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19/03/2007 - 20h54

Comentário: Astrid volta em "Happy Hour" chato e monótono

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SÉRGIO RIPARDO
Editor de Ilustrada da Folha Online

Faltou humor e espontaneidade na estréia de "Happy Hour", nova atração do canal pago GNT. Sobrou nervosismo para Astrid Fontenelle em sua derradeira chance de ingressar no seleto grupo de apresentadores bem-sucedidos.

Gravado em estúdio, o programa tem a pretensão de promover conversas informais e interessantes no começo da noite. No primeiro dia, a boa idéia não vingou. Foi chocho. Para atrair audiência, foi escalada a apresentadora Angélica como uma das convidadas. O papo sobre conquistas femininas deu sono devido à repetição de clichês e frases prontas.

Divulgação
Astrid Fontenelle diz que está pronta para comandar "Happy Hour"
Astrid Fontenelle diz que está pronta para comandar "Happy Hour"
Mesmo ao vivo, a atração parece desconectada da realidade. Com o roteiro engessado, não há espaço para o essencial em um clima de "happy hour": a descontração de espírito, a vontade de deixar os assuntos sérios de lado e preparar a mente para o restante da noite, com temas mais agradáveis.

Outra apresentadora da GNT, Sonia Racy teve participação durante o programa. Péssima para disfarçar a leitura do texto, lembrava um robô. Como bem sintetiza seu programa de finanças: "Me poupe".

Diogo Mainardi, apresentador do "Manhattan Connection", também deu o ar de sua graça. Para quem está acostumado com seus comentários ácidos e provocativos em "Veja", o Paulo Francis de sobrancelhas diabólicas se mostrou bem mais inofensivo em um programa de variedades. Parecia um estranho no ninho. Ficou aquela impressão de que a GNT recrutou seus apresentadores para dar uma força para Astrid.

Os apelos para a participação do público revelam a intenção do canal de valorizar a interatividade, de olho na força de audiência dos internautas. A apresentadora não conseguiu ouvir direito a pergunta de uma participante. As perguntas "enquadradas", sem surpresas, só cumpriram tabela, levantando suspeitas de que foram ligações combinadas com antecedência pela produção, para evitar surpresas desagradáveis.

Apesar desses percalços, "Happy Hour" tem potencial. Astrid é carismática e tem jogo de cintura para segurar um programa diário e ao vivo. Talvez a tensão de uma estréia, após um longo jejum longe das câmeras, explique a falta de química e a monotonia do programa. Esqueceram que o principal atrativo de uma atração ao vivo é a temperatura, o inesperado, o surpreendente. Medo de arriscar e de dar tudo errado? É melhor do que ser um programa pretensioso e chato.

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