem também representou um marco nas carreiras da colombiana Ana María Orozco, da mexicana Angélica Vale, da espanhola Ruth Nuñez e da holandesa Nyncke Beekhuysen, que ao lado de suas colegas da Alemanha e da Índia são as feias mais populares da televisão.
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