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09/02/2007
-
09h08
MARY PERSIA
da Folha Online
Você sabe quem foi Adrian? Conhece o velho Paulie? Já teve vontade de subir correndo as escadarias do Museu da Filadélfia?
Uma resposta afirmativa já credencia a assistir a "Rocky Balboa" (ou "Rocky 6"). Duas dão boas chances de sentir um saudosismo acolhedor. Três farão odiar os críticos de cinema --afinal, como podem falar mal de alguém que lhe fez comprar a caixa de DVD com os cinco "Rocky" anteriores?
Mas, para quem não sabe o nome da amada do lutador nem de seu assistente e se lembra da Filadélfia apenas por conta do longa com Tom Hanks, a situação muda --o filme pouco agradará aos "novatos".
"Rocky Balboa", que estréia nesta sexta-feira (9), só faz sentido para quem acompanha a carreira desse lutador fictício cultuado por uma legião de homens hoje acima dos 25 anos. Caso contrário, fica difícil explicar por que o sessentão Sylvester Stallone decidiu reviver o personagem criado em 1976 --e que estava aposentado há 17 anos, desde o ruim "Rocky 5" (1990).
Não que o ator sessentão faça feio no filme que dirigiu, escreveu e produziu. Pelo contrário: se há algo que vale a pena nessa empreitada de US$ 24 milhões, é Stallone. O impressionante vigor físico, a bonacheirice e os cabelos tingidos que destoam da pele marcada nos lembram que um campeão também envelhece --mas continua sendo o rei da Filadélfia.
O filme mostra o lutador levando sua vidinha, já aposentado, sofrendo por sua viuvez e dono de restaurante --até que vê a oportunidade de voltar aos ringues. O convite parte dos empresários de Mason Dixon (Antonio Tarver), atual campeão que não encontra desafiantes à altura. Balboa então busca apoio do filho, Rocky Jr., (Milo Ventimiglia), que não tolera ser apenas a cria de um ex-boxeador famoso e procura se encontrar entre os engravatados de um "business center".
Nessa caminhada, ele tem o aval de Marie (Geraldine Hughes), que era apenas uma adolescente rebelde quando ele era o campeão, e seu filho Steps (James Francis Kelly 3º). O fiel Paulie (Burt Young, aos 65 anos) também volta à ativa, após anos de acomodação em um subemprego.
O ringue põe frente a frente Dixon e Balboa, o novo e o velho, rap e Sinatra. Até Mike Tyson aparece para dar uma força --infelizmente, não há Muhamad Ali, apesar de referências ao lutador e a Rocky Marciano.
Como qualquer filme de argumento batido e o roteiro óbvio, há ainda espaço para um cão vira-lata --feio e companheiro, claro. O animal até ganhou o direito de compartilhar com Rocky a clássica, marcante e emblemática cena da subida das escadarias.
E, se o mote é relembrar, o filme traz cenas de todos os "Rocky" anteriores, exceto o quinto. A trilha sonora retoma os trompetes de "Gonna Fly Now" (Bill Conti), mas não dá destaque para "Eye of Tiger", do Survivor. O final, sempre uma questão delicada nas produções (pode afundar um bom filme), pouco importa em "Rocky Balboa". O que vale é o "déjà vu".
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da Folha Online
Você sabe quem foi Adrian? Conhece o velho Paulie? Já teve vontade de subir correndo as escadarias do Museu da Filadélfia?
Uma resposta afirmativa já credencia a assistir a "Rocky Balboa" (ou "Rocky 6"). Duas dão boas chances de sentir um saudosismo acolhedor. Três farão odiar os críticos de cinema --afinal, como podem falar mal de alguém que lhe fez comprar a caixa de DVD com os cinco "Rocky" anteriores?
Divulgação |
Young e Stallone em filme; confira as imagens |
"Rocky Balboa", que estréia nesta sexta-feira (9), só faz sentido para quem acompanha a carreira desse lutador fictício cultuado por uma legião de homens hoje acima dos 25 anos. Caso contrário, fica difícil explicar por que o sessentão Sylvester Stallone decidiu reviver o personagem criado em 1976 --e que estava aposentado há 17 anos, desde o ruim "Rocky 5" (1990).
Não que o ator sessentão faça feio no filme que dirigiu, escreveu e produziu. Pelo contrário: se há algo que vale a pena nessa empreitada de US$ 24 milhões, é Stallone. O impressionante vigor físico, a bonacheirice e os cabelos tingidos que destoam da pele marcada nos lembram que um campeão também envelhece --mas continua sendo o rei da Filadélfia.
Divulgação |
Ator protagoniza célebre cena da escadaria |
Nessa caminhada, ele tem o aval de Marie (Geraldine Hughes), que era apenas uma adolescente rebelde quando ele era o campeão, e seu filho Steps (James Francis Kelly 3º). O fiel Paulie (Burt Young, aos 65 anos) também volta à ativa, após anos de acomodação em um subemprego.
Divulgação |
Stallone enfrenta Antonio Tarver no ringue |
Como qualquer filme de argumento batido e o roteiro óbvio, há ainda espaço para um cão vira-lata --feio e companheiro, claro. O animal até ganhou o direito de compartilhar com Rocky a clássica, marcante e emblemática cena da subida das escadarias.
E, se o mote é relembrar, o filme traz cenas de todos os "Rocky" anteriores, exceto o quinto. A trilha sonora retoma os trompetes de "Gonna Fly Now" (Bill Conti), mas não dá destaque para "Eye of Tiger", do Survivor. O final, sempre uma questão delicada nas produções (pode afundar um bom filme), pouco importa em "Rocky Balboa". O que vale é o "déjà vu".
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