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27/03/2007 - 18h11

Mais maduro e com agenda cheia, Placebo volta a São Paulo para show único

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FABIO RIGOBELO
da Folha Online

Em 2005 foi uma maratona: oito shows pelo Brasil, como atração do festival "Claro Que É Rock". Era a primeira vez que a banda vinha ao país. Agora, com mais um álbum lançado ("Meds", de 2006), o trio liderado por Brian Molko volta à cidade, depois de um show no Rio de Janeiro no último domingo.

Divulgação
O belga Brian Molko, vocalista e guitarrista do Placebo
O belga Brian Molko, vocalista e guitarrista do Placebo.
Em conversa com a Folha Online, o baterista Steve Hewitt, único inglês "autêntico" da banda (Molko é belga e o baixista Stefan Olsdal é sueco) mostra seu interesse pelo Brasil, seguido por total desconhecimento da música brasileira, seja Tom Jobim, seja a banda Cansei de Ser Sexy. A escolha dos paulistanos do Gram para abrir os shows no país, por outro lado, foi feita pela própria banda a partir de músicas em MP3 enviadas pelos brasileiros.

Expoentes do Britpop e famosos por sua inspiração "glam rock" setentista, o Placebo de hoje já se mostra mais descontraído. Menos afetados visualmente, parecem querer ser mais músicos e menos celebridades (o primeiro álbum, "Placebo", foi lançado há quase 11 anos).

O fim do Britpop e a passagem do tempo não parecem preocupar o músico, no entanto. "Sleeping With Ghosts", de 2003, foi o álbum mais vendido na carreira do grupo. E a agenda de shows, cheia até setembro, também agrada: "Fazer uma grande turnê com ingressos esgotados ao redor do mundo é ótimo!", afirma.

Confira a entrevista de Steve Hewitt:




Folha Online - Vocês tocaram no Rio há dois dias. Como foi o show?

Steve Hewitt - Foi ótimo, muito bom, estamos felizes de voltar ao Brasil, adoro o Rio, São Paulo é fantástica, é um bom país, com boas pessoas, é um dos lugares favoritos onde toquei.

Folha Online - É a segunda vez que vocês vêm para o Brasil. Já conseguiram conhecer um pouco do país?

Steve Hewitt - Sim, é a segunda vez, da outra vez tocamos em oito cidades, é muito bom estar de volta ao Rio e a São Paulo, o Rio é demais, ainda mais quando se vem da Inglaterra, com aquele clima (risos). Não tivemos tempo de conhecer mais nada, fizemos esse show dois dias atrás, já voltamos para o hotel, não temos tempo pra mais nada, mas eu adoraria voltar de férias, com mais tempo.

Divulgação
O inglês Steve Hewitt, que toca bateria e percussão na banda
O inglês Steve Hewitt, que toca bateria e percussão na banda
Folha Online - Vocês três vivem em Londres?

Steve Hewitt - Sim, estamos "baseados" em Londres, mas passamos mais tempo em turnê do que em casa. Este ano já temos shows agendados até setembro. Já estamos há 15 meses em turnê, viajamos todo o ano passado e vamos até setembro, serão quase dois anos no total.

Folha Online - Este mês fez um ano que vocês lançaram o último disco, "Meds". Como estão os shows agora, um ano depois?

Steve Hewitt - A banda está melhor. Obviamente, quanto mais shows você faz, melhor você fica, é ótimo tocar novas canções ao vivo, elas funcionam ainda melhor no palco, é como um disco ao vivo. E, bom, fazer uma grande turnê com ingressos esgotados ao redor do mundo é ótimo! (risos)

Folha Online - Você ouviu algo da banda brasileira Cansei de Ser Sexy, que tem feito um certo sucesso na Inglaterra?

Steve Hewitt - Não. Mas se você me enviar o disco deles terei prazer em ouvir. Eu nunca ouvi falar deles em Londres.

Folha Online - E quanto à banda de abertura, Gram, vocês escolheram pessoalmente?

Steve Hewitt - Sim, nós recebemos muitas demos e mp3 de bandas de todo o mundo e dos lugares onde vamos tocar. Então nós três sentamos e pensamos que banda teria a ver com nosso show, e assim escolhemos. É algo que sempre fazemos. Nós sempre estamos presentes nas decisões, sejam as bandas de abertura, as capas dos discos...

Folha Online - As capas de vocês têm uma linha, uma similaridade artística.

Steve Hewitt - Sim, a carne. Sempre tem carne (humana) nas capas. (risos)

Folha Online - Como foi trabalhar com VV, da banda The Kills?

Steve Hewitt - Foi ótimo, foi fácil, somos bons amigos de Hotel e VV há muitos anos, foi uma decisão do produtor de usar a voz dela na faixa "Meds", e funcionou. Foi uma colaboração bem legal, que aconteceu assim.

Reprodução
Capa do disco "Meds" (2006), do Placebo
Capa do disco "Meds" (2006), do Placebo
Folha Online - O que você ouve atualmente? Do que gosta?

Steve Hewitt - Muitas coisas... Gosto de Gossip, uma banda americana. Tenho ouvido The Klaxons, que lançaram um bom álbum... E as coisas de sempre, "old stuff", The JB's, Sly & The Family Stone, essas coisas que já ouço há séculos.

Folha Online - E você conhece algo de música brasileira?

Steve Hewitt - Não muito... Eu gostaria de conhecer mais, mas não passamos tempo o suficiente aqui... As pessoas se ofendem, "você não conhece nenhuma banda brasileira!", mas estamos aqui há apenas 3 dias! Se passarmos mais tempo obviamente descobriremos mais, seria ótimo trabalhar com bandas brasileiras e tocar juntos, mas temos viajado por todo o mundo e fica difícil conhecer a música de cada país.

Folha Online - E quanto à música brasileira mais "tradicional", como Bossa Nova, Jobim, você já teve algum contato com isso?

Steve Hewitt - Então, obviamente você acaba sabendo o que é e de onde vem, mas ainda não tive tempo de sentar e ouvir tudo com cuidado. Mas sei que existe.

Placebo
Onde: Credicard Hall (av. Nações Unidas, 17.955 - São Paulo - Tel:0/XX/11/6843-6010)
Quando: 27/03 (terça-feira)
Quanto: R$ 80 a R$ 180 (meia-entrada: R$ 40 a R$ 90)

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