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27/03/2007 - 11h58

"Match de Improvisação" mistura teatro e esporte no palco do 16º FTC

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CARMEN POMPEU
da Folha Online, em Curitiba

Você já foi ao teatro sem saber qual a sinopse da peça? Do que ela trata? Se ela é drama, comédia ou tragicomédia? Não precisa nada disso. Pelo menos, para os apreciadores do "Match de Improvisação". Criado no Canadá e praticado em vários países, o "Match" é uma mistura entre teatro e esporte. Tudo na base do improviso.

Divulgação
Banda improvisa a trilha sonora das cenas<BR>
Banda improvisa a trilha sonora das cenas
A peça (ou seria jogo?) será apresentada, a partir desta quinta-feira (29) até domingo (1º), no Fringe (mostra paralela) do 16º FTC (Festival de Teatro de Curitiba), por atores que estão se formando pelo "Palácio das Artes", de Minas Gerais.

Não entendeu ainda como funciona? Bem, Frederico Bottrel, um dos atores/jogadores do espetáculo, explica: "No palco --ou pista de jogo--, dois times improvisam a partir de títulos que o público dá no início de cada apresentação. As cenas são criadas no mesmo instante".

É como nos repentes criados pelos violeiros nordestinos. O público dá um mote e eles desenvolvem a história. A platéia é também quem elege o time vencedor votando nas melhores improvisações.

"Cada noite é um espetáculo diferente; as improvisações são diferentes, os vencedores podem ser diferentes. Os espetáculos são sempre únicos", diz a diretora Mariana Muniz. Ela desenvolveu essa técnica em sua tese de doutorado na Espanha, a partir do estudo elaborado pelo pesquisador inglês Keith Johnstone.

Marina diz que focou sua pesquisa na improvisação enquanto evento teatral e não apenas na improvisação como ferramenta para a construção de um espetáculo. "Os atores improvisadores podem compartilhar com o público o momento exato no qual descobrem a cena e isso coloca a platéia como parte indispensável do processo de criação, no próprio espetáculo", afirma a diretora.
Divulgação
No palco, dois grupos improvisam suas cenas
No palco, dois grupos improvisam suas cenas


Como não há um texto prévio, os atores não ensaiam. Eles treinam técnicas que os possibilitem criar a partir do nada. Em cena, eles constroem as histórias em seqüências curtas, esboçando situações e personagens.

A encenação conta com um mestre de cerimônias, responsável por acolher o público. Há também uma banda que improvisa a trilha sonora das histórias. Um trio de árbitros zela pelo cumprimento do regulamento internacional do "Match". A cada três faltas cometidas, o time adversário ganha um ponto. E o jogador que acumular três faltas é expulso do jogo.

Criado por Robert Gravel e Ivone Leduq, no Canadá em 1976, o "Match de Improvisação" tem uma estrutura de jogo parecida com a do "hockey" no gelo --inclusive, originalmente, cenários e figurinos também são baseados nesse esporte.

Na montagem brasileira, as referências esportivas foram as mais diversas. Os figurinos têm influências do beisebol, do vôlei e do futebol. Já o cenário foi buscar inspiração em vários esportes praticados em quadra.

O espetáculo/jogo dura 90 minutos, com intervalo de dez minutos. As improvisações são de dois tipos. A comparada, na qual cada equipe, por turnos, tem que improvisar sobre o mesmo tema. E a mista, onde um ou vários jogadores de cada equipe tem que improvisar juntos sobre o mesmo tema.

Match de Improvisação
Onde - Teatro Marina Machado (r. Amintas de Barros, 549, Centro - Curitiba)
Quando - de quinta (29) a 1º de abril, às 18h
Quanto - R$ 10 (inteira) e R% 5 (meia)

Especial
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